Segundo o estudo de um grupo de psicólogos hoje revelado pelo Diário de Notícias, parece que lavar as mãos lava também a consciência.
Não será grande novidade, pois Pilatos também já o saberia, há mais de 2000 anos.
Mas não deixa de ser interessante, sobretudo se confrontado com as conclusões de outras descobertas “científicas” no domínio da biologia e da medicina, em que se identificaram os genes responsáveis pela criminalidade ou pela solidariedade, pela estupidez ou pela inteligência, pela religiosidade ou, aqui presumo eu, pelo ateísmo militante.
Nascendo com tais genes, o homem nasce por eles programado, está pré-determinado desde a origem, falho de livre arbítrio, nada podendo fazer contra o seu destino que lhe foi traçado em momentos diferentes de humor pela mãe natureza.
Pode ser santo ou bandido, sério ou vigarista, útil ou inútil, Madre Teresa ou traficante, que não tem mérito nem culpa, a sua vida foi definida mesmo antes de ter nascido.
Neste contexto, o sistema de justiça e as cadeias são uma gratuita violência e um atentado aos direitos humanos, ao prenderem inocentes completamente irresponsáveis pelos seus actos.
E quando, num assomo de uma consciência primitiva, alguns pensam que agiram mal em determinada circunstância, bastar-lhes-á lavar as mãos para aquietarem uma consciência deficiente e mal formada, por ainda conseguir distinguir o bem do mal!...
Não será grande novidade, pois Pilatos também já o saberia, há mais de 2000 anos.
Mas não deixa de ser interessante, sobretudo se confrontado com as conclusões de outras descobertas “científicas” no domínio da biologia e da medicina, em que se identificaram os genes responsáveis pela criminalidade ou pela solidariedade, pela estupidez ou pela inteligência, pela religiosidade ou, aqui presumo eu, pelo ateísmo militante.
Nascendo com tais genes, o homem nasce por eles programado, está pré-determinado desde a origem, falho de livre arbítrio, nada podendo fazer contra o seu destino que lhe foi traçado em momentos diferentes de humor pela mãe natureza.
Pode ser santo ou bandido, sério ou vigarista, útil ou inútil, Madre Teresa ou traficante, que não tem mérito nem culpa, a sua vida foi definida mesmo antes de ter nascido.
Neste contexto, o sistema de justiça e as cadeias são uma gratuita violência e um atentado aos direitos humanos, ao prenderem inocentes completamente irresponsáveis pelos seus actos.
E quando, num assomo de uma consciência primitiva, alguns pensam que agiram mal em determinada circunstância, bastar-lhes-á lavar as mãos para aquietarem uma consciência deficiente e mal formada, por ainda conseguir distinguir o bem do mal!...
Lutei bravamente para não apresentar este "post", que me pode colocar mal perante a ciência. Todavia um gene que comigo convive, não sei se bom, se mau, impeliu-me inexoravelmente a publicá-lo. Mas se, por esse motivo, me vier a pesar a consciência, lavarei as mãos e a consciência ficará tranquila!...
Falando um pouco mais a sério, esta questão da conciliação das novas descobertas da genética com o livre arbítrio é questão bem relevante e complexa, que começa a ser estudada nos domínios da filosofia , da biologia, da medicina, da sociologia, da teologia e de uma miríade de outras ciências. No fim, veremos então melhor o nosso destino?
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ResponderEliminarDr. Pinho Cardão
ResponderEliminarAchei muito interessante a sua abordagem do “efeito MacBeth”.
Ora, que tal interpretar o comportamento “ético” em determinadas eras, nomeadamente no período medieval, em que tomar banho era uma raridade e até um “perigo” para a saúde!? E que dizer, sob o mesmo ponto de vista, de monarcas que nasciam e morriam sem nunca terem tomado um único banho na vida? Faziam apenas “limpeza a seco”.
Desconheço a existência de genes de “ateísmo” militante. Mas há fortes indícios da presença de “genes de Deus” que possibilitaram a evolução!
Escrevi, em tempos, um “post” sobre este assunto, mas não cheguei a publicar. Guardei-o. Agora, ao ler a sua nota fico tentado em o mostrar.
Mas como já começo a ser conhecido por ser “obsessivo” em matéria de evolução…
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarDo pouco que sei sobre a investigação genética actual, ela não difere substancialmente da análise de risco em carteiras (para passar a coisa da biologia para a banca), procura-se correlações entre comportamentos e a existência de sequências de moléculas.
Se a análise de risco das carteiras tivesse esse carácter determinístico puro que descreve, nem eu nem o meu caro gastavamos os dedos a postar, tínhamos um criado a quem ditávamos os posts...;)
Pois este tipo de investigação genética tem esse mesmo carácter estocástico da análise de risco. Há uma componente determinística sim, como existe na evolução dos mercados de capitais, mas há uma componente estocástica importante, como nos mercados de capitais!
Agora, este estudo da incerteza é o topo da ciência moderna, quer na banca, quer na biologia.
Juro que este post de Pinho Cardão teve, se não fossem outros, a magnifica oportunidade de fazer uma aproximação, empírica mas oportuna, ao determinismo puro e ao caracter estocástico da problemática da biologia e dos mercados de capitais! Lamentavelmente o meu dicionário da Porto Editora, pequenino e de bolso, não contem a definição de "estocástico", mas, como é obvio, ou tem a ver com estoque ou com casto. Qualquer delas fundamentais ao raciocinio de JJRousseau, (terá sido ele? se calhar não foi!) e ao principio que geneticamente todos nascemos BONS, e a sociedade e o mercado de capitais é que nos torna maus! Desculpem a baralhação mas quando a cultura de topo do Tonibler me ataca fico completamente Knock Out , isto é, KO! Por falar nisso e antes do KO e porque estou cansado de pensar, vou até ao banco, explico-me, ao banquinho de madeira que tenho ali ao canto do pequeno jardim. Descansar de tanto pensar! O Tonibler desfaz-me com a sua sapiência! Arrasador. (e agora reparo- o post dele é de madrugada: ainda não se deitou a estudar, ou já está a pé?)
ResponderEliminarQuanto aos estimados bloguisticas PCardão e Prof MassanoCardoso, como sempre, estocáticos...perdão, excelentes nas suas reflexões!