O Ministro das Finanças garantiu que, em 2007, não há subida de impostos.
OK, acredito!
Mas parece que vamos ter um imposto novo: o" ISD "( Imposto Socialista sobre a Doença).
Os portugueses que se preparem, dos hipocondríacos então nem falo, cada cirurgia que teimem em fazer, cada escapadela de fim de semana ou ponte de feriados que queiram passar, refastelados , num serviço hospitalar...olhem que vão passa a pagar uma taxa MODERADORA!
A partir de agora há que fazer bem as contas, receio que já não valha a pena, em termos de preço, entre um turismo de habitação lá para o meu nordeste transmontano ( em época baixa, claro ) e um bom serviço ( por ex. de infecciologia ) de um bom hospital da rede pública.
Agora falando sério, ainda tenho esperança que a Comissão para a Sustentabilidade do Financiamento do S.N.S., até 15 de Outubro, data em que vai entregar o relatório ao governo, nos traga , de facto, novidades nesta matéria e não se fique pela conclusão do relatório intercalar que foi noticiada e que nos "soube" a Lapalisse pois concluía que a hipótese mais viável para garantir a sustentabilidade financeira se centrava no aumento dos impostos e na subida dos co-pagamentos directos do cidadão no momento da prestação...
Não acredito que uma comissão de peritos se limite a tão básica conclusão!
Vamos aguardar, estou atenta .
Caríssima Clara,
ResponderEliminarUm dos aspectos mais curiosos nesta "destruição", euro a euro, da gratuitidade do SNS é ser promovida por alguns daqueles que até há poucos anos eram seus grandes ideólogos.
Ai do que se fizesse para beliscar a gratutitidade!
Lembra-se da primeira taxa moderadora aplicada ao tempo em que era Min. da Saúde o Dr. Luís Barbosa - salvo erro aí por 1981/2?
E da gritaria com que foi recebida por aqueles que agora reeditaram a medida e com redobrado vigor?
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
A crua verdade é que a ideologia está a morrer às mãos da incontornável realidade financeira e da globalização.
Talvez por isso o Dr. M Soares tanto se indigne com a globalização, embora já quase ninguém lhe dê ouvidos (a começar pelos seus correligionários formais).
E sabem que mais? Pois eu acho que deviam abolir o IRS e todos aqueles descontos que aparecem no recibo do vencimento ao final do mês.
ResponderEliminarVamos ao supermercado - pagamos impostos.
Metemos gasolina no carro - pagamos impostos.
compramos cigarros - pagamos impostos.
Compramos uma porcaria qualquer - pagamos impostos.
Compramos um carro - pagamos impostos.
Queremos andar com o carro na rua - pagamos impostos.
Queremos comprar uma casa - pagamos impostos.
Queremos manter a casa - pagamos impostos.
Queremos ter electricidade - pagamos impostos (+ a taxa da televisão independentemente de se ter ou não televisão).
Queremos ter água - pagamos impostos.
Queremos almoçar ou jantar fora - pagamos impostos.
Queremos ir ao médico do sns - pagamos a taxa moderadora.
Queremos ir a um médico qualquer - É bom ter um seguro.
Uma pessoa tem de ser internada (1)- É bom ter um seguro.
Uma pessoa tem de ser internada (2) - Passa a pagar não-sei-quanto por dia.
Ou seja, para qualquer coisa que se faça tem de se pagar impostos por isso não se deviam pagar os outros. E além disso, nesta perspectiva ninguém foge aos impostos.
Lamentavelmente, há aqueles que acham que o Estado deve ser uma empresa e que os seus Ministérios devem dar lucro. A falar assim, até parece que sou comunista mas, paciência!
A única ideia que gostaria de deixar é; se o Estado não consegue assegurar determinadas funções, então que saia do caminho e assegure apenas o que lhe é possível.
Parece que é o que está a fazer, mas dói sempre a alguém.
ResponderEliminarCreio que esse é o problema deste país e deste governo. Não se pode fazer nada sem doer a alguém.
"a hipótese mais viável para garantir a sustentabilidade financeira se centrava no aumento dos impostos e na subida dos co-pagamentos directos do cidadão no momento da prestação"
ResponderEliminarBoa! Assim aproveitamos do SNS aquilo que o estado tem de bom, a capacidade de gestão...