Dou de barato que o célebre estudo que justificou a introdução de portagens em algumas SCUTs tenha sido adjudicado a uma empresa da qual foi administrador um adjunto de um Secretário de Estado do Ministério das Obras Públicas e Transportes. Que diabo, em várias empresas é capaz de haver um sujeito que já foi adjunto, assessor, assistente, eu sei lá o quê, de qualquer Secretário de Estado Adjunto!...Dou de barato, mas o facto é que lá bonito não é que o Ministro Mário Lino tivesse tomado essa decisão.
Mas o que mais me confunde é como em todo o Ministério e na empresa pública que gere as Scuts e as estradas não tenha havido um técnico disponível, um só, para efectuar tal estudo. Digo um técnico, porque o trabalho é de uma simplicidade ordinaríssima, não exigindo especial gabinete externo ou profunda consultadoria. E, sem perda de qualidade, sempre se poupavam 275.000 euros. Uma bagatela, aliás, para quem só pensa nos milhões de milhões da OTA e do TGV!...
Como também me confunde que o insigne Ministro tenha hoje, no Parlamento, justificado o acto da adjudicação aos amigos do Adjunto do Secretário de Estado com o facto de Governos PSD terem antes feito coisa parecida!
Pelos vistos, para Mário Lino, esses Governos, se tal fizeram, actuaram devidamente e, assim sendo, a coisa é para continuar!...
Pelo que, Empresas de Consultadoria, alerta!... Coloquem rapidamente quadros vossos como adjuntos dos Secretários de Estado e 275.000 euros de vendas, com alta rentabilidade, ficam logo garantidos!...Porque o princípio da igualdade e da não discriminação entre Adjuntos é coisa que Mário Lino leva muito a sério!...
Bem, já vos disse que estou a pensar em toornar-me perito em project finance de aeroportos?
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão,
ResponderEliminarNão (já) existe o estatuto de adjunto de adjunto?
Se der acesso a contratos de 137.500 euros não seria mau para começo de carreira...
Para início de carreira, meu caro Tavares Moreira? Por esses montantesnão me importava de acabar a carreira nesse estatuto...
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão, finalmente encontro quem, tal como eu, se confunde com esta carência de técnicos, que "obriga" os governos a recorrerem aos serviços de empresas cá fora, pagas a peso de ouro. Temos de admitir que tem sido sempre assim, que o hábito se mantém, e não se quer perder . Tanto assim é, que já li, algures por aí, que o governo considera que a avaliação na AP, pelo menos a dos dirigentes intermédios, deverá ser feita por avaliadores externos ao organismo e à FP. Para além do atestado de incompetência passado aos dirigentes de topo, que o próprio governo nomeou e nomeará, estamos mesmo a ver o que se pretende, não é verdade? E, depois, os que menos podem que paguem a crise!
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão:
ResponderEliminarO sr é especialista, e não é a primeira vez, em lançar a confusão. E aqui o pessoal não o topa!
O pobre do ministro respeita os seus colaboradores, funcionários e famílias e é criticado por isso! Acha bem que um chefe, ou um ministro encarregue um colaborador seu de uma tarefa "ordinaríssima", como diz no seu post? Gostava que lho fizessem a si? Estamos na UE.
Ordinária e muito era aí uma senhora até ao dia em que o pessoal do condomínio lhe chegou a roupa ao pêlo e pô-la a andar! Eu sei que era isso que queria ver...o Sócrates a chegar-lhe ao pêlo, ao Lino, e os OCS a esmagar o ministro por maus tratos no seu ministério! O PCardão é maquiavélico!
Não dê assim tâo de barato o facto do homem ter trabalhado na empresa de consultodoria. Só dois dias antes da nomeação é que ele se desligou da empresa. É por dar-mos "de barato" em tantos casos semelhantes que o País está como está.
ResponderEliminarPronto, Pinho Cardão. Com tão clara explicação está perdoado!!!
ResponderEliminarAcho que também devemos perdoar à vizinha...afinal o que ela faz de ordinário ( no meu sentido), tambem começa a ser ordinário (normal)(no seu sentido)...
O abraço ordinário(=habitual)do
Rui Vasco e.. sabe que estou, ordinariamente(=habitualmente), de acordo consigo.