Este ano, não irei falar do Orçamento de Estado, a não ser que a isso seja inexoravelmente impelido por algum facto extraordinário.
Não vou falar, porque todos os comentários estão já feitos de há anos a esta parte: o bom e o mau enquadramento macroeconómico que pressupõe, o rigor e o despesismo que traduz, a manutenção ou aumento da carga fiscal que impõe, a diminuição ou o acréscimo de despesa que significa, a adequada redistribuição de rendimentos que favorece ou penaliza, o apoio à interioridade que privilegia ou esquece são conversa paralela que em parte alguma converge e se consegue cruzar. Como tal, de uma inutilidade absoluta, já que sobre o tema ninguém dá o braço a torcer e porque nunca ninguém convenceu ninguém.
Por outro lado, o Orçamento é uma mistificação: o Governo, tomando o futuro pelo real, fala afirmativamente no presente, ou mesmo no passado, como se já tudo se tivesse verificado; a Oposição, no mesmo tom e no mesmo tempo, limita-se a usar a forma negativa.
No fim, o Orçamento nunca é cumprido, pelo que é um mero exercício teórico e uma perda de tempo. Nada cria e mesmo o sub-produto que lhe é atribuído, o défice, acaba por ser filho tão bastardo que nem ele nem o progenitor em tal situação se reconhecem, face às manipulações de que a sua concepção e gestação foram alvo.
Poderão alguns pensar que exagero. Mas, aos de pouca fé, convido-os a ver a Conta Geral do Estado, se quiserem crer…Aí, bastam dois minutos para concluir que qualquer semelhança entre um Orçamento e a sua execução é pura coincidência.
Aliás, a Conta nunca é discutida, pois, se o fosse, apenas salientava o ridículo da nulidade das discussões no Parlamento e do pouco caso que os Governos fazem do diploma aprovado. O Orçamento é pois um verdadeiro pró-forma e um caro adorno político.
Adorno para o Estado, mas obstáculo de monta para os cidadãos e para a economia, a cuja vitalidade exclusivamente se deve a criação da riqueza que vamos tendo.
Não vou falar, pois, de coisas más!...
Não vou falar, porque todos os comentários estão já feitos de há anos a esta parte: o bom e o mau enquadramento macroeconómico que pressupõe, o rigor e o despesismo que traduz, a manutenção ou aumento da carga fiscal que impõe, a diminuição ou o acréscimo de despesa que significa, a adequada redistribuição de rendimentos que favorece ou penaliza, o apoio à interioridade que privilegia ou esquece são conversa paralela que em parte alguma converge e se consegue cruzar. Como tal, de uma inutilidade absoluta, já que sobre o tema ninguém dá o braço a torcer e porque nunca ninguém convenceu ninguém.
Por outro lado, o Orçamento é uma mistificação: o Governo, tomando o futuro pelo real, fala afirmativamente no presente, ou mesmo no passado, como se já tudo se tivesse verificado; a Oposição, no mesmo tom e no mesmo tempo, limita-se a usar a forma negativa.
No fim, o Orçamento nunca é cumprido, pelo que é um mero exercício teórico e uma perda de tempo. Nada cria e mesmo o sub-produto que lhe é atribuído, o défice, acaba por ser filho tão bastardo que nem ele nem o progenitor em tal situação se reconhecem, face às manipulações de que a sua concepção e gestação foram alvo.
Poderão alguns pensar que exagero. Mas, aos de pouca fé, convido-os a ver a Conta Geral do Estado, se quiserem crer…Aí, bastam dois minutos para concluir que qualquer semelhança entre um Orçamento e a sua execução é pura coincidência.
Aliás, a Conta nunca é discutida, pois, se o fosse, apenas salientava o ridículo da nulidade das discussões no Parlamento e do pouco caso que os Governos fazem do diploma aprovado. O Orçamento é pois um verdadeiro pró-forma e um caro adorno político.
Adorno para o Estado, mas obstáculo de monta para os cidadãos e para a economia, a cuja vitalidade exclusivamente se deve a criação da riqueza que vamos tendo.
Não vou falar, pois, de coisas más!...
Concordo. Só não é totalmente inútil por os seus autores aproveitarem o caracter de lei que o orçamento tem para passar umas biscas pelo meio. Este ano resolveram taxar os deficientes que, para além do nojo e vergonha do governo que me provoca, me faz pensar no seguinte: Se temos de fazer os deficientes pagar impostos para termos um estado, o que é que vão pedir a seguir? As nossas filhas?
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