Impunha-se, era urgente, espero que a medida não se fique pelo anúncio, espero que a discussão pública do documento que propõe a reestruturação das urgências se traduza num contributo valorativo para este trabalho.
Sobretudo por parte da ANMP porque o contributo autárquico é aqui fundamental e não é salutar ver repetida a desabilidade política que precedeu o encerramento de blocos de parto; atenção que esta medida está muito gravada numa memória recente!
O presidente da ANMP já declarou que "um encerramento nunca é pacífico, mas que é importante que os autarcas actuem com conhecimento das situações e que a ANMP quer promover o diálogo".
Num País com a dimensão do nosso parece algo desprogramado manter 72 urgências em funcionamento, quando os últimos estudos feitos apontavam para a necessidade de cerca de 40.
Tudo vai abrindo, tudo se vai montando à margem destes planeamentos.
Dá-nos garantias o facto deste trabalho ter sido elaborado por um grupo de peritos, acredito que seja melhorado com trabalho sério do poder local e vamos acompanhar a decisão política final, ao que parece em Dezembro próximo.
Pelo menos duas situações têm de ficar garantidas:
1. as metas de 30 minutos de trajecto até um ponto da rede de urgência
2. as metas de 45 minutos de trajecto até uma urgência polivalente ou médico-cirurgica
Mas, o grupo de peritos acrescenta que não é possível assegurar estes objectivos a todo o território e que 10% da população fica ausente destas garantias ( actualmente 450.000 pessoas estão a mais de uma hora de distância ).
Espero que governo e autarquias se concertem e reforcem o transporte de doentes com incremento de especial apoio a estas populações; é nesta base que o poder autárquico tem de ser intransigente.
Estou a prever um claro benefício para as populações fronteiriças, que só agora vão ter acesso a cuidados de saúde a sério...;)
ResponderEliminarO problema das urgências não é especialmente diferente do das maternidades. Se a nossa (nossa, povo) foi o de centralizar tudo não faz sentido andar a manter, serviços públicos em locais que escolhemos desertificar. Agora não percebo o porquê de se manter urgências no Porto, em Coimbra, etc... Só para durarem mais uns anos?
Essa de Mogadouro, Foz Côa, Moura, Serpa é que me fazem confusão...ouy talves não! Será que os nossos queridos governantes descobriram que têm de defender os nossos doentes, localizá-los cá dentro e não deslocalizá-los para a Espanha, por exemplo! É que, ao que sei, o povo de Elvas e arredores (os contestatários do encerramento das maternidades!) anda encantado...não há nada como Badajoz!...Principalmente na qualidade para alem da eficiência!Olha se a gente não os agarra! Um dia destes não temos nem parturientes, nem doentes! E para o mar não fogem! ...por isso a litoralização dos encerramentos!
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