Pelo que li no Diário de Notícias, a questão do Rivoli continua a dinamizar algumas forças ligadas à cultura e que se opõem a Rui Rio. Ontem realizou-se no Porto mais um debate sobre a denominada “privatização” daquele Teatro.
Mas, segundo o que vi, os argumentos dos que estão contra Rui Rio foram demolidores a favor do Presidente da Câmara.
Um dos oradores, João Fernandes, director do Museu de Serralves referiu "ter até dúvidas sobre a legalidade de privatizar um teatro pago com dinheiros públicos".
Não deixa de ter uma certa razão, já que, até aqui, todas as privatizações que se fizeram tiveram a ver com empresas que foram revolucionariamente espoliadas aos seus detentores privados. De modo que, para apaziguar espírito tão legalista, Rui Rio terá primeiro que “municipalizar” um qualquer teatro privado, para o privatizar em seguida!...
Mas Manuela Melo, pessoa que muito prezo, referindo-se às acusações de despesismo frequentemente proferidas pelo autarca Rui Rio, deu a estocada decisiva, referindo que "toda a gente sabe quanto foi gasto ao longo desses anos…”
Pois a questão foi precisamente Rui Rio saber!...
Com tais argumentos dos seus inimigos, bem pode Rui Rio dormir descansado e preocupar-se, sim, mas com os amigos!...
Na "mouche" caro PCardão! E a Manuela Melo sabe melhor que ninguém!
ResponderEliminarCurioso é que pouco se fala do Teatro S.João, do Carlos Alberto da Casa da Musica, etc...Como se o Porto não tivesse espaços, de serviço e dinheiros publicos, para dar espaço à Arte em geral e ao teatro em particular!
E ainda ninguem fez a verdadeira história dos investimentos e dos diferentes projectos de que o Rivoli foi alvo, ao longo dos ultimos 25 anos, pelo menos. Genericamente: era Cine/teatro e começou a fracassar, porque a sua dimensão e custos eram suportados minimamente pela procura, principalmente no Teatro. Depois tentou-se sala de espectaculos, em geral, bailados, concertos, musicais, espectaculos infantis nas manhãs de domingo etc...Não funcionou! Mais tarde foi sala de espectaculos, bar "cultural" e "semi-discoteca". E o municipio sempre a investir. Depois, durante algum tempo parou para remodelção obras e adaptação, sem se saber bem a quem se ia dirigir. Mais tarde voltou a ser teatro municipal, com uma dimensão que ultrapassa largamente a procura. Um edificio enorme em zona nobre com custos de manutenção e patrimoniais avultadissimos. E, quando se aumentam as taxas moderadoras, se restringe os quadros da AP por falta de verbas, se reduz ao máxmo qq actualização salarial, se cortam nos orçamentos dos municipios, onde sobra dinheiro para estes projectos, desta dimensão? A cultura carece da atenção do Estado, claro! Mas conforme a oferta, a qualidade dos projectos, o cumprimentos dos compromissos, a procura, a necessidade e a disponibilidade!
A megalomania de alguns agentes culturais nos ultimos anos, sem produto correspondente, levou a isto!
E curioso: são os mesmos que gastaram á tripa forra nesses projectos, que agoram vêm a nivel nacional falar das restrições e, depois, vão aos municipios exigir que eles gastem mais, do que não há!