Afinal a cultura do desenrascanço que nos é tão familiar pode constituir uma mais valia importante para a aposta nacional na inovação! Uma descoberta?
O desenrascanço e a presença de pessoas inconformadas nas empresas, rebeldes ou, mesmo, com vestígios de loucura podem ajudar a aumentar a competitividade do País. Esta e outras reflexões constam de um estudo promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã sobre a inovação em Portugal, hoje noticiado.
Desenrascanço é usado para expressar uma habilidade de resolver um problema sem as ferramentas adequadas ou a técnica apropriada para fazer assim, e pelo uso do resourcefulness às vezes imaginative ao enfrentar situações novas (definição Wikipedia).
Discute-se se o desenrascanço está ou não associado à cultura portuguesa. Podem os investigadores continuar a investigar. Porque uma coisa parece ser inegável, que sabemos há muito, que a “arte de desenrascar” faz parte do quotidiano dos portugueses e das nossas empresas, incluindo os nossos governantes e políticos que não escapam à tentação dessa “criatividade”.
O que seria de nós, sem esta “arma” para suprirmos as coisas mais elementares que têm a ver com a disciplina, a programação e o planeamento?
O desenrascanço e a presença de pessoas inconformadas nas empresas, rebeldes ou, mesmo, com vestígios de loucura podem ajudar a aumentar a competitividade do País. Esta e outras reflexões constam de um estudo promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã sobre a inovação em Portugal, hoje noticiado.
Desenrascanço é usado para expressar uma habilidade de resolver um problema sem as ferramentas adequadas ou a técnica apropriada para fazer assim, e pelo uso do resourcefulness às vezes imaginative ao enfrentar situações novas (definição Wikipedia).
Discute-se se o desenrascanço está ou não associado à cultura portuguesa. Podem os investigadores continuar a investigar. Porque uma coisa parece ser inegável, que sabemos há muito, que a “arte de desenrascar” faz parte do quotidiano dos portugueses e das nossas empresas, incluindo os nossos governantes e políticos que não escapam à tentação dessa “criatividade”.
O que seria de nós, sem esta “arma” para suprirmos as coisas mais elementares que têm a ver com a disciplina, a programação e o planeamento?
Principalmente sem dar a prioridade à EDUCAÇÃO! Por acaso uma afirmação do ex Presidente Jorge Sampaio,num encontro hoje noticiado nos OCS!
ResponderEliminarE falo de EDUCAÇÂO e não das lutas corporativas dos profs da área do ENSINO, que por aí andam a manifestar-se! Preocupando-se principalmente, sim, com as remunerações e progressões nas carreiras, sem "rei nem roque"!
Cara Margarida
ResponderEliminarTive um professor que dizia: “Eu também sei improvisar mas só faço em caso de extrema necessidade. Prefiro planear e organizar com tempo. É a chave que garante o sucesso”.
Cara Margarida
ResponderEliminarTive um professor que dizia: “Eu também sei improvisar mas só faço em caso de extrema necessidade. Prefiro planear e organizar com tempo. É a chave que garante o sucesso”.
Em conversa com um responsável de uma instalação algo sofisticada numa obra enorme, ele contou-me que tinham uma equipa austríaca a trabalhar com eles. A um mês da inauguração, o chefe dos austríacos já dizia ser impossível cumprir os prazos enquanto os portugueses mantinham uma calma olímpica. O tempo ia correndo e os asutríacos iam passando os vários níveis de pânico e crises nervosas enquanto os portugueses lhes iam dizendo que tudo se resolveria antes do fim.
ResponderEliminarA inauguração foi um sucesso, o equipamento funcionou às mil maravilhas. Na obra seguinte, o chefe austríaco já sorria quando a dois dias da inauguração estava tudo por fazer, demonstrando uma rápida aculturação.
Hoje, a empresa austríaca manda esse sujeito chefiar as obras mais importantes e críticas. O sujeito em causa ganha uma fortuna porque sabe fazer "as coisas acontecerem".
Planeamento e organização faz-se sobre o esperado e o conhecido. Só que aquilo que interessa, aquilo que faz a diferença, é o inesperado.
O problema dos portugueses nunca foi planeamento vs desenrascanço. Aliás, isso não existe .
Sabe, o desenrascanço serve de alibi para a falta de planeamentom, encobre a ignorância e tapa a rapina.
ResponderEliminarÉ como o bife na pedra, não há melhor forma de um restaurante eximir-se das suas responsabilidades que propondo que seja o próprio cliente a "fazer" a refeição. Como sabe é um prato (??!!) nacional.
Olhe foi o desenrascanço que permitiu o projecto da beterraba e a fábrica da DAI. Planeamento e sustentabilidade é que não foram consideradas. Agora vamos ter de acabar com a cultura, e encontrar alternativas. Vai levar, tempo e recursos, enquanto outros recolhem os frutos de investimentos mais produtivos.
Cumprimentos
Adriano Volframista
Caro Tonibler,
ResponderEliminarTem toda a razão, "O problema dos portugueses nunca foi planeamento vs desenrascanço".
Formulo a questão de uma outra forma: quando o planeamento não existe temos um problema e o desenrascanço não é solução.
Um dos nossos problemas chama-se défice de gestão. Quando falo de gestão refiro-me, entre outras coisas, à organização e ao planeamento. Está mais que diagnosticado que Portugal necessita como de “pão para a boca” de crescer neste domínio.
Porque é que os portugueses lá fora são trabalhadores apreciados e premiados? Porque é que trabalham bem?
Porque, simplesmente, existe organização que os enquadra e os motiva. São tão ou mais produtivos que os trabalhadores autóctones.
O "mais" poderá ser, como bem comenta o Dr. Pinho Cardão, o valor acrescentado do nosso desenrascanço às virtudes da disciplina, programação e planeamento.