Parece que o Presidente Putin emergiu virtualmente como o único líder mundial digno desse nome. Depreende-se que um líder de um grande país tem que conduzir no campo doméstico e na cena mundial. Liderar implica um conjunto de qualidades naturais e capacidades intelectuais, com relevância – na condução dos negócios públicos – quanto ao carisma, à forte personalidade, à persuasão, à fiabilidade, à habilidade de gestão e negociação dos dossiers e, até, à criação de doutrina.
Noutros países de peso decisivo ou determinante no mundo dotados de regimes constitucionais presidencialistas – seja através do seu poderio económico, do seu assento permanente no Conselho de Segurança das NU ou do seu armamento nuclear estratégico – verifica-se o contrário. O Presidente Bush é agora obrigado a restringir ou a negociar as suas iniciativas internamente, o que lhe retira poder e, na melhor das hipóteses, lhe confere o estatuto de estrela cadente; o Presidente Chirac, esse, há muito que é um personagem abandonado.
Nas democracias parlamentaristas, o PM Blair encontra-se em perda e sem dispor, sobretudo no campo internacional, da confortável autoridade e margem de que dispunha; o Presidente do Conselho Rodríguez Zapatero não chega aos pés do seu antecessor nem é correspondentemente ouvido; o Presidente do Conselho Prodi, por razões que conhecemos, está votado a ser um fiel de balança – enquanto for; e a Chanceler Merkel, resultado de um difícil compromisso governativo, não tem poder efectivo. Ainda tem a maioria da legislatura para cumprir; os outros estão no fim do prazo.
Certamente que o Presidente Putin não goza do favor de largos sectores do jornalismo internacional. A Rússia tem em mãos sérias questões de segurança, a que apenas uma democracia musculada é capaz de dar resposta; esses problemas são os mais propagandeados, mas reorganizar o aparelho do Estado em moldes pós-comunistas, depois de 70 anos, não parece ser tarefa para alguém que não seja líder.
Ainda há dez anos era difícil vislumbrar uma evolução tão razoável da situação do país. E convém não esquecer que é vital para a nossa própria segurança a segurança e estabilidade política e financeira da Rússia. Rússia que tem vindo a saldar credivelmente a sua dívida externa, sabendo aproveitar os benefícios da alta do preço do petróleo, não os desbaratando.
A par disto, eis o Presidente Putin às “compras” na Europa. Terá a Europa líderes à altura para gerir estas suas pretensões, perante a tentação do gás natural barato?
Noutros países de peso decisivo ou determinante no mundo dotados de regimes constitucionais presidencialistas – seja através do seu poderio económico, do seu assento permanente no Conselho de Segurança das NU ou do seu armamento nuclear estratégico – verifica-se o contrário. O Presidente Bush é agora obrigado a restringir ou a negociar as suas iniciativas internamente, o que lhe retira poder e, na melhor das hipóteses, lhe confere o estatuto de estrela cadente; o Presidente Chirac, esse, há muito que é um personagem abandonado.
Nas democracias parlamentaristas, o PM Blair encontra-se em perda e sem dispor, sobretudo no campo internacional, da confortável autoridade e margem de que dispunha; o Presidente do Conselho Rodríguez Zapatero não chega aos pés do seu antecessor nem é correspondentemente ouvido; o Presidente do Conselho Prodi, por razões que conhecemos, está votado a ser um fiel de balança – enquanto for; e a Chanceler Merkel, resultado de um difícil compromisso governativo, não tem poder efectivo. Ainda tem a maioria da legislatura para cumprir; os outros estão no fim do prazo.
Certamente que o Presidente Putin não goza do favor de largos sectores do jornalismo internacional. A Rússia tem em mãos sérias questões de segurança, a que apenas uma democracia musculada é capaz de dar resposta; esses problemas são os mais propagandeados, mas reorganizar o aparelho do Estado em moldes pós-comunistas, depois de 70 anos, não parece ser tarefa para alguém que não seja líder.
Ainda há dez anos era difícil vislumbrar uma evolução tão razoável da situação do país. E convém não esquecer que é vital para a nossa própria segurança a segurança e estabilidade política e financeira da Rússia. Rússia que tem vindo a saldar credivelmente a sua dívida externa, sabendo aproveitar os benefícios da alta do preço do petróleo, não os desbaratando.
A par disto, eis o Presidente Putin às “compras” na Europa. Terá a Europa líderes à altura para gerir estas suas pretensões, perante a tentação do gás natural barato?
O seu comentário provocou-me duas preocupações:
ResponderEliminar1. O presidente PUTIN anda às "compras" na Europa e aí lembrei-me de compras de produtos radioactivos para aplicaçõs em restaurantes chineses em Londres!!!Será essa a afirmação do líder?
2. A análise de falta de líderes à altura na Europa e perante os nomes e análise feita, com a qual concordo, querem ver que o nosso J.Sócrates ainda vai ser o "salvador do velho continente"?
Os restaurantes parece que não eram chineses mas japoneses! Peço desculpa, diplomaticamente!
ResponderEliminarPutin é segundo julgo, das personalidades mais interessantes de analisar na conjuntura actual.É um homem com uma trajectória pessoal riquissima, embora se possa afirmar infeliz, e com uma experiência política a todos os títulos impar, aspectos que lhe conferem uma compatibilização quase perfeita com a situação russa, ainda em periodo de reflexão sobre todas as "indigestões" a que foi sujeita. Muito embora continuem a aparecer indícios de desrespeito relativamente a aspectos sociais que para nós ocidentais são inquestionáveis, supõe-se que Putin tem vindo a desenvolver, independentemente, repito, de erros de percurso, uma governação adequada à trajectória evolutiva que a sociedade russa vem experimentando, sem percalços, nem turbulência social, sabendo-se como se sabe das dificuldades existentes nesta capítulo, haja em vista o tremendo problema da defesa da integridade nacional russa. Por outro lado,na vertente negócios estranjeiros, Putin te-se revelado um hábil negociador em operações comerciais com o ocidente e um político sempre disponível, mas sempre reticente. Tem deixado a impressão que tem um rumo e um destino seguramente bem delineados; ocidentalizar-se sim, mas mantendo o espirito tradicional do "império".
ResponderEliminarSinceramente, parece-me, e oxalá me engane, que Putin é uma rica "isca"!
ResponderEliminarO tempo responderá às nossas esperanças ou ás nossas dúvidas!
Alexandre Litvinenko morreu!
ResponderEliminarEspero que a "personalidade interessante" chamada PUTIN nada tenha a ver com o desenlace!