Hoje, participei no X Congresso Português de Obesidade. É redundante falar da importância desta perturbação, característica das sociedades ocidentais e que, entre nós, também já atinge cifras muito preocupantes, contrastando com a fome epidémica de grande parte do mundo em desenvolvimento.
As principais causas estão bem definidas, mas são sobretudo as de natureza cultural, económica e política as mais relevantes e as menos consideradas. As pessoas são mais obesas se tiverem um nível cultural e académico mais baixo, se viverem em meio rural, se fizerem menos exercício, se tiverem algum poder económico e fácil acessibilidade a alimentos baratos que são, normalmente, muito energéticos.
Há muito a fazer neste sector, no sentido de normalizar as comunidades. No fundo, o que está em causa é uma questão de equilíbrio energético (na grande maioria dos casos) entre o que se ingere e o que se gasta. A este propósito, um colega do Porto, Dr. Lima Reis, remata a sua interessante comunicação, contando o que lhe disse, em tempos, o sapiente caseiro do seu pai, face ao seu aspecto de adolescente anafado:" "Com mais enxada e menos conduto vai ao lugar!".
Uma última reflexão. Considero a realização de um congresso sobre obesidade como algo impensável na classe médica, e não só, no final do século XIX e primeira parte do século XX, mesmo uma verdadeira obscenidade, face ao facto da humanidade ter vivido sempre na penúria. Não esquecer que os nossos organismos foram moldados e evoluíram na fome. Sendo assim, há necessidade de nos adaptarmos culturalmente às novas realidades, evitando as consequências da não adopção de estilos de vida saudáveis e o excesso de aporte alimentar...
As principais causas estão bem definidas, mas são sobretudo as de natureza cultural, económica e política as mais relevantes e as menos consideradas. As pessoas são mais obesas se tiverem um nível cultural e académico mais baixo, se viverem em meio rural, se fizerem menos exercício, se tiverem algum poder económico e fácil acessibilidade a alimentos baratos que são, normalmente, muito energéticos.
Há muito a fazer neste sector, no sentido de normalizar as comunidades. No fundo, o que está em causa é uma questão de equilíbrio energético (na grande maioria dos casos) entre o que se ingere e o que se gasta. A este propósito, um colega do Porto, Dr. Lima Reis, remata a sua interessante comunicação, contando o que lhe disse, em tempos, o sapiente caseiro do seu pai, face ao seu aspecto de adolescente anafado:" "Com mais enxada e menos conduto vai ao lugar!".
Uma última reflexão. Considero a realização de um congresso sobre obesidade como algo impensável na classe médica, e não só, no final do século XIX e primeira parte do século XX, mesmo uma verdadeira obscenidade, face ao facto da humanidade ter vivido sempre na penúria. Não esquecer que os nossos organismos foram moldados e evoluíram na fome. Sendo assim, há necessidade de nos adaptarmos culturalmente às novas realidades, evitando as consequências da não adopção de estilos de vida saudáveis e o excesso de aporte alimentar...
A noticia é alarmante:" hoje, no Mundo, é já maior o problema da obesidade do que o da subnutrição!"...li por aí, na imprensa!
ResponderEliminarOra bolas - o conduto sabe-me tão bem e a enxada faz tantos calos...!
Acho bem que os médicos organizem os seus congressos de forma a descobrir a forma de sem reduzir ao conduto e poder dispensar a enxada eu perder a "barriguinha"!
...e depois desta nota caricatural, mais a sério:
INFORMAÇÂO! Pois é. Porque o conduto é cada vez pior e os computadores, as secretarias, e os cómodos sofás frente às TVs, substituem as enxadas.
Na Sociedade da Informação é a Informação que falha!
E, curiosamente são os mais pequenos ( agora com com 4 a 7 anos que retomam o uso e abuso das gorduras!)