A Gulbenkian assinalou os 150 anos sobre a morte de Robert Schumann com um programa, ontem e hoje, inteiramente dedicado ao compositor alemão, no qual incluiu duas das suas obras mais celebradas: a Sinfonia nº2 e o Concerto para Violoncelo.
Ontem, ao ouvir Schumann senti que o prazer de ali estar só era possível devido ao talento extraordinário deste homem e à sua enorme beleza e força interior, que ganham ainda mais significado quando sabemos que acabou os últimos anos da sua vida num asilo para loucos.
Teve um casamento muito romântico e feliz, do qual nasceram dez crianças. A Mulher foi uma célebre pianista da época, para quem compôs a maior parte da sua grande obra pianística, repleta de romantismo. Viveu 46 anos (1810-1856).
Robert Schumann foi um homem excepcional, dotado de uma capacidade criativa cuja obra perdura até hoje, sem nada perder o entusiasmo da sua grandiosidade. Iremos continuar a sentir o prazer de o "ver" e ouvir...
O comentário acerca da morte do venerável Robert Schumann deu-me a certeza que o esforço que a Fundação Gulbenkian faz em promover estes concertos - e estou a elogiar a ideia de homenagiar o grande Robert Schumann - no campo da chamada música erudita, continua a aproveitar a muita gente. Em contrapartida, o governo através da ilustríssima ministra da cultura, acaba de nos brindar com a decisão, muito de acordo com o excelente trabalho que esta tem vindo a realizar, de acabar com a festa da música que o CCB promovia. É assim que se vai culturizando este povo poupando verbas para outras iniciativas mais de acodo com a propaganda política. Basta ter em conta a mediocridade da programação da TRP2, de uma pobreza confrangedora em termos culturais. O concerto do dia 24 não terá sido um espectáculo sublime, mas foram uns momentos muito íntimos que se viveram, ouvindo ao vivo a música do Pai do romantismo alemão, cujo suicídio foi trágico.
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