Estive à espera que algum colega do 4R desse o pontapé de saída de 2007, ou melhor, o segundo, porque o primeiro foi dado, e muito bem, pelo Ferreira d´Almeida.
Ouvi e li parte do discurso do papa Bento XVI. Apesar do elevado respeito que merece, mesmo assim, não deixou de provocar algumas reflexões. Aqui ficam algumas.
A abordagem de certos problemas incomoda certas religiões, ao porem em causa alguns princípios que, durante muito tempo, pensava-se estar aquém da compreensão e intervenção humanas. Mas não é assim. As intervenções efectuadas em embriões é uma dessas áreas. A investigação científica pauta-se pelo cumprimento e respeito de normas éticas, cada vez mais apertadas. Se as mesmas forem cumpridas, não vejo razão para que os cientistas sejam comparados a terroristas. Mas foi nestes termos que o actual papa Ratzinger se dirigiu no seu discurso. E não ficou por aqui, porque considerou a prática do aborto também a terrorismo. A nossa actual lei contempla as circunstâncias em que pode ser praticado. Lei terrorista? Na perspectiva papal, sim.
Face às palavras do Papa como sentirão as pessoas honestas, dotadas de sentido ético, irmanadas de responsabilidade social e científica, cultores da paz, ao serem comparadas a terroristas?
Uma forma muito original de desejar um Feliz Ano!
Ouvi e li parte do discurso do papa Bento XVI. Apesar do elevado respeito que merece, mesmo assim, não deixou de provocar algumas reflexões. Aqui ficam algumas.
A abordagem de certos problemas incomoda certas religiões, ao porem em causa alguns princípios que, durante muito tempo, pensava-se estar aquém da compreensão e intervenção humanas. Mas não é assim. As intervenções efectuadas em embriões é uma dessas áreas. A investigação científica pauta-se pelo cumprimento e respeito de normas éticas, cada vez mais apertadas. Se as mesmas forem cumpridas, não vejo razão para que os cientistas sejam comparados a terroristas. Mas foi nestes termos que o actual papa Ratzinger se dirigiu no seu discurso. E não ficou por aqui, porque considerou a prática do aborto também a terrorismo. A nossa actual lei contempla as circunstâncias em que pode ser praticado. Lei terrorista? Na perspectiva papal, sim.
Face às palavras do Papa como sentirão as pessoas honestas, dotadas de sentido ético, irmanadas de responsabilidade social e científica, cultores da paz, ao serem comparadas a terroristas?
Uma forma muito original de desejar um Feliz Ano!
Quando se radicaliza dessa forma, deve esperar-se o fim dos moderados. Fê-lo com os muçulmanos, está agora a faze-lo com a comunidade científica. Se para os católicos pode até ser uma posição aceitável, para os não católicos é apenas ridículo. E se os católicos não questionam a igreja, os outros vão passar a olhar para ela com outros olhos...
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