sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Patético!

Esta ideia de que a China está muito interessada na nossa capacidade de lançar pontes com África é duplamente patética, mesmo que seja difundida somente para consumo interno e no claro propósito de encarecer os resultados da lustrosa deputação governamental áquele país.
Primeiro, porque é sabido que a China não está às portas de África, nomeadamente da África de expressão oficial portuguesa. Já é um dos principais parceiros económicos e nunca para isso necessitou de cartas de recomendação. Basta-lhe a força dos dólares e uma influência política facilitada por ausência de pruídos nalgumas mátérias a que Portugal tem de ser sensível (para não referir outras, a questão do respeito pelos direitos humanos). Segundo porque, como também se sabe, Portugal está longe de ser um País com especial influência naqueles mercados porque lhe falta aquilo que a China tem cada vez mais.
Não abusem as centrais de comunicação da especial bonomia deste povo do crédulos, que apesar de (como recordou o senhor ministro da economia) serem mal pagos, não gostam de ser...enganados.

3 comentários:

  1. Os Consultores e os Bancos de Investimento contratados pelos nossos governantes sabem fazer bem o seu papel e ganhar dinheiro.
    Neste momento, o que está a dar e faz parte do power-point de qualquer projecto, é acenar com as vantagens das plataformas logísticas. A Ota será uma gigante plataforma que distribuirá o tráfego internacional que se dirige à Europa ou que demanda a América do Sul ( a do Norte, não, porque este já se perdeu há muito...). Na China, e como diz, Portugal é apresentado como uma plataforma de investimento para África (noutros países é para o Brasil...).
    E também se fala das grandes plataformas de distribuição de mercadorias para toda a Península.
    Os Consultores propõem e ganham dinheiro e os Ministros ficam inchados e mostram que têm vistas largas...Com isto,o Governo entretém-se a plataformar e o povo a penar!...

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  2. Fiquei com a clara impressão de que o nosso magnânimo primeiro ministro e sua corte, so se deram conta de que a viagem a china foi um flop depois que lá chegaram, e por isso tinham de criar polémica com os portugueses (que com os chineses não ficava bem), para que a sua viagem despertasse algum interesse, é o seu departamento de marketing a funcionar.

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  3. Caros Amigos:
    Com tanta plataforma aqui instalada, corremos o risco de ficar em pior situação que o Bangladesh, com o território nacional uns escassos centímetros apenas acima do nível do mar...
    Boias de salvação precisam-se.

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