Considerada até há pouco tempo a mais do que provável candidata do Partido Democrático às eleições presidenciais nos EUA, quase sem rival, a Senadora Hillary Clinton tem vindo a enfrentar um adversário que dia a dia se mostra mais capaz de desafiar o seu favoritismo: o também Senador (pelo Illinois) Barack Obama.
Trata-se de um político jovem, com um discurso novo e arrebatador, afro-americano (pai queniano e mãe americana), considerado verdadeiramente carismático e capaz dos maiores cometimentos.
Obama já conseguiu dois sucessos que provocaram algum abalo na fortíssima campanha que a Senhora Clinton com o apoio incansável de seu Marido e ex-Presidente, tem vindo a promover.
O primeiro foi passar para a frente na preferência dos eleitores de origem africana, que como se sabe têm um enorme peso no eleitorado americano.
Até há pouco tempo a Senhora Clinton dominava claramente. Em Janeiro deste ano, de acordo com uma sondagem do Washington Post-ABC News, ela reuniria 60% da preferência dos eleitores negros contra 20% de Obama.
As últimas sondagens mostram que Obama já conseguiu passar para a frente da sua rival nesta faixa do eleitorado, com 44% contra 33%.
É uma mudança surpreendente, pela rapidez com que ocorreu e pela amplitude dos resultados.
O segundo sucesso, que encontrei numa interessante notícia da edição de ontem do F. Times (“Obama takes on Clinton for Wall Street cash”), é a capacidade de obter fundos (fund raising) para apoio da sua campanha.
Neste capítulo, em que Hillary parece muito difícil de bater, Obama conseguiu dois apoios de grande peso: o do multimilionário George Soros e de Jamie Rubin, filho de Robert Rubin que foi Secretário do Tesouro de Clinton e é um banqueiro muito prestigiado nos EUA.
Para além desses apoios e de outros também importantes, Obama tem vindo a conseguir excelentes resultados em acções pontuais de “fund raising”.
Nas eleições americanas como se sabe, o “fund raising” constitui um trunfo fundamental.
Candidato que não consiga sucesso no “fund raising”, a sua campanha tem os dias contados. Aquelas campanhas, desde logo nas chamadas “primárias”- em que se apuram os candidatos a apoiar por cada partido - não são “a feijões”, gastam-se rios de dinheiro.
Temos em perspectiva um duelo interessantíssimo no Partido Democrático para seguir nos próximos meses, é uma campanha que vai dar ainda muito que falar.
Aceitam-se apostas – melhor aqui que nas taxas de juro do BCE...
realmente o fund raising é um bom indicador.tanto mais que os dois candidatos já abdicaram do "apoio publico".para isso , os apoios de Hollywood e de wall street vão ser importantes.
ResponderEliminareu pessoalmente prefero o Obama.confesso que é um sentimento mais de rejeitção da Hilary e do seu clã.Não gosto de dinastias e não gosto de "calculismos" , em que Hilary é expert.
ganhará o candidato que melhor fizer a quadratura do circulo no que diz respeito ao discurso .ou seja que o discurso agrade a gregos e a troianos , o que dado a diferenças culturais dos diferentes estados do Eua é muito dificil.O discurso para o Estado do Utah ( ultra conservador..) não será certamente o mesmo discurso para o Estado de New york ( o mais liberal dos estados , no sentido americano do termo..).
nesse sentido , as questões "fracturantes" vão ser decisivas .casamento gay , aborto controlo de armas , alêm do Iraque são os temas que estão em cima da mesa e que ajudam a definir os candidatos no espectro politico.
A campanha vai ser longa . As gaffes e os ataques vão ser muitos .
Eu aposto no Barack . benificia de uma menor exposição mediática , o que é bom em contraponto de Hillary que está à muito na ribalta e possivelmente terá a sua imagem desgastada..
Eu não gosto de apostar em corridas onde um sujeito como o Bush pode ganhar
ResponderEliminarAposto na futura Dama de Ferro do Ocidente,Hillary Clinton.Se aguentou com o marido no poder, tambem aguenta na guerra para chegar á sala oval da "White House".
ResponderEliminarPedro Sérgio (Palmela)
...Não esquecer do estágio que fez durante o "reinado" de Clinton, que não foi fácil.
ResponderEliminarPedro Sérgio (Palmela)
Não sei porquê, ainda continuo a achar que Al Gore vai fazer um sprint do último para o primeiro lugar. Chamem-me ingénuo...
ResponderEliminarMeus Caros,
ResponderEliminarDepois do FLOP da minha aposta nas taxas de juro do BCE - que Tonibler e C. Monteiro bem conhecem - tenho de ser mais prudente neste campo da política americana.
Quero dizer com isso que neste momento não aposto nem em Hillary nem em Obama, ambos me parecem capazes de arrebatar as primárias do Partido Democrático.
Convém aliás não esquecer que existe um provável 3º Candidato, Edwards, com alguma capacidade de fogo.
Al Gore é que me parece completamente fora da corrida, não estou a vê-lo bater-se contra Hillary, acrescendo que está a ficar muito gordo, perdeu aquele visual de "super man".
Do lado Republicano também se perfilam dois candidatos de peso: Rudolph Giuliani e John McCain, com características muito diferentes mas ambos capazes de lá chegar.
Também aqui a aposta se me afigura muito problemática.
Estas primárias deverão ser das mais animadas da história dos EUA.
O que me atrevo a dizer é que se Obama for o escolhido dos Democratas, tem muito fortes hipóteses de vir a ser o próximo Presidente.
Veremos.