quarta-feira, 11 de abril de 2007

Clarinho, clarinho...para oficial entender!...

Estou mesmo sem paciência!.... Hoje ouvi mais um analista encartado a defender a não diminuição dos impostos para melhor controlar o défice.
Não é verdade, nem no passado, nem no presente. Segundo o Orçamento para 2007, as Despesas Correntes irão aumentar 2 mil milhões de euros em relação a 2006. E como vai ser coberto tal aumento? Exactamente com um acréscimo de impostos de 2 mil milhões de euros!...
E então ainda se tem a desfaçatez de dizer que os sucessivos aumentos de impostos são para controlar o défice?
Têm é servido para suportar o crescente aumento da despesa, ao contrário do que oficialmente é publicitado e muitos comentadores aceitam.
Mas haverá alguém que ainda não compreenda isso?

8 comentários:

  1. Anónimo02:18

    O excesso de claridade ofusca.

    “A consciência é muito bem-educada. Deixa logo de falar com aqueles que não querem escutar o que ela tem a dizer." - Samuel Butler (1612-1680)

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  2. Eu fico parvo com a totalidade (ia dizer a maioria, mas depois lembrei-me que nunca ouvi um que acertasse) dos "analistas económicos". Para eles os indicadores têm vida própria, como se a despesa corrente convidasse o produto interno para jantar e fosse prima da balança de transacções.
    Há uma realidade por debaixo dos indicadores e é nessa que se tem que fazer alguma coisa. Agora, se nada foi feito, tanto se justifica aumentar os impostos, como diminuir, o resultado final vai ser sempre o mesmo - maus indicadores. Mas como até os maiores nomes da economia se referem a ela como uma ciência não exacta, se calhar sou eu quem está errado.

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  3. Caro Félix Esménio:
    É bem verdade que a claridade ofusca. Pelo menos desde que existe o provérbio "o rei vai nu"!...

    Caro Tonibler:
    De facto, os rácios também ofuscam. Os Economistas, professores, comentadores, analistas esqueceram a realidade substancial subjacente aos rácios e limitam-se a comentar e analisar uma realidade virtual.Simplesmente a economia faz-se de realidades e não de abstracções. A realidade está aí, mas continuam a ser ouvidos com pompa e circunstância.
    A teoria, dizia alguém, resulta de uma boa prática. Exactamente o que lhes falta!...

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  4. Sobre este assunto há que dizer duas pequenas coisitas:

    1- O PSD/PP quando estiveram no Governo, apesar da cavalgada solitária do Miguel Frasquilho, mantiveram sob a batuta da MFL exactamente o mesmo autismo sobre este assunto que o PS tem neste momento, por isso quem não tem telhados de vidro que atire a primeira pedra;

    2 - Isso dos rácios tem muito que se lhe diga, os actuais comentadores, etc. e tal, parece que tiveram cursos intensivos de cegueira intelectual com o PCP... Eles tambem perdem sempre alguma coisa em cada as eleição/votação (pelo menos em termos absolutos), mas conseguem sempre ver uma esmagadora vitória sobre todos os adversários...

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  5. Que mal vai o reino de sua Majestade (entenda-se Sócrates)!
    Ao documentário "Já não há Pastores" sugeria um novo (documentário, claro) "Já não há cavalheiros", mas meus senhores, onde é que já se viu A despesa corrente a convidar O produto interno, onde está a educação de berço....
    in Retalhos da vida da Economia Portuguesa!

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  6. Caro Vírus:
    Nem sempre o PSD é o árbitro da elegância, como Petrónio o era em Roma!...
    Não é pelo facto de o PSD ter seguido tal ou tal prática que a razão esteja do seu lado.
    Aqui como em muitas outras coisas. E a cabeça de cada pessoa pertence-lhe inteiramente...a menos que a tenha vendido a outros interesses...

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  7. Caro Chevalier,

    O Produto foi sempre um sujeito tímido. É sempre a Despesa, flausina mais atrevida, que anda sempre em cima dele.

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  8. Caro Toni,

    ...salvo seja!
    Não há uma frase que diz "Com a verdade me enganas!"

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