“Eu sou um dos que se tem conservado na ideia de que o Tribunal de Contas não tem cumprido o seu dever…Sabemos hoje que o Tribunal de Contas foi organizado como se poderia organizar o Hospital de Runa: para ali não mandaram senão empregados incapazes e algum que escapou pela malha foi depois tirado para outras repartições. Soubemos mais que homens que não trabalham no Tribunal de Contas vencem por aí…”
(Deputado Vicente Ferrer Neto Paiva, em 21 de Março de 1852, em discurso no Parlamento).
Os desabridos comentários governamentais ao Relatório do Tribunal de Contas referente à auditoria que fez às despesas dos Gabinetes Ministeriais, criticando o que o Tribunal referia e negando qualquer correcção de procedimentos, continuam a reproduzir, hoje o discurso de há 155 anos. Os Relatórios do Tribunal só são bons para o Governo quando acusam terceiros!...
(Deputado Vicente Ferrer Neto Paiva, em 21 de Março de 1852, em discurso no Parlamento).
Os desabridos comentários governamentais ao Relatório do Tribunal de Contas referente à auditoria que fez às despesas dos Gabinetes Ministeriais, criticando o que o Tribunal referia e negando qualquer correcção de procedimentos, continuam a reproduzir, hoje o discurso de há 155 anos. Os Relatórios do Tribunal só são bons para o Governo quando acusam terceiros!...
E, aqui para nós, só mesmo empregados perfeitamente incapazes podem vislumbrar o regabofe de despesa que vai pelos gabinetes dos nossos Ministros. Porque os capazes, esses conseguiram que o Governo os pusesse a vencer por um qualquer gabinete, mesmo que aí não trabalhem!...Também como há 155 anos!...Mais que os capazes, os fiéis, digo eu!...
Teve plena razão o Prof. Massano Cardoso em indignar-se com a reacção do Governo, como o referiu no seu post Tribunal de Contas.
Teve plena razão o Prof. Massano Cardoso em indignar-se com a reacção do Governo, como o referiu no seu post Tribunal de Contas.
Meus Caros,
ResponderEliminarAs reacções intempestivas e confusas do lado do marketing oficial:
- Com os sucessivos episódios de avanços e recuos na área da saúde;
- Com a novela do "diploma na hora";
- Com o embróglio do "investimento estratégico" da Ota;
- Com as advertências do Tribunal de Contas aos excessivos gastos dos gabinetes ministeriais;
- Com as notícias da "derrapagem" orçamental que abalou pelo menos em parte o discurso de vitória,
Tudo isso sugere que se entrou numa nova fase da acção governativa que normalmente assinala o início de um período de afrouxamento e perda de orientação, prenunciador de borrasca.
Será que vamos ter este padrão cíclico repetido?
É o que falta saber, só pelos próximos episódios se perceberá.
Também acho!
ResponderEliminarPinho Cardão
ResponderEliminarComo já comentei antes:
por esse motivo é que Eça continua, 150 anos depois, a ter actualidade, ao passo que Balzac, seu contemporâneo, não.
Aqui enaltecemos esse facto, quando devíamos envergonhar.
Cumprimentos
Caro AVolframista:
ResponderEliminarTem toda a razão!...
Os romanos diziam que era a rir que se educavam os costumes. Por cá, vamo-nos também rindo com estas e com outras...mas fica sempre tudo igual!...