segunda-feira, 21 de maio de 2007

Boas Práticas

Realizou-se há poucos dias a entrega de Prémios da 5ª edição das Boas Práticas na Administração Pública, uma iniciativa da Deloitte e do Diário Económico, em que colaboram o INA e a Fundação Luso Americana.
Este ano houve uma enorme avalanche de concorrentes, mais de uma centena, sinal de que as instituições já começam a olhar os seus projectos com capacidade de os avaliar e com confiança para serem avaliados.
Tal como nos outros sectores, a administração pública precisa de reconhecimento e de ver promovidos os seus êxitos, sem paternalismos ridículos e sem benevolências.
Foi muito interessante a apresentação dos projectos, a inovação e a capacidade de realizar com poucos meios, a ambição de fazer melhor. Também foi evidente a importância de mobilizar equipas, de dividir entre todos os louros depois do esforço conjunto.
Não apareceu lá nenhum dirigente a dizer que tinha conseguido fazer bem apesar de ter gente preguiçosa e pouco interessada. Nem podia, claro, esses são os que ocupam os lugares sem trazerem nada de novo, muitas destas pessoas trabalham há anos nos mesmos serviços, porque é que de repente foram capazes de se distinguir?
A liderança é um tema que tem que ser tratado quando se fala em produtividade e empenho…

4 comentários:

  1. Suzana
    A iniciativa das "Boas Práticas na Administração Pública" é uma excelente iniciativa, que tem vindo a ganhar adeptos. Alguma coisa está a mudar... É muito bom sinal, um sinal de que também a Administração Pública beneficia quando aposta na gestão.
    O desempenho de uma qualquer actividade ou organização está cada vez mais dependente da capacidade de liderança. Liderança, em especial, de pessoas, em particular estimulando a sua vontade de se associarem em torno de objectivos e de ideias.
    Conheço bem o tema da liderança e a sua importância na criação valor.

    ResponderEliminar
  2. "Não apareceu lá nenhum dirigente a dizer que tinha conseguido fazer bem apesar de ter gente preguiçosa e pouco interessada"

    Pergunta honesta e sincera:

    Apareceu alguém a apresentar resultados objectivos de desempenho antes do projecto de mudança vs resultados do desempenho depois do projecto de mudança?

    Ou foi uma questão de retórica?

    ResponderEliminar
  3. Anónimo23:03

    É um sinal positivo de mudança.
    Não há reforma da Administração Pública que não passe pela iniciativa e capacidade de bem gerir.
    Levar à prática o principio fundamental da boa administração é hoje formar dirigentes capazes de imprimir eficácia ao serviço público através da modernização e simplificação administrativas.
    Estou em crer que o trabalho nesse sentido desenvolvido em que a Suzana teve um papel relevante, aliás com a participação da Margarida no seu sector, está já a dar frutos. E precisa de os dar porque o nosso futuro colectivo depende de uma AP que rompa definitivamente com o passado.

    ResponderEliminar
  4. Caro CCz, só são aceites os projectos que apresentem essa quantificação, é exactamente por não haver uma prática de avaliação objectiva que muitos projectos não conseguem ser classificados apesar do muito interesse que aparentam ter do esforço que envolveram para a sua concretização. O sistema é adaptado do Balanced Scorecard e avalia as melhorias nas áreas financeira, serviço ao cliente, processos e motivação. Todos têm que progredir nestas 4 áreas, embora seja dominante aquela à qual apresentam candidatura.A avaliação quantitativa é feita pela empresa promotora dos Prémios.

    ResponderEliminar