Em entrevista publicada na última edição do Expresso (23 de Junho de 2007), o economista Luís Cabral, professor de Economia Industrial na prestigiada Stern Business School de N. York, referiu que o número diminuto de falências é um entrave para o desenvolvimento das empresas em Portugal. “Temos que criar um sistema de concorrência e meritocracia que efectivamente leve a um processo de selecção. Que é duro, leva empresas à falência, mas é necessário”.
É falar contra a corrente, basta ouvir o clamor que se levanta quando são publicados estatísticas de falências, mas há muito que venho defendendo o mesmo, já nos anos 90 na Sedes, ou, mais recentemente, num artigo publicado no Expresso, creio que em Agosto de 2004. Respigo alguns excertos desse mesmo artigo, que poderá ser lido no blog gémeo, Quarto da República.
“Um proteccionismo ainda não erradicado tem vindo a perpetuar um conjunto significativo de empresas que, ao longo dos anos, acumulam prejuízos, não pagam impostos, não cumprem com Clientes e Fornecedores, distorcem a concorrência, e ocupam, abusivamente, o lugar de outras, mais aptas e viáveis”.
Depois de aludir ao insignificante número de dissoluções de empresas e de empresas que se apresentaram à falência, em termos absolutos e comparativos com países europeus, ao aumento do crédito mal parado no sistema bancário e a outros indicadores expressivos, referia:
“…Este estado de coisas gera tremendos obstáculos às empresas competitivas e cumpridoras, destruindo os princípios da economia de mercado e arrasta empresas viáveis para a mesma situação, por não poderem competir...... Ao contrário dos países mais desenvolvidos, em Portugal ainda não se compreendeu que um processo falimentar correcto e tempestivo é o meio mais adequado para punir quem merece ser punido e para preservar o bem social de uma empresa, isto é, o universo dos clientes, fornecedores, instalações, equipamentos e trabalhadores, universo esse que poderá continuar a produzir, só que, agora, com novo dono e nova gestão.
Não há competitividade com empresas mal capitalizadas, que não investem em novos equipamentos, factor de produtividade, não investem em organização, mantendo práticas desajustadas, e consideram a formação do pessoal como um custo adicional dispensável. Consequências óbvias são a perda de mercado, os baixos salários, a desmotivação dos trabalhadores, a fuga dos melhores e a hipoteca qualquer futuro para a empresa…”.
Como disse, o artigo pode ser lido, na íntegra, no Quarto da República.
É falar contra a corrente, basta ouvir o clamor que se levanta quando são publicados estatísticas de falências, mas há muito que venho defendendo o mesmo, já nos anos 90 na Sedes, ou, mais recentemente, num artigo publicado no Expresso, creio que em Agosto de 2004. Respigo alguns excertos desse mesmo artigo, que poderá ser lido no blog gémeo, Quarto da República.
“Um proteccionismo ainda não erradicado tem vindo a perpetuar um conjunto significativo de empresas que, ao longo dos anos, acumulam prejuízos, não pagam impostos, não cumprem com Clientes e Fornecedores, distorcem a concorrência, e ocupam, abusivamente, o lugar de outras, mais aptas e viáveis”.
Depois de aludir ao insignificante número de dissoluções de empresas e de empresas que se apresentaram à falência, em termos absolutos e comparativos com países europeus, ao aumento do crédito mal parado no sistema bancário e a outros indicadores expressivos, referia:
“…Este estado de coisas gera tremendos obstáculos às empresas competitivas e cumpridoras, destruindo os princípios da economia de mercado e arrasta empresas viáveis para a mesma situação, por não poderem competir...... Ao contrário dos países mais desenvolvidos, em Portugal ainda não se compreendeu que um processo falimentar correcto e tempestivo é o meio mais adequado para punir quem merece ser punido e para preservar o bem social de uma empresa, isto é, o universo dos clientes, fornecedores, instalações, equipamentos e trabalhadores, universo esse que poderá continuar a produzir, só que, agora, com novo dono e nova gestão.
Não há competitividade com empresas mal capitalizadas, que não investem em novos equipamentos, factor de produtividade, não investem em organização, mantendo práticas desajustadas, e consideram a formação do pessoal como um custo adicional dispensável. Consequências óbvias são a perda de mercado, os baixos salários, a desmotivação dos trabalhadores, a fuga dos melhores e a hipoteca qualquer futuro para a empresa…”.
Como disse, o artigo pode ser lido, na íntegra, no Quarto da República.
O problema, caro Pinho Cardão, é que o meu caro é dono (e eu também) de algumas dessas empresas, como empresas municipais que pagam a 500 dias. Para protestar, basta recorrer ao tribunal, que o meu caro sustenta, que vai resolver a coisa a 1250 dias. E tanto resolve neste prazo para aquelas que o meu caro é dono, como para as outras todas que praticam "raptos" de facturas, muitas dessas empresas "estrelas" do PSI20.
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