Foi notícia recente que antigos terroristas e velhos padrinhos da máfia a cumprirem penas atrás das grades italianas reivindicam que as suas penas de prisão perpétua sejam substituídas por pena capital.
Em carta que dirigiram ao Presidente da República de Itália exigem o regresso da pena de morte.
Citando, declaram-se “cansados de morrer um pouco em cada dia que passa. Decidimos morrer de uma só vez (…) A perpetuidade é a invenção de um não deus, de uma selvajaria que ultrapassa toda a imaginação”. Para estes presos “o futuro é igual ao passado” e que só lhes resta matar o presente e abandonar toda a esperança”. Batem-se contra uma “morte a soluços”.
Enfim, são os mesmos criminosos que sem piedade e na negação de um deus sequestraram, abusaram, destruíram, mataram, andaram fugidos à polícia até que, depois de muitos anos “a salto” foram finalmente capturados, julgados e presos, com sentenças de “mão pesada”, tal foi a gravidade dos crimes praticados.
Querem agora o restabelecimento da pena capital, que a Itália aboliu em 1948, para não morrerem devagarinho. Devagarinho, muito devagarinho, morrem muitos condenados à “cadeira eléctrica” que se encontram nos “corredores da morte”!
Ao ler a notícia percorreu-me o corpo um grande arrepio, o mesmo com que finalizo este texto porque reconheço que o pedido é mórbido e arrepiante…
Só me ocorre sentir, muito simplesmente, que a vida é um bem precioso, de valor insubstituível e que o instinto de sobrevivência é muito grande. E ocorre-me pensar na dignidade da vida e da morte...
Em carta que dirigiram ao Presidente da República de Itália exigem o regresso da pena de morte.
Citando, declaram-se “cansados de morrer um pouco em cada dia que passa. Decidimos morrer de uma só vez (…) A perpetuidade é a invenção de um não deus, de uma selvajaria que ultrapassa toda a imaginação”. Para estes presos “o futuro é igual ao passado” e que só lhes resta matar o presente e abandonar toda a esperança”. Batem-se contra uma “morte a soluços”.
Enfim, são os mesmos criminosos que sem piedade e na negação de um deus sequestraram, abusaram, destruíram, mataram, andaram fugidos à polícia até que, depois de muitos anos “a salto” foram finalmente capturados, julgados e presos, com sentenças de “mão pesada”, tal foi a gravidade dos crimes praticados.
Querem agora o restabelecimento da pena capital, que a Itália aboliu em 1948, para não morrerem devagarinho. Devagarinho, muito devagarinho, morrem muitos condenados à “cadeira eléctrica” que se encontram nos “corredores da morte”!
Ao ler a notícia percorreu-me o corpo um grande arrepio, o mesmo com que finalizo este texto porque reconheço que o pedido é mórbido e arrepiante…
Só me ocorre sentir, muito simplesmente, que a vida é um bem precioso, de valor insubstituível e que o instinto de sobrevivência é muito grande. E ocorre-me pensar na dignidade da vida e da morte...
Cara Margarida
ResponderEliminarAqui está um tema que faz correr muita tinta e que se encontra,para lá de todos os aspectos que se prendem com os direitos humanos,fortemente politizado,como é sabido. Neste contexto, sejamos pragmáticos,colocando a nós próprios a seguinte questão: o que é pior para uma pessoa, ou o que lhe dá maior sofrimento,é condená-la à pena de morte, ou a prisão perpétua? Parece que o caso versado, contradiz, e até que ponto com que autencidade, a escala de penas aplicáveis nalguns países, da qual a mais grave é a pena capital. Tratando-se como se trata de ignóbeis facínoras que martizaram sem piedade uma sociedade das mais variadas formas, julgo que não merecem que lhes seja dado provimento à petição, pois de contrário melhor será rever e já, a lei vigente graduando doutra forma a escala das penas aplicáveis pelos tribunais competentes.
Para casos como o destes miseráveis, a pena de morte tem razão de existir.
A pena de morte estão eles habituados a decretar, as vítimas deles não tiveram a possibilidade de escrever ao Presidente e a ver as suas cartas publicadas nos jornais a lamentar-se da monotonia do futuro...Como não podem pedir clemência, pedem apena de morte, assim sabem que chocam e que se volta a falar deles.
ResponderEliminarCaro antoniodasiscas
ResponderEliminarCusta a acreditar que estes "ignóbeis facínoras" tenham sofrimento. É gente que não sente qualquer arrependimento nem qualquer remorso pela brutalidade dos seus actos. Não há que ter clemência com gente que não tem vergonha em afirmar que a "perpetuidade (...) é uma selvajaria que ultrapassa toda a imaginação”.
Suzana
O apelo destes criminosos consegue ser chocante, não porque tenhamos que ter pena da monotonia das suas vidas, porque não temos, mas pela sua ousadia sem princípios nem limites. Gente de facto perigosíssima...