Acontece-me sempre o mesmo. Quando faço faço a mala para ir de férias de Verão, acho impossível deixar para trás algumas coisas que fazem parte do meu dia a dia, algumas roupas, acessórios, pequenos objectos que parece impossível sair de casa sem precisar deles.
Faço o mesmo com os livros, vou recuperar os que adiei ao longo dos meses, agora é que vou ler este ensaio tão importante, vou aproveitar para conhecer este autor, deixa-me cá levar este sobre política...
Faço ainda alguns planos para ir visitar isto e aquilo, para ir à praia todos os dias, quando estivermos de férias é que vamos, ...
É claro que sai tudo trocado e ainda bem, a verdade é que detesto coisas muito combinadas e adoro o imprevisto quando não tenho obrigações a cumprir, só me sinto em férias quando vejo um dia inteirinho à minha frente para ocupar ao sabor da inspiração, mesmo que desse modo fiquem por realizar alguns projectos que antes tinha achado tão interessantes.
Uma boa parte da roupa de cidade ficou na mala, os objectos essenciais não serviram para nada, os livros cinzentões foram rapidamente substituidos por belos romances daqueles que se lêem sem parar, debaixo do alpendre, a aproveitar bem os últimos raios de sol a deixar o céu cor de rosa e a sentir a brisa fresca que chega com o entardecer. A praia, pouca, o tempo não esteve pelos ajustes, a água gelada e um ventinho agreste quando levantava a neblina, paciência, também é agradável preguiçar pela manhã dentro...
É incrível como precisamos de tão poucas coisas nas férias para nos sentirmos bem. Este ano nem fomos aos restaurantes aqui à volta, optámos por refeições simples, coisas compradas no mercado, fruta fresca, sem conhecer frigorífico, o peixinho arranjado pelo Senhor Luis, que maravilha!, reparámos que durante o ano passamos a vida em restaurantes, no meio do barulho ou a comer à pressa, sem tempo para conversar ou para apreciar o silêncio.
Faço o mesmo com os livros, vou recuperar os que adiei ao longo dos meses, agora é que vou ler este ensaio tão importante, vou aproveitar para conhecer este autor, deixa-me cá levar este sobre política...
Faço ainda alguns planos para ir visitar isto e aquilo, para ir à praia todos os dias, quando estivermos de férias é que vamos, ...
É claro que sai tudo trocado e ainda bem, a verdade é que detesto coisas muito combinadas e adoro o imprevisto quando não tenho obrigações a cumprir, só me sinto em férias quando vejo um dia inteirinho à minha frente para ocupar ao sabor da inspiração, mesmo que desse modo fiquem por realizar alguns projectos que antes tinha achado tão interessantes.
Uma boa parte da roupa de cidade ficou na mala, os objectos essenciais não serviram para nada, os livros cinzentões foram rapidamente substituidos por belos romances daqueles que se lêem sem parar, debaixo do alpendre, a aproveitar bem os últimos raios de sol a deixar o céu cor de rosa e a sentir a brisa fresca que chega com o entardecer. A praia, pouca, o tempo não esteve pelos ajustes, a água gelada e um ventinho agreste quando levantava a neblina, paciência, também é agradável preguiçar pela manhã dentro...
É incrível como precisamos de tão poucas coisas nas férias para nos sentirmos bem. Este ano nem fomos aos restaurantes aqui à volta, optámos por refeições simples, coisas compradas no mercado, fruta fresca, sem conhecer frigorífico, o peixinho arranjado pelo Senhor Luis, que maravilha!, reparámos que durante o ano passamos a vida em restaurantes, no meio do barulho ou a comer à pressa, sem tempo para conversar ou para apreciar o silêncio.
Vou agora sacudir a preguiça com um pequeno passeio a Angoulême, ver uns amigos que alugam uma casinha camponesa, perdida no campo, e depois desafiam os mais atrevidos para irem animar a conversa! não resisti ao convite e a decisão foi na hora.
Mais uns dias e estou de volta, com um suplemento de alma e de boa disposição para rever toda a gente e retomar o trabalho.
Aos que vão agora descansar, desejo uns dias bem tranquilos, uns belos passeios, óptimas conversas, boas leituras. Enfim, que as férias sejam, para todos, um bom momento...
Mais uns dias e estou de volta, com um suplemento de alma e de boa disposição para rever toda a gente e retomar o trabalho.
Aos que vão agora descansar, desejo uns dias bem tranquilos, uns belos passeios, óptimas conversas, boas leituras. Enfim, que as férias sejam, para todos, um bom momento...
Cara Suzana,
ResponderEliminarA Senhora não precisa de entrar num mosteiro Budista :) para possuir o conhecimento da fórmula da libertação.
Começou naturalmente por conhecer a inutilidade dos atavios, de seguida desmembrou-se de um determinado nº de objectos, aqueles livros que poderiam destruir a energia que ia adquirindo, tb foram à vidinha deles, por último, mas não como recurso, o sol, a brisa fresca, o remanso do alpendre e os romances-de-enfiada, começaram a fazer sentir efeito do amperímetro da sua bateria biológica. Ora aí está a origem da tão desgastada frase "recarregar baterias". Afinal, a natureza possui ao nosso dispôr e à borliu, tudo aquilo que é efectivamente essencial para o nosso bem-estar.
Continuação de boas férias!!!!!!!
:))
mas cuidado com os malefícios do sol!
ResponderEliminarSuzana
ResponderEliminarContinuação de boas férias. O importante é que nos sintamos bem, em boa companhia e em repouso, seja lendo, seja passeando, seja "batendo uma boas sonecas", em casa, no campo, na praia ou a viajar. No final, teremos a recompensa de termos feito aquilo que nos deu mais prazer. Regressaremos mais reconfortados…
Caro Bartolomeu, nunca tinha pensado nisso assim, mas a filosofia é apenas uma forma muito especial de olhar as coisas e de as valorizar. Faz-nos falta, um pouco de filosofia...a budista é muito interessante,embora não me tente a clausura, prefiro filosofar com os amigos em tertúlias tão interessantes como o 4r!:)
ResponderEliminarCaro Chevalier de Pas, andar ao sol é um prazer enorme mas tem razão, nada de excessos :(
Pois é, Margarida, ao sabor da inspiração, que mais se pode desejar de umas férias? Espero encontrá-la já com um arzinho de descanso...