Nunca fui ao Brasil. Não por falta de oportunidade, mas por uma questão de medo, medo de ser assaltado, medo de ser alvo de qualquer ataque num país em que o valor da vida é dos mais baixos do mundo. Poderei estar a ser injusto, mas as frequentes notícias, associadas aos relatos de amigos, familiares e conhecidos, que já foram vítimas, alimentam os meus receios. Pelo sim, pelo não, prefiro andar pela Europa e pelo meu país. Não quer dizer que não há, também, violência, entre nós, mas, desde que se tomem as necessárias medidas preventivas, “podíamos” orgulhar de uma sensação de segurança verdadeiramente invejável para muitos povos e comunidades. Podíamos? Mas já não se sente a tal segurança? Não!
Coimbra, por exemplo, é uma cidade encantadora, cuja qualidade de vida é propalada aos quatro ventos. As suas preocupações ambientais são bem conhecidas através de várias iniciativas e acontecimentos suficientemente relatados ao longo dos tempos. É óptimo ter jardins, parques verdes, praias fluviais, controlar e evitar a poluição atmosférica, ter água de qualidade, fomentar iniciativas culturais, promover a investigação científica, desenvolver cuidados em matéria de saúde, enfim, tudo o que possa contribuir para o crescimento e bem-estar de uma comunidade. Mas há aspectos muito preocupantes, para os quais são precisas medidas urgentes e sem as quais o conceito de qualidade de vida cai numa porca valeta. A segurança!
Relatos pessoais de pessoas assaltadas, roubos e vandalismo começam a preocupar as pessoas. Se adicionarmos as notícias veiculadas pela imprensa regional e a experiência pessoal, é fácil de concluir que se está a criar um clima muito negativo, causando mal-estar e insegurança nos cidadãos.
Ser assaltada numa rua movimentada, dentro da própria viatura, junto à porta de casa, por um cobarde criminoso, acolitado por um cúmplice estacionado num jeep, pronto a fugir, é humilhante. À sensação de impotência sucede-se a desconfiança numa sociedade em que a falta de segurança está num crescendo assustador. Claro que as autoridades registam os casos, e neste caso concreto, até disseram: - Ah esses devem ser os mesmos que já assaltaram nas últimas semanas!
Acredito que as autoridades policiais deverão estar empenhadas na identificação destes, como de outros criminosos. Mas será que têm meios necessários para esse efeito? A vigilância da cidade é suficiente? Haverá necessidade de proceder à vídeo-vigilância pública? Claro que aqui começam a levantar-se problemas de direitos e de liberdades individuais. Mas os ladrões, os vândalos e os marginais não deverão vir a público para que se impeça a instalação de câmaras por essas ruas. Estou perfeitamente convicto que ficarão muito satisfeitos se os defensores dos direitos e liberdades individuais contestarem a sua aplicação. Deste modo, sempre podem exercer o seu mister mais à vontade...
Confesso, tenho medo de ir ao Brasil, mas começo a ter medo de viver em Coimbra...
Coimbra, por exemplo, é uma cidade encantadora, cuja qualidade de vida é propalada aos quatro ventos. As suas preocupações ambientais são bem conhecidas através de várias iniciativas e acontecimentos suficientemente relatados ao longo dos tempos. É óptimo ter jardins, parques verdes, praias fluviais, controlar e evitar a poluição atmosférica, ter água de qualidade, fomentar iniciativas culturais, promover a investigação científica, desenvolver cuidados em matéria de saúde, enfim, tudo o que possa contribuir para o crescimento e bem-estar de uma comunidade. Mas há aspectos muito preocupantes, para os quais são precisas medidas urgentes e sem as quais o conceito de qualidade de vida cai numa porca valeta. A segurança!
Relatos pessoais de pessoas assaltadas, roubos e vandalismo começam a preocupar as pessoas. Se adicionarmos as notícias veiculadas pela imprensa regional e a experiência pessoal, é fácil de concluir que se está a criar um clima muito negativo, causando mal-estar e insegurança nos cidadãos.
Ser assaltada numa rua movimentada, dentro da própria viatura, junto à porta de casa, por um cobarde criminoso, acolitado por um cúmplice estacionado num jeep, pronto a fugir, é humilhante. À sensação de impotência sucede-se a desconfiança numa sociedade em que a falta de segurança está num crescendo assustador. Claro que as autoridades registam os casos, e neste caso concreto, até disseram: - Ah esses devem ser os mesmos que já assaltaram nas últimas semanas!
Acredito que as autoridades policiais deverão estar empenhadas na identificação destes, como de outros criminosos. Mas será que têm meios necessários para esse efeito? A vigilância da cidade é suficiente? Haverá necessidade de proceder à vídeo-vigilância pública? Claro que aqui começam a levantar-se problemas de direitos e de liberdades individuais. Mas os ladrões, os vândalos e os marginais não deverão vir a público para que se impeça a instalação de câmaras por essas ruas. Estou perfeitamente convicto que ficarão muito satisfeitos se os defensores dos direitos e liberdades individuais contestarem a sua aplicação. Deste modo, sempre podem exercer o seu mister mais à vontade...
Confesso, tenho medo de ir ao Brasil, mas começo a ter medo de viver em Coimbra...
Vá, pelo menos, ao Rio de Janeiro. Antes de lá ir, sempre pensei que aquela coisa da cidade maravilhosa era basófia dos brasileiros. Não é.
ResponderEliminarE, no tempo que lá estive, não me pareceu pior que Coimbra...
Esquisito... os meus pais vão a Coimbra todas as semanas e no outro dia também lá estive, bem, falando nisso... fui a um restaurantezinho fabuloso em Cantanhede chamado "Marquês de Marialva" que vou-vos dizer!... Comi a decoração (dos pratos das entradas entenda-se, vinha com umas couves tão verdinhas que não resisti). A comida estava muito boa mas, o que me fascinou mesmo foram as couves. Tirando isso, não me senti inseguro.
ResponderEliminarDe qualquer forma, não vivo em Coimbra e fui lá armado em turista por isso, também não posso avaliar grande coisa. No entanto, se tornarmos o tema um pouco mais abrangente, posso acrescentar que roubo é o preço das entradas no Portugal dos pequeninos, fora isso nada mais tenho a relatar.
Relato um pouco exagerado, como muitos que vão aparecendo na Comunicação Social. Ou esta gente não anda na rua, ou conhece dois ou três casos e é o fim do mundo. Só espero, e desejo, que não atribuam as culpas aos estudantes que são de fora de Coimbra, como é normal nestes casos.
ResponderEliminarMeu caro Professor, vá ao Brasil. Até para fazer um intervalo nessa sensação de insegurança coimbrã.
ResponderEliminarVai ver que as maravilhas com que a natureza brindou aquelas terras o fazem esquecer, logo à chegada, as notícias sobre a maldade que também por ali graça.
A insegurança é um sentimento relativo, até que a nossa segurança é absolutamente violada. O medo, neste contexto, é como a condução preventiva, evita ou reduz a probabilidade de males maiores. Como eu compreendo o Prof. Salvador, e não vale a pena fazer como a avestruz...
ResponderEliminarO medo paralisa-nos e é o principal impedimento da vida. Quantos deixam de viver por medo. Por isso, acho que vale a pena uma reflexão sobre o assunto. Quanto ao Brasil ,não só a cidade do Rio de Janeiro é linda como muitas outras e infelizmente, o Brasil é violento sim, mas muito do que se diz é mentira, fruto de comentários exagerados muito comuns na mídia, principalmente na de Portugal. Os europeus, em geral, estigmatizam muito o Brasil. é uma pena porque deixam de conhecer um dos povos mais simpáticos do mundo bem como um dos locais mais abençoados em termos de beleza.
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