O estatuto de aluno concede-lhe o direito de não reprovar por faltas. Se faltar, o problema não é dele. A escola é que terá que resolver o problema.
Tendo singrado na vida e atingido o fim da escolaridade sem saber ler nem escrever e mesmo sem ter posto os pés nas aulas, o estatuto de cidadão concede-lhe o direito de ter um emprego. Se faltar ao emprego como faltava às aulas, o problema não é dele. O patrão é que terá que resolver o problema.
Se, por um impensável absurdo, for despedido, o problema não é dele. O estatuto de desempregado concede-lhe o direito de ter um subsídio de desemprego e o problema é do Estado.
Se, na vigência do subsídio, faltar às entrevistas ou recusar novo emprego, o problema não é dele. As suas habilitações arduamente conquistadas concedem-lhe o direito de escolher emprego compatível e o problema é do Instituto do Emprego, obrigado a arranjar-lhe ocupação, para não aumentar as listas de desempregados.
Se, por um novo improvável absurdo, ficar fora do esquema, o problema não é dele, que o estatuto de cidadão com todos os direitos concede-lhe o direito ao rendimento social de inserção.
Que constituirá uma renda perpétua, pois o cidadão tem direito à existência!...
Renda paga pelos portugueses e não, como devia ser, pelos autores desta celerada lei, fautora da indisciplina, do laxismo, do não te rales, da irresponsabilidade mais absoluta, fomentadora da exclusão social!...
Por uma vez, tenho direito à indignação, com todas as letras: Puta que os pariu!...
Tendo singrado na vida e atingido o fim da escolaridade sem saber ler nem escrever e mesmo sem ter posto os pés nas aulas, o estatuto de cidadão concede-lhe o direito de ter um emprego. Se faltar ao emprego como faltava às aulas, o problema não é dele. O patrão é que terá que resolver o problema.
Se, por um impensável absurdo, for despedido, o problema não é dele. O estatuto de desempregado concede-lhe o direito de ter um subsídio de desemprego e o problema é do Estado.
Se, na vigência do subsídio, faltar às entrevistas ou recusar novo emprego, o problema não é dele. As suas habilitações arduamente conquistadas concedem-lhe o direito de escolher emprego compatível e o problema é do Instituto do Emprego, obrigado a arranjar-lhe ocupação, para não aumentar as listas de desempregados.
Se, por um novo improvável absurdo, ficar fora do esquema, o problema não é dele, que o estatuto de cidadão com todos os direitos concede-lhe o direito ao rendimento social de inserção.
Que constituirá uma renda perpétua, pois o cidadão tem direito à existência!...
Renda paga pelos portugueses e não, como devia ser, pelos autores desta celerada lei, fautora da indisciplina, do laxismo, do não te rales, da irresponsabilidade mais absoluta, fomentadora da exclusão social!...
Por uma vez, tenho direito à indignação, com todas as letras: Puta que os pariu!...
Pobre Senhora... no acto da parição, não lhe assistiu outro direito, senão esse mesmo. Os Zézinhos não podiam ficar lá dentro Ad-eternum. Agora, se me concede o direito caro Dr. Pinho Cardão, gostaria de especular um bocadinho sobre este assunto: Será que o Zé-grande, chamou a sôra ministra e lhe disse: Esses caramelos andaram por aí a "miar" que eu não era inginheiro nem o raio, que o curso me tinha saído na farinha amparo e o diploma foi brinde do bolo-rei. Então sôra meninstra, trate lá de preverter a "coisa" de tal forma que num máximo de 5 anos só haja dótores e inginheiros neste país. Vamos colocar Portugal no Guiness.
ResponderEliminarMas se sempre frequentar um cursito de “requalificação” profissional ainda lhe arranjarão uns cobres para abrir o seu próprio negócio. Aberto o negócio, começa por trabalhar sozinho. Mas o trabalho aumenta, ou a paciência para cuidar dele diminui e então há que olhar para a concorrência e tentar aprender. A solução está-se mesmo a ver, é até uma ajuda ao país, e então tratará de arranjar umas quantas pessoas em processo de apoio ao 1º emprego, que ele substituirá, com a regularidade ajustada ao tempo que durar o apoio (estranha forma de renovação geracional!..). O rendimento começa finalmente a melhorar e a haver tempo disponível para tratar, finalmente, dos “negócios”, com os seus pares. Em cada almoço lá vai aprendendo verdadeiramente as boas maneiras de fazer realmente pela vida. É que não há outra maneira, com governos assim, facilitistas, quem consegue ter empregados de qualidade e responsáveis? E os impostos? quem consegue sobreviver, mesmo sem os pagar?
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão:
ResponderEliminarPara quê indignar-se. Faça como eu, o meu mais novo acabará a antiga quarta classe em Junho de 2008.
Vou retirá-lo da escola e metê-lo no programa das "Novas Oportunidades", em Dezembro de 2008, tem o 9º ano de escolaridade feito com uma perna às costas. Lá para Março de 2009 está a acabar o 11º de escolaridade... com 11 anos.
Enjoy the system!
Caro Pinho Cardão:
ResponderEliminarAgora mais a sério, e com todo o respeito. Ponha a mão na consciência e responda só para si. Se o PSD estivesse no governo, seria muito descabido admitir que o seu grupo parlamentar (em maioria na assembleia) seria capaz de subscrever as mesmas alterações que actualmente o do PS fez? E que o PS estaria contra?
Em que sentido foram as últimas alterações introduzidas pelo PSD, quando era governo? Não foram nesta tendência facilitista?
Um pedido de ajudo,
ResponderEliminarPassei agora mais de meia hora a tentar arranjar uma versão do estatuto do aluno. C'os diabos, também quero ler aquilo, para poder falar do que sei.
Não o consegui encontrar em lado nenhum (AR, ME, sindicatos jornais, etc.). O Google, deu-me não sei quantas linhas que apontavam para conversa sobre o tema, mas o texto nada.
Alguém me pode ajudar?
Mais uma vez, uma medida populista da Ministra da Educação. Uma clara mensagem aos pais e aos alunos de que a escola é que tem de se esforçar, preocupar e educar. A insituição escolar, cada vez com menos recursos e meios (vá lá, tem aqueles quadro todos sci-fi em que nã se gasta giz)é sobrecarregada com tarefas e responsabilidades para as quais não tem nem vocação nem meios. Se a coisa correr mal de quem é a culpa? Da escola e dos professores, ora pois claro. Seria bom saber se nas salas onde há quadros sci-fi, chove lá dentro ou ou se não será uma sala pequena demais para 25 alunos. Comecemos a casa...Pelo telhado. Assim construimos o resto abrigados da intempérie. O meu país é uma peça do Ionescu...
ResponderEliminarCaro CCZ:
ResponderEliminarPode crer que sempre me indignei com esse facilitismo, viesse ele de onde viesse.
Claro que o PSD tem muitas culpas no cartório e não é nada inocente em todo este processo. Muito culpado até. Mas asneiras anteriores não justificam as asneiras de agora.
Até lhe posso contar um episódio, de que agora me lembrei. Quando, no período de 2002 a 2004, estive no Parlamento, houve uma "ameaça", já nem sei bem se de acabar com os exames de Filosofia, desvalorizando a disciplina, ou de a considerar disciplina não nuclear, ou as duas coisas. Lembro-me de que a coisa na altura levantou muita celeuma. Pois eu preparei um discurso para falar no Parlamento, período de antes da ordem do dia, criticando veementemente a medida e dando nota do valor da importância da filosofia na minha vida profissional de economista.
A Direcção do Grupo Parlamentar do PSD veio adiando o agendamento. Depois, acabou por me dizer que já não era oportuno, porque o assunto estava em vias de se resolver!...
Ficou na mesma, na altura.
Mas a doutrina do Ministério prevaleceu. Neste momento, a filosofia está completamente desvalorizada no ensino secundário. Não exige exames,nem mesmo para quem quer seguir Filosofia na universidade.
ahÁ!
ResponderEliminarSubscrevo o posto inicial!
Que os pariu!
ResponderEliminarSó para acrescentar a notícia que revela um enorme sucesso governativo com a redução, em apenas dois anos, da taxa de insucesso escolar (http://dn.sapo.pt/2007/10/30/sociedade/insucesso_secundario_caiu_32_para_25.html).
ResponderEliminarSabe-se ainda que os laboratórios do estado conseguem transformar chumbo em ouro, a agência espacial portuguesa vai colocar uma sonda em Marte e que o défice vai ser inferior aos 3%.
Ou não, e isto é tudo uma cambada de vigaristas que bem pode ir, como diria alguém, para a meretriz que os pariu.
Caro Drº Pinho Cardão.
ResponderEliminarA indignação é mais que legítima!
Começa a ser comum ouvir os jovens dizer: estudei tanto e não consigo arranjar nada; ou ainda: por quinhentos euros não me levanto cedo, fico a “xonar” em casa dos velhos, cama e roupa lavada e “tá” no ir!”.Tudo numa boa, como eles dizem!
O problema é quando os velhos se forem, e o país tiver que contar com esta força de trabalho!... Nessa altura, alguém vai dizer o mesmo que se diz hoje: o nosso atraso tem a ver com o baixo nível de produtividade e com o baixo nível de conhecimentos dos Rh.s.
Daí, não havendo resposta para os problemas acima descritos, os políticos responsáveis procurem com estas novas regras “apaziguar” os jovens, dando-lhes a ilusão que tudo é fácil. E, se assim é, estamos em presença duma política que inevitavelmente irá conduzir muitos jovens a engrossar o “contingente” dos desajustados, dos desempregados, dos excluídos, e até dos criminosos
Portanto, talvez o novo estatuto esteja apenas e só a “materializar” a falta de resposta dos políticos, na ausência de capacidade de resolução do problema.
VIVA O DR. PC!!!!! YAAYYYY!!!
ResponderEliminarDisse aquilo que eu não quis dizer ontem. :)
100% de acordo com o post inicial.
Caro Pinho Cardao, para se indignar ainda mais, e eu também, leia "O Eduques Envergonhado" de Nuno Crato no portugal dos pequeninos (http://portugaldospequeninos.blogspot.com/2007/10/o-eduqus-envergonhado.html). Ficamos todos a perceber como é que em dois anos o insucesso desceu dos 32% para os 25%.
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão
ResponderEliminarInfelizmente mandá-los àquela parte não dá qualquer resultado, pois apenas temos que dizer Estamos (O País) fod_ _ _ _!
grande dr pinho cardão!!
ResponderEliminarCaro almerindo:
ResponderEliminarFui ler, pois não tinha ainda visto!...
Perfeitamente inacreditável!...
Só destruindo o actual Ministério e criando outro muito longe dali se poderá fazer alguma coisa!...
Estatuto de 2002:
ResponderEliminarhttp://www.frapcentro.pt/pdf/nao_superior.pdf
Proposta aprovada em 2007 (ainda não promulgada pelo P.R.):
http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres/
/F821721A-4F1C-4B5C-8075-C149A652405B/0/Estatuto_Aluno_Revisao.pdf
Paulo.
Como diria alguém, a propósito do estado da Nação:
ResponderEliminar«Portugal é como uma horta. Há os que cavam (daqui p'ra fora), os que tentam cavar e os que ficam são os nabos».
Como é possivel, entre tanta vozes que se levantam contra, a revisão do estatuto do aluno ir para a frente? Não fomos nós que os pusemos lá?
ResponderEliminarBoa questão!...
ResponderEliminarE eu digo mais:
ResponderEliminarP... que os p....!
Bem sei que as mãezinhas dos ditos cujos não têm culpa.
A verdade, é que eu...também NÃO!
Resta-me dar o benefício da dúvida às supracitadas progenitoras: acredito que tenham tentado abortar, mas os rebentos...VINGARAM!
Enfim, um mal nunca vem só!
Razão tem o povo...
Caro José Louro,
ResponderEliminarHouve muita gente que o pôs lá certamente, agora, garanto-lhe que eu não fui de certeza. Ainda tenho algum tino na cabeça e não me ando a babar aí pelos cantos.
Mas, como sempre, uns têm sempre que levar com as consequências das decisões erradas dos outros. Poder-me-íam dizer que não é possível antecipar as consequências de algumas decisões.
Errado.
É sempre possível antecipar cenários de todas as possíveis decisões, eu faço isso há - pelo menos - 7 anos, em termos profissionais, e há - pelo menos - 13 anos por puro entertenimento relacionado com fins lúdicos.
As pessoas decidiram tendo por base a emoção e condicionadas por uma série de factores externos. E a única coisa que o governo tem estado a fazer é a gerir essas emoções respondendo-lhes aquilo que elas querem ouvir.
Ao "nacional porreirismo" iniciado na época Guterres, eles responderam com os tiques de autoritarismo primário e desconexo.
Ao famoso discurso da "tanga", eles responderam com a ideia de que era possível ter uma vida para além do défice, minimizando tanto quanto possível (mas nunca omitindo)a necessidade de continuar a "apertar o cinto".
Às reclamações da sociedade civil sobre o trabalho da perversa classe dos professores (que toda a gente sabe que não fazem nada e chupam montes de guito), eles responderam com uma política descarada de perseguição aos docentes.
À fuga ao Fisco, eles responderam com uma política descarada e indiscriminada de perseguição ao contribuinte (e lá vem o famoso DL 114/2007), com a agravante de que ainda pretendem que sejam os próprios contribuintes a fazerem o papel de fiscais junto dos estabelecimentos comerciais.
Assim de repente, estas são aquelas que me ocorrem sem ter de recorrer à memória.
Os socialistas não são, propriamente, conhecidos por fazerem uma gestão que potencie e encorage a criação de riqueza. Muito pelo contrário, são soberbamente conhecidos por tenderem a conduzir as coisas à falência e a esmifrar ainda mais aqueles que já não podem ser esmifrados.
Por norma, falta-lhes o bom senso (característica indispensável à gestão). São adeptos da sua própria concepção de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" e dificilmente aceitam que alguém possa ter uma ideia diferente (característica elementar da República de Platão e asente em principios fundamentais daquilo que se conhece como Tirania). Esta concepção deve ser aplicada aos outros e não aos próprios, uma vez que eles estão acima daquilo que decidem para os outros.
Aquilo que a maior parte das pessoas não vê e nem percebe é que o modelo socialista é uma concepção contrária à natureza da sociedade e à natureza do homem.
Enfim... desabafos.
...E desabafos bem oportunos, Caro Anthrax!
ResponderEliminarA irresponsabilidade, o facilitismo, o tirar o tapete a quem como professor quer ajudar a formar a juventude em sãos principios, enfim a dar a cana em vez duns peixes como esmola, vencem uma vez mais.Deixando muita gente revoltada pois vê o dinheirinho dos seus impostos deitados ao lixo.E com os professores mais uma vez a serem desfeiteados.
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