quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Quem tem medo do referendo?

A ler, de Vasco Graça Moura, o artigo de hoje no DN.

4 comentários:

  1. Referendo ou não...

    Sobre esta questão (perdoem-me os apoiantes do sim), acho uma atitude hipócrita referendar o que "sabidamente" é tido como matéria de difícil entendimento dos portugueses, em geral. Portanto, basta-me a ratificação parlamentar, por maioria qualificada.

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  2. Vasco Graça Moura é, inquestionavelmente, senhor de uma bagagem intelectual com um peso que se avista, mesmo ao longe, de várias perspectivas.

    Paradoxalmente, ou talvez não, quando põe o chapéu de comentador político as ideias saem-lhe, não raras vezes, baralhadas.

    Neste seu artigo "Quem tem medo do referendo", VGM cai em armadilhas de argumentação que ele próprio colocou.

    Vejamos:

    Reconhece VGM que " É verdade que a figura do referendo é um expediente mais ou menos demagógico e que os eleitorados tendem a transpor para a votação, sem grande custo aparente, as queixas que tenham em relação aos referendos. Mas isso é uma responsabilidade dos próprios eleitorados e não pode haver quem se lhes substitua no exercício dela, por mais desvirtuado que seja."

    E acrescenta, logo a seguir, que "se reconhece ser ela(a democracia representativa), ainda assim, melhor que todos os outros sistemas"

    No penúltimo período, VGM desloca o seu raciocínio para a crítica ao Tratado,percebe-se que não concorda com ele, e, muito provavelmente, em referendo, votaria Não.

    As conclusões são óbvias: VGM não concorda com os termos do Tratado e confia que do jogo demagógico do referendo resulte a possibilidade de ganhar o Não.

    Consequentemente, VGM entende que o futuro de 500 milhões de europeus possam depender do juízo que eles fizerem, muito provavelmente não acerca acerca dos termos do Tratado mas das birras locais que não podem deixar de acontecer em alguns, se não em todos os 27 estados membros.

    Parafraseando uma crítica a uma frase que ficou lamentavelmente célebre: Continuará a haver União Europeia se não houver Tratado mas não será lá grande coisa.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Aparentemente para Vasco Graça Moura este é um aspecto menor.
    Para Francisco Louçã, também.

    Pf. considere as seguintes emendas:
    no 4º. período, leia ...as queixas que tenham em relação aos SEUS GOVERNOS.

    No penúltimo, ...POSSA depender...

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