sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

A caminho de um hospital único!...

De acordo com o DN de hoje:
56 SAP encerrados, de um total de 79!...
15 Serviços de Urgência encerrados ou a encerrar!...
16 Maternidades encerradas ou a encerrar!...
A caminho acelerado de um Hospital único, de um SAP único, de um Serviço de Urgência único, de uma Maternidade única!...Ponto de passagem para a consolidação destes quatro serviços num serviço único, com uma instalação única, num edifício único!...
Afinal o país é pequeno e de Montalegre ou de Monchique a Lisboa é um saltito!...
Nota: A minha homenagem ao nosso comentador Tonibler que, em comentários no 4R, foi o primeiro intérprete deste grandioso objectivo do Ministério da Saúde!...

5 comentários:

  1. Caro Pinho Cardão,

    Fico honrado com a homenagem, mas até acho que o ministro da Saúde até é o único que encara de frente o grande desígnio nacional de "Portugal do Carregado a Sesimbra". Se estamos todos nas tintas para o resto do país, não faz sentido continuar a gastar dinheiro nele, pois não?

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Sim, o caro tonibler viu logo o filme...eu, estou para ver onde é que tudo isto vai parar!
    É que, o rubor do ministro quando questionado ontem na tv sobre os encerramentos, lembrou-me os miudos quando confrontados com as traquinices que fazem...

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  4. Mas há mais, Caro Pinho Cardão !

    Deixo aqui, um texto escrito por uma amiga (médica internista de um hospital da Região Metropolitana de Lisboa - FF):

    É extraordinário mas parece que o ministério da saúde voltou à carga com a ideia lastimável de passar a disponibilizar os medicamentos para a SIDA fora das farmácias hospitalares. Sinceramente não entendo, nunca entendi, os fundamentos desta obstinação.

    Significa algo simples e preocupante: o desconhecimento completo dos motivos pelos quais o tratamento é, e deve ser, fornecido pelos hospitais.

    Mais uma vez, a SIDA não é uma doença qualquer, é uma doença que requer seguimento apertado, não só dos doentes cumpridores mas também, quantas vezes mais importante, dos não cumpridores.

    E a realidade neste momento é esta: os médicos que fazem consulta de infecto nos hospitais têm uma monitorização do tratamento, doente a doente. Quer isto dizer que, sempre que alguém deixa de levantar os medicamentos, o médico é avisado de que "aquela pessoa" interrompeu a terapêutica.

    Sempre que há efeitos secundários importantes, clínicos ou laboratoriais, o farmacêutico facilmente contacta o médico prescritor e o informa da complicação de modo a que ambos possam substituir a medicação em causa.

    Sempre que há alguma intercorrência com algum doente, é muitas vezes o farmacêutico o primeiro profissional a ser consultado e este em conjunto com o médico podem tomar as medidas que entenderam oportunas.

    Quer isto dizer que em ambiente hospitalar em que os profissionais se conhecem e conhecem bem os seus doentes, é muito mais fácil fazer este trabalho absolutamente essencial para que as terapêuticas sejam cumpridas.

    Quer isto dizer também que, se a disponibilização da medicação sair da alçada do hospital, os doentes ficarão não só muito mais desprotegidos, como os não cumpridores serão muito mais dificilmente identificáveis e serão, logicamente, muito menos controlados.

    Ao contrario do que se possa pensar, esta medida aparentemente facilitadora, não augura nada de positivo no já desastroso panorama da SIDA em Portugal.

    E a Pézinhos conclui:

    Fala quem sabe ...

    os meus cumprimentos

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  5. E apraz-me dizer mais o seguinte:

    Há que ter em conta que o objectivo dum SAP é (ou foi!?), na sua origem, fazer a triagem de doentes que carecem ou não de hospital; daí a sigla SAP (serviço de atendimento permanente).
    Uma coisa é certa: as populações, não só as rurais mas também as citadinas, sempre recorreram a estes serviços, evitando a afluência desnecessária aos bancos dos hospitais.
    Portanto, concluo que, de boa ou má fé, designar o SAP como serviço de urgência é desvirtuar o motivo que esteve na sua génese, porquanto, como já disse, é um serviço de atendimento permanente.
    Resta às populações agora privadas destes SAP.s, que tenham "fôlego", também financeiro, para percorrerem 30 ou 40 quilómetros de distância, e os bancos desses hospitais tenham capacidade de atendimento...
    Seria interessante saber, daqui a uns anitos, quem ganhou ou perdeu!
    Mas também nunca ninguém é responsável...

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