Palácio da Pena
A Suzana Toscano escreveu aqui no 4R em 10 de Janeiro sobre a notícia de que “Lisboa está no topo das cidades a visitar em 2008 (…)”. Quem leu o post terá ficado muito agradado com esta classificação que prestigia Lisboa e também Portugal.
Mas as boas notícias continuam. Desta vez os elogios vão para Portugal, considerado pelo New York Times como um destino a conhecer. Mas mais: Lisboa surge como o segundo destino da lista recentemente publicada por aquele jornal “Destinos a visitar em 2008”.
Temos portanto muito boas notícias para Portugal, neste começo de Ano Novo. Confesso que foi para mim uma surpresa o tratamento com que o New York Times brindou Portugal durante 2007. Mas foi uma surpresa muito agradável. Depois do primeiro embate com a leitura da primeira parte do artigo – hoje publicado no jornal Público – fui crescendo na vontade de conhecer mais sobre a imagem positiva de um Portugal que não esquece as suas tradições e aposta no criativo e no moderno. Chegando ao final da leitura, medindo cada pormenor e cada detalhe das oportunidades que fazem de uma viagem turística um passeio de sonho, voltei ao princípio para melhor medir o alcance da afirmação do New York Times sobre o novo retrato de Portugal:
“um destino a caminho do futuro, com um pé firmemente assente no seu rico passado”.
Ao longo dos vários apontamentos publicados em 2007 pelo jornal americano são acentuadas as nossas riquezas história e cultural, os nossos elementos naturais o sol, o mar, a praia e o golfe, em particular o rio, a nossa criatividade e a nossa ambição pelo moderno reflectidos por exemplo na vanguarda do design.
Interessante olhar para alguns dos locais tratados ao longo daquela colecção de apontamentos, a demonstrar um trabalho profissional que exige conhecimento aprofundado do País “profundo”. É grande a variedade e a diversidade das recomendações apresentadas, suscitando interesses e gostos múltiplos dos americanos, numa viagem que percorre o País de norte a sul. São disso exemplos, as referências à Vila de Marvão, com o seu castelo a replicar um “conto de fadas”, ao Douro com as suas paisagens únicas, às Pousadas de Portugal, à Casa da Música e à Fundação de Serralves, a Cascais com o seu Farol Design Hotel, a Aveiro com uma nova dinâmica criada pela Universidade e a “experiência como a bicicleta de utilização gratuita”.
É certo que Portugal ganhou uma significativa visibilidade com a Presidência Portuguesa e que a procura pelos americanos de destinos de qualidade com preços mais competitivos num quadro de desvalorização do dólar face ao euro pode também explicar um súbito interesse.
Ainda assim, é admissível pensarmos que alguma coisa poderá estar a mudar relativamente à imagem externa de Portugal e que há publicações estrangeiras que despertam para a necessidade de contarem a “história” e desenhar o “retrato” de Portugal. Esta dinâmica é importantíssima na divulgação do País e determina, a meu ver, uma maior responsabilidade, muito bem vinda, na manutenção e no reforço de uma imagem positiva que parece começar a despontar além fronteiras…
Enfim, estas notícias sempre ajudam a melhorar a nossa auto-estima que tanto precisa. Mas não deixam de ser surpreendentes!
Temos portanto muito boas notícias para Portugal, neste começo de Ano Novo. Confesso que foi para mim uma surpresa o tratamento com que o New York Times brindou Portugal durante 2007. Mas foi uma surpresa muito agradável. Depois do primeiro embate com a leitura da primeira parte do artigo – hoje publicado no jornal Público – fui crescendo na vontade de conhecer mais sobre a imagem positiva de um Portugal que não esquece as suas tradições e aposta no criativo e no moderno. Chegando ao final da leitura, medindo cada pormenor e cada detalhe das oportunidades que fazem de uma viagem turística um passeio de sonho, voltei ao princípio para melhor medir o alcance da afirmação do New York Times sobre o novo retrato de Portugal:
“um destino a caminho do futuro, com um pé firmemente assente no seu rico passado”.
Ao longo dos vários apontamentos publicados em 2007 pelo jornal americano são acentuadas as nossas riquezas história e cultural, os nossos elementos naturais o sol, o mar, a praia e o golfe, em particular o rio, a nossa criatividade e a nossa ambição pelo moderno reflectidos por exemplo na vanguarda do design.
Interessante olhar para alguns dos locais tratados ao longo daquela colecção de apontamentos, a demonstrar um trabalho profissional que exige conhecimento aprofundado do País “profundo”. É grande a variedade e a diversidade das recomendações apresentadas, suscitando interesses e gostos múltiplos dos americanos, numa viagem que percorre o País de norte a sul. São disso exemplos, as referências à Vila de Marvão, com o seu castelo a replicar um “conto de fadas”, ao Douro com as suas paisagens únicas, às Pousadas de Portugal, à Casa da Música e à Fundação de Serralves, a Cascais com o seu Farol Design Hotel, a Aveiro com uma nova dinâmica criada pela Universidade e a “experiência como a bicicleta de utilização gratuita”.
É certo que Portugal ganhou uma significativa visibilidade com a Presidência Portuguesa e que a procura pelos americanos de destinos de qualidade com preços mais competitivos num quadro de desvalorização do dólar face ao euro pode também explicar um súbito interesse.
Ainda assim, é admissível pensarmos que alguma coisa poderá estar a mudar relativamente à imagem externa de Portugal e que há publicações estrangeiras que despertam para a necessidade de contarem a “história” e desenhar o “retrato” de Portugal. Esta dinâmica é importantíssima na divulgação do País e determina, a meu ver, uma maior responsabilidade, muito bem vinda, na manutenção e no reforço de uma imagem positiva que parece começar a despontar além fronteiras…
Enfim, estas notícias sempre ajudam a melhorar a nossa auto-estima que tanto precisa. Mas não deixam de ser surpreendentes!
Margarida, são óptimas todas estas notícias, óptimas ou optimistas!
ResponderEliminarValh-nos, como diz, o "rico passado" e contribuam os bons turistas para "um destino a caminho do futuro"...as nossas coisas boas cá estão para receber os que apreciam!
Conciliar as tradições do passado e, sem as adulterar, passá-las para o presente, revela-se na maior parte dos casos uma tarefa titânica, tal como DESEJAR filhos sem apoios estatais.
ResponderEliminar(bata-me Margarida, porque mereço)
;)))
Espero que as brincadeiras do Bartolomeu não a aborreçam.
Vem a propósito o excerto que transcrevo seguidamente, retirado do sítio www.cm-idanhanova.pt/cultura/festas_romarias.html, que nos informa da manutenção de varios costumes religiosos ou pagãos, que por estes concelhos do interior vão sendo mantidos.
Sintra, assim como variadíssimos outros pontos turísticos do nosso Portugal, apreciados por nacionais e estrangeiros, porque reunem condições excepcionais de paisagem natural e/ou histórica, necessitam de ordenamento. Ordenamento que os insira num plano de manutenção, de valorização e de divulgação, onde a história terá necessáriamente de dar as mãos à etnografia, sem descaracterizar uma e outra. A câmara de Óbidos, é um exemplo recente desta estratégia. Não posso afirmar se escolheu as melhores soluções, mas dotou e planeou a vila de estruturas enquadradas para receber visitantes, dinamizando com isso o comércio local e dando vida ao espaço histórico. Sabemos perfeitamente que alguns locais reunem melhores condições naturais para que sejam construídas infra-estruras simples e funcionais que, sem entrar em choque com o ambiente, a apaisagem e as populações, criem o ambiente propício para que os visitantes sejam estimulados a visita-los.
Visitei recentemente Idanha-a-Velha, local que respira história por cada poro das pedras que constituem as suas moralhas, semi-cobertas por um paçadiço construído em chapa e vigas de ferro :( obra pensada por um arquitecto paisagista(?) com quem gostava de almoçar um dia (duvido que ele saísse agradado do almoço).
Quase ao lado, Monsanto, aldeia granítica, alcandorada no Cabeço de Monsanto - Monte Santo, tal como Sintra, tal como a Estrela e etc.
http://www.cm-idanhanova.pt/turismo/monsanto.html
Monsanto não possui infra-estructuras de apoio ao turismo, não sei se propositadamente se por desleixo, ou se por ser um dos vários fenómenos nacionais que consegue num ponto ínfimo conjugar história, etnografia e paisagem.
Quando releio aquilo que escrevo, é que percebo quão analfabeto sou.
ResponderEliminarPerdoem-me e... compreendam p.f., um dai agradecer-lhes-hei (xi, o que me custou escrever esta palavra)
;)))
já agora...
ResponderEliminaro National Geographic Traveller classificou os Açores como o segundo destino turístico insular mais apelativo!!
http://www.nationalgeographic.com/traveler/features/islandsrated0711/islands.html
o preocupante é ver que o máximo de pontos que qualquer destino atingiu foi de 87 em 100 (os Açores têm 84)... já não existem "paraísos" na terra!!
Clara,
ResponderEliminarDiria que são sobretudo notícias que nos despertam algum optimismo...
Caro Bartolomeu
Alguma vez eu seria capaz de lhe fazer mal!? Nem pensar...
Brincando, brincando vão-se dizendo as verdades. É mais leve, assim. De que nos adianta estarmos zangados?
Ainda assim, desenvolver um turismo que alie a tradição com a qualidade é capaz de ser uma tarefa menos titânica do que ter filhos nos tempos que correm, com ou sem apoios estatais!
Um dos problemas graves que temos é o desordenamento do território e a falta de harmonização e complementaridade das utilizações e valências dos espaços. A falta de uma política de ordenamento do território (ou melhor a existência de uma política do ordenamento do território assente no “betão”) tem conduzido à degradação dos espaços, à destruição e irreversibilidade de ambientes urbanos e naturais, à perda de qualidade de vida e à impossibilidade de desenvolvimento de um turismo de qualidade.
A falta de um "conceito" de turismo é outro problema, assim como é um problema a falta de sensibilidade, gosto, preparação técnica, capacidade de mobilização e criatividade para fazermos aquilo que a maioria dos países europeus faz nas suas regiões.
Quem já passeou por França, Itália ou Alemanha conhece o cuidado que é colocado na valorização de tudo o que é susceptível de fazer a diferença, que é belo para admirar, que é diferente para despertar a atenção, em que as infra-estruturas são concebidas e pensadas para permitir desfrutar todas essas distinções regionais, com qualidade, conforto, satisfação, interesse, etc.
Óbidos é um ex-libris que em muito se deve, e é assim que deve ser, ao esforço e visão das autoridades locais.
Não há muito tempo revisitei lá para as minhas bandas beirãs uma vila chamada Góis. Vale a pena conhecer porque está ali o que de melhor se faz na Europa em termos de ordenamento urbanístico e paisagístico. Ali podemos encontrar uma "lição" para muitos autarcas.
Caro Bartolomeu, aquilo que escreve é muito bem dito e faz muito sentido. Quanto à ignorância deixe lá porque todos temos uma boa dose de ignorância, com excepção daqueles que acham que sabem sempre tudo e que depois vamos a ver e o que se vê é muita asneira...Basta olhar para o (des)ordenamento do território!
De uma coisa estou convencida, é que o futuro de Portugal passará em muito pelo turismo!
Não hesito em concordar com a profecia que apresenta, cara Margarida. E, valha-nos Deus, se enquanto temos património cultural, histórico, paisagístico e etnográfico, se enquanto temos monumentos, rios, florestas e a memória de como foram as tradições, não for planeado e executado um projecto nacional que revitalize e pontencie todos esses tesouros. Se isso não acontecer, iremos ser duplamente pobres.
ResponderEliminarConheço Gois e o seu maravilhoso Ceira. Não vou a Gois ha pelo menos 5 ou 6 anos. A última vez que estacionei em Gois, confirmei várias inovações e melhoramentos naquilo que refere aos equipamentos urbanos, apreciei a forma como foi edificada a nova Gois, apreciei ainda a qualidade dos espaços polivalentes e dos equipamentos de ensino. Naquilo que respeita ao Ceira, a montante de Gois , é que não encontrei diferenças. Não sei se a Margarida conhece, o rio foi em tempos, muito utilizado como fonte de energia para fazer mover os moinhos de roda que se espalhavam pelas suas margens desde o Colmeal, não sei mesmo se de mais atrás, mas que hoje se encontram derrubados. É um percurso lindo, mas só acessível a quem seja enxertado em macaco ou, como eu goste de seafios e não os meça com muito senso. Um percurso que merecia ser preparado para poder ser utilizado, o que eventualmente estará nos projectos da edilidade.
Cara Margarida
ResponderEliminarEm termos simplistas, julgo que para esta onda de publicidade a nosso favor, contribui inegavelmente o custo de vida cá do burgo, que para um americano, sem embargo da crise, continua a ser mais que acessível para a respectiva bolsa. Tudo bem. Como segundo factor de alavancagem,lembro-me que o Turismo de Portugal, I.P. do Sr.Patrão,- o parceiro do sr. Armando Vara - lançou uma campanha,parece que bem urdida, mas que a mim que sou pessimista, num país destes não é para admirar, me levanta a vélha e revelha questão que é a avaliação dos investimentos públicos. Gostava muito que publicassem dados sobre esta matéria,para ao menos, nós os contribuintes, termos um pouco a noção de como se estão a gastar os nossos dinheiros que tanto custam a ganhar!a alguns...
Para acabar este pequeno comentário, queria apenas lembrar se não seria altura mais uma vez, já que estamos todos radiantes, de " implorarmos " - talvez assim dê resultado - ao nosso competente primeiro ministro, a recriação do Ministério do Turismo. Tenhamos esperança,pode ser que após a sua passagem pela banca, certamente que vai ser muito feliz,possa ser nomeado o inefável Dr. ( será?) Armando Vara para tão relevante e entusiasmante cargo. Sim, porque isto de ser ministro tem muito que se lhe diga nos tempos que correm, é preciso ser-se obediente e gozar de uma amizade e confiança pessoais férreas, as tais qualidades que diluem sem dor, os "desertos e os jamais " .
Caro Bartolomeu
ResponderEliminarConheço relativamente bem a região. É incomparavelmente bonita. O rio Ceira é, como diz, maravilhoso.
Os rios das Beiras são, aliás, muito bonitos. Acrescentaria ao Ceira o rio Alva. São rios muito recortados, com percursos ladeados por árvores muito frondosas, cheios de lindíssimos açudes e a banharem com águas muito cristalinas as chamadas moendas e as "esquecidas" aldeias de xisto, no caso do Ceira, que constituem um ex – libris da região de Góis. Muitas destas aldeias, faz muita pena, estão destruídas, mas outras foram recuperadas e aproveitadas para turismo rural.
Para conhecermos os sítios bonitos às vezes é mesmo preciso fazer uma espécie de "campismo"!
Caro antoniodasiscas
A avaliação dos investimentos públicos é qualquer coisa que não consta do "léxico" político. O recente caso OTA mostrou bem as consequências de decisões políticas sem os necessários alicerces técnicos, incluindo a avaliação económica e social dos investimentos ou programas públicos.
Tenho-me interrogado sobre a necessidade de termos ou não um ministério do turismo. Estou convencida que o futuro do País passará em muito pelo turismo, pelo que se poderá justificar um maior peso político desta actividade económica na governação.
Vejo que o Caro antoniodasiscas está com muito boas ideias acerca dos possíveis titulares do novo ministério. Deixo-lhe aqui uma alternativa que seria dar a pasta ao ministro "jamais". Ficaria igualmente muito bem entregue...
Cara Margarida...
ResponderEliminarUm grande bem haja!
É a melhor notícia que vejo, pelo menos, desde o início da semana (se não for desde o início do ano). No outro dia, aquele post das empresas inovadoras (que eu não comentei para não aborrecer ninguém)por muito bem intencionado que fosse, a verdade é que na maior parte dos casos essas empresas só são bem sucedidas durante 6-12 meses e enquanto têm algum benefício fiscal. Depois disso, a tendencia é o colapso dada a asfixia provocada pela carga fiscal em portugal. Por isso, eu coloco inúmeras reservas quando começa o discurso do empreendedorismo e da inovação e sinceramente, acho que só alguém que sofra de uma patologia psiquiátrica grave é que é louco o suficiente para abrir uma empresa em Portugal (a alternativa a isto é ser filho do Jardim Gonçalves).
Por isso, de vez em quando é bom ter notícias agradáveis.
Caro Anthrax
ResponderEliminarFalar de coisas boas é bom. Tomara que o pudéssemos fazer muitas vezes. Para princípio do ano não foi mau...