Quando se verifica que uma determinada teoria ou explicação não satisfaz cabalmente certos fenómenos mandam as normas e o bom senso que se procurem outras. No entanto, na área da nutrição as coisas não são bem assim.
Tentar explicar a obesidade com base no excesso de ingestão calórica e/ou na insuficiência no gasto energético começa a ser questionado. É certo que, segundo a primeira lei da termodinâmica, a energia não é criada nem destruída. Ou seja, as calorias que enfiamos deverão ser armazenadas, gastas ou excretadas. Sendo assim, se ficarmos mais gordinhos é porque estamos a ingerir mais do que gastamos, logo, estamos a comer demais. Aqui começam os tormentos, transferindo o ónus para o pretenso “comilão” que se vê, nalguns casos, vítima de juízos morais.
Esta noção estabelecida há muitas décadas, “ingerir demasiado e queimar pouco” é uma atitude reducionista que poucos se atrevem a por em causa. Podem ser acusados de heresia científica! Claro que se obrigarmos um obeso a passar fome, que remédio tem ele se não emagrecer. Querem melhor evidência? Dirão alguns. Mas também podem fazer outra demonstração do género obrigar um desgraçado a fazer exercício, fechando-lhe depois a boquita. Estão a ver que perdeu peso? Dirão os mesmos. Quanto à utilização das técnicas para “expulsar” as gorduras, “acelerar” o metabolismo, tirar o apetite, diminuir o “bandulho” ou curto-circuitar o tubo digestivo, nem quero falar, mas constituem para os defensores das explicações clássicas demonstrações evidentes de que têm razão.
O que é certo é que muitos obesos fazem exercício e dieta e ficam praticamente na mesma. São tantos e tantos nestas circunstâncias que valerá a pena perguntar: - Então como é? Os sucessos são tão fracos e muitos dos que conseguem emagrecer, passados menos de dois anos voltam ao mesmo! Será que deveremos continuar nestas linhas tradicionais de explicação?
A epidemia de obesidade é uma realidade inquestionável, em grande parte associada a outra doença bastante grave que é a diabetes.
Há muitas décadas, mesmo antes da Segunda Guerra Mundial, cientistas do centro da Europa consideravam que a obesidade era devida a transtornos hormonais e genéticos. Um dos argumentos aduzidos tinha a ver com o crescimento rápido das crianças que as levam a comer que nem uns desalmados. Não é por comerem muito que começam a crescer, mas sim o oposto. É fácil de compreender que um individuo obeso tem necessidade de comer mais para alimentar o corpito mais cheio!
Começam a surgir evidências científicas de que a epidemia de obesidade está relacionada com fenómenos hormonais em que os hidratos de carbono refinados deverão jogar um papel muito importante. Como? Ao provocarem um aumento da secreção de insulina que regula o armazenamento da gordura. Quando esta hormona aumenta ocorre o depósito de gordura. Se baixar a produção de insulina, então a gordura é libertada dos depósitos. Mas como a nutrição já se transformou numa religião, com sacerdotes, sacerdotisas, bispos, templos, rituais e muitos negócios à mistura, dificilmente iremos assistir a uma mudança de opinião, porque se não ainda pode ocorrer algum “colapso” da economia. Na prática, a simples redução de hidratos de carbono de absorção rápida poderia resolver grande parte deste problema, não descurando o que é racional em termos de ingestão calórica e de gastos energéticos, como é óbvio. O pior é que as fontes destes tipos de nutrientes são abundantes e publicitados ad nauseam.
É tempo de refazer um novo paradigma...
Tentar explicar a obesidade com base no excesso de ingestão calórica e/ou na insuficiência no gasto energético começa a ser questionado. É certo que, segundo a primeira lei da termodinâmica, a energia não é criada nem destruída. Ou seja, as calorias que enfiamos deverão ser armazenadas, gastas ou excretadas. Sendo assim, se ficarmos mais gordinhos é porque estamos a ingerir mais do que gastamos, logo, estamos a comer demais. Aqui começam os tormentos, transferindo o ónus para o pretenso “comilão” que se vê, nalguns casos, vítima de juízos morais.
Esta noção estabelecida há muitas décadas, “ingerir demasiado e queimar pouco” é uma atitude reducionista que poucos se atrevem a por em causa. Podem ser acusados de heresia científica! Claro que se obrigarmos um obeso a passar fome, que remédio tem ele se não emagrecer. Querem melhor evidência? Dirão alguns. Mas também podem fazer outra demonstração do género obrigar um desgraçado a fazer exercício, fechando-lhe depois a boquita. Estão a ver que perdeu peso? Dirão os mesmos. Quanto à utilização das técnicas para “expulsar” as gorduras, “acelerar” o metabolismo, tirar o apetite, diminuir o “bandulho” ou curto-circuitar o tubo digestivo, nem quero falar, mas constituem para os defensores das explicações clássicas demonstrações evidentes de que têm razão.
O que é certo é que muitos obesos fazem exercício e dieta e ficam praticamente na mesma. São tantos e tantos nestas circunstâncias que valerá a pena perguntar: - Então como é? Os sucessos são tão fracos e muitos dos que conseguem emagrecer, passados menos de dois anos voltam ao mesmo! Será que deveremos continuar nestas linhas tradicionais de explicação?
A epidemia de obesidade é uma realidade inquestionável, em grande parte associada a outra doença bastante grave que é a diabetes.
Há muitas décadas, mesmo antes da Segunda Guerra Mundial, cientistas do centro da Europa consideravam que a obesidade era devida a transtornos hormonais e genéticos. Um dos argumentos aduzidos tinha a ver com o crescimento rápido das crianças que as levam a comer que nem uns desalmados. Não é por comerem muito que começam a crescer, mas sim o oposto. É fácil de compreender que um individuo obeso tem necessidade de comer mais para alimentar o corpito mais cheio!
Começam a surgir evidências científicas de que a epidemia de obesidade está relacionada com fenómenos hormonais em que os hidratos de carbono refinados deverão jogar um papel muito importante. Como? Ao provocarem um aumento da secreção de insulina que regula o armazenamento da gordura. Quando esta hormona aumenta ocorre o depósito de gordura. Se baixar a produção de insulina, então a gordura é libertada dos depósitos. Mas como a nutrição já se transformou numa religião, com sacerdotes, sacerdotisas, bispos, templos, rituais e muitos negócios à mistura, dificilmente iremos assistir a uma mudança de opinião, porque se não ainda pode ocorrer algum “colapso” da economia. Na prática, a simples redução de hidratos de carbono de absorção rápida poderia resolver grande parte deste problema, não descurando o que é racional em termos de ingestão calórica e de gastos energéticos, como é óbvio. O pior é que as fontes destes tipos de nutrientes são abundantes e publicitados ad nauseam.
É tempo de refazer um novo paradigma...
Caro Professor Massano Cardoso:
ResponderEliminarEu por exemplo tenho hábitos alimentares moderados e no entanto não consigo queimar uns 4 kg que me incomodam bastante.
Se bem entendi, os hidratos de carbono refinados (açucares?) são para evitar...
Meus ricos chocolatinhos!
Caro Professor Massano Cardoso
ResponderEliminarParece-me então que podemos concluir que a "economia" da obesidade está florescente? Quando se sabe que um obeso é mais barato que um magricelas há boas razões, então, para não deixar morrer a gordura, que afinal também é um bom negócio. Ele há coisas!