O enredo dos últimos dias de Jesus Cristo histórico é, ainda hoje, uma história exemplarmente actual. Desde a hipocrisia dos sacerdotes do templo, à traição do beijo de Judas, à cobardia da negação de Pedro, à psicologia das multidões, que num dia aclamaram Jesus Cristo e no dia seguinte pediram a sua morte. Mas esse enredo também nos trouxe o gesto de coragem de quem, enfrentando a multidão e os soldados, em contravenção ao politicamente correcto, apoiou resolutamente Jesus e o ajudou a levar a cruz ao Monte Calvário.
Mas, verdadeiramente impressionante, é que também continua actual o próprio processo de condenação. Desde a dedução da acusação à sentença final.
Os poderes religiosos instalados, por não suportarem as críticas de hipocrisia e temendo pela sua posição de privilégio, acusaram Jesus Cristo como um perigoso elemento subversivo. Formalmente, começou por ser julgado pelos Sacerdotes do Templo, a aí condenado à morte em processo sumário.
Dada a natureza da sentença, ela tinha que ser confirmada pela autoridade civil, Pôncio Pilatos, representante de Roma. Pese a acusação, Pôncio viu em Jesus Cristo um homem inocente, por não ter praticado qualquer crime face ao direito romano. Não querendo confirmar a sentença, perante o protesto veemente da hierarquia religiosa, e tendo sabido que Jesus Cristo tinha nascido na Judeia, achou que o tribunal competente era o de Herodes e mandou que lhe fosse presente. Também Herodes não lhe achou pecado que implicasse a condenação, pelo que reenviou o processo e o réu ao tribunal de Pilatos. Falhada a tentativa desesperada de trocar a libertação de Jesus pela de Barrabás, Pilatos homologou a condenação, mas lavando daí as mãos.
O processo andou do tribunal de Caifás para o de Pilatos, do de Pilatos para o de Herodes e do de Herodes para o de Pilatos. No fim, a sentença foi imposta por um Grupo de pressão, em defesa dos seus privilégios.
Foi há 2000 anos ou é hoje?
Mas, verdadeiramente impressionante, é que também continua actual o próprio processo de condenação. Desde a dedução da acusação à sentença final.
Os poderes religiosos instalados, por não suportarem as críticas de hipocrisia e temendo pela sua posição de privilégio, acusaram Jesus Cristo como um perigoso elemento subversivo. Formalmente, começou por ser julgado pelos Sacerdotes do Templo, a aí condenado à morte em processo sumário.
Dada a natureza da sentença, ela tinha que ser confirmada pela autoridade civil, Pôncio Pilatos, representante de Roma. Pese a acusação, Pôncio viu em Jesus Cristo um homem inocente, por não ter praticado qualquer crime face ao direito romano. Não querendo confirmar a sentença, perante o protesto veemente da hierarquia religiosa, e tendo sabido que Jesus Cristo tinha nascido na Judeia, achou que o tribunal competente era o de Herodes e mandou que lhe fosse presente. Também Herodes não lhe achou pecado que implicasse a condenação, pelo que reenviou o processo e o réu ao tribunal de Pilatos. Falhada a tentativa desesperada de trocar a libertação de Jesus pela de Barrabás, Pilatos homologou a condenação, mas lavando daí as mãos.
O processo andou do tribunal de Caifás para o de Pilatos, do de Pilatos para o de Herodes e do de Herodes para o de Pilatos. No fim, a sentença foi imposta por um Grupo de pressão, em defesa dos seus privilégios.
Foi há 2000 anos ou é hoje?
Excelente apreciação, caro Dr. PC.
ResponderEliminarA interrogação final neste texto, tem contornos de afirmação, e, de afirmação futurista. Cada vez mais pelo modo como as sociedades evoluem, nos parece possível, ou até imperativo, que o desfecho da existência de um novo Messias, não atingisse os objectivos a que Ele se propôs.
Mesmo com todo o conhecimento histórico de que se dispõe, mesmo que Ele voltasse a sacrificar a sua vida por nós, mesmo verificando-se a necessidade absoluta, em todo o mundo, que o filho de Deus desça à Terra, trazendo palavras, actos e ensinamentos, de redenção e de esperança.
Caro Dr. Pinho Cardão
ResponderEliminarInteressantíssima análise.
A bondade e a maldade, a verdade e a mentira, o amor e o ódio, a humildade e a vaidade, a simplicidade e a ganância, a lealdade e a traição, a sinceridade e a hipocrisia, a coragem e a cobardia e tantos outros sentimentos e atitudes que caracterizam a natureza humana são intemporais. A riqueza e a pobreza, o respeito e o desprezo, a igualdade e a injustiça sempre existiram, assumindo, no entanto, ao longo da história da humanidade formas diferentes de representação.
É por isso que encontramos tantas semelhanças entre o tempo de Jesus Cristo e os tempos de hoje…