A natureza “sabe” fazer as coisas. Como os machos de diferentes espécies são mais frágeis do que as fêmeas – os seres humanos seguem a mesma regra -, a “Mãe” faculta uma maior produção dos primeiros a fim de conseguir algum equilíbrio com as segundas. Mesmo assim, ao fim de algum tempo, o fiel da balança pende sempre para o lado feminino. Imaginem, falando da nossa espécie, se nascessem tantos rapazes como raparigas. Seria uma tragédia! Vá lá, os 105/106 rapazes que nascem por 100 meninas, apesar de não serem suficientes, sempre vão minimizando alguma coisita.
A fragilidade biológica dos fetos do sexo masculino, aliada às agressões ambientais, a que são muito mais sensíveis, estão na base de um desequilíbrio prematuro que é bastante preocupante, ao ponto de, nalguns lugares, nascerem mais meninas do que meninos. Mas se é preocupante este fenómeno, o mesmo poderemos afirmar quando nascem muito mais meninos do que meninas, como acontece na China, Ilha de Guam ou Coreia do Sul, só para dar alguns exemplos, em que por 100 meninas nascem 115 meninos! As razões são fáceis de compreender, atendendo ao “menor” valor das meninas naquelas bandas. Para o efeito, as ecografias contribuíram para este fenómeno. Agora, graças a técnicas muito simples, socorrendo a uma pequena amostra de sangue de uma grávida, durante a sétima ou oitava semana de gestação, é possível saber o sexo do bebé. Tais facilidades podem originar comportamentos condenáveis em termos de selecção sexual. E não é preciso ir para a China ou Índia para constatarmos as consequências. Nos Estados Unidos, a razão meninos e meninas à nascença mantém-se constante nos brancos independentemente do número de filhos. No entanto, nos descendentes de origem asiática, a razão, no caso do primeiro filho, é o habitual, 105 para 100, mas, caso a primeira criança for do sexo feminino, ao segundo filho a razão de masculinidade aumenta para 117/100, e se os dois primeiros filhos forem meninas a razão de masculinidade ao terceiro filho aumenta para 150/100! Este aumento de 50% em nascimentos masculinos diverge, substancialmente, do verificado nos brancos em que se mantém constante seja qual for o número de filhos. Sob o ponto de vista probabilístico é impossível que este fenómeno seja natural, evidenciando uma “selecção sexual” para a qual não é estranho as novas tecnologias. De facto, enviar umas gotas de sangue, pagar cerca de 100 euros por um teste e abortar química ou mecanicamente, nesta fase do desenvolvimento fetal, é uma nova realidade norte-americana, traduzindo a perpetuação geracional de comportamentos sociológicos de origem. Este achado surpreendeu as autoridades norte-americanas. Sendo assim, as facilidades tecnológicas permitem, facilmente, diagnosticar o sexo da criança mesmo às cinco semanas de gestação, contribuindo para facilitar a selecção sexual através de condutas reprováveis para as quais não se evidenciam grandes soluções. Mesmo o factor de integração sociológica, imposto pelas sociedades de acolhimento, parece não ter força suficiente para eliminar certas condutas que são mais do que condenáveis. Lá vai o tempo, em que só no momento do parto é que se sabia se era menino ou menina...
Custa a aceitar que nos tempos actuais, e não obstante o reconhecimento da maior resistência biológica do sexo feminino, muitas meninas acabem por sucumbir à fraqueza de muitos progenitores...
A fragilidade biológica dos fetos do sexo masculino, aliada às agressões ambientais, a que são muito mais sensíveis, estão na base de um desequilíbrio prematuro que é bastante preocupante, ao ponto de, nalguns lugares, nascerem mais meninas do que meninos. Mas se é preocupante este fenómeno, o mesmo poderemos afirmar quando nascem muito mais meninos do que meninas, como acontece na China, Ilha de Guam ou Coreia do Sul, só para dar alguns exemplos, em que por 100 meninas nascem 115 meninos! As razões são fáceis de compreender, atendendo ao “menor” valor das meninas naquelas bandas. Para o efeito, as ecografias contribuíram para este fenómeno. Agora, graças a técnicas muito simples, socorrendo a uma pequena amostra de sangue de uma grávida, durante a sétima ou oitava semana de gestação, é possível saber o sexo do bebé. Tais facilidades podem originar comportamentos condenáveis em termos de selecção sexual. E não é preciso ir para a China ou Índia para constatarmos as consequências. Nos Estados Unidos, a razão meninos e meninas à nascença mantém-se constante nos brancos independentemente do número de filhos. No entanto, nos descendentes de origem asiática, a razão, no caso do primeiro filho, é o habitual, 105 para 100, mas, caso a primeira criança for do sexo feminino, ao segundo filho a razão de masculinidade aumenta para 117/100, e se os dois primeiros filhos forem meninas a razão de masculinidade ao terceiro filho aumenta para 150/100! Este aumento de 50% em nascimentos masculinos diverge, substancialmente, do verificado nos brancos em que se mantém constante seja qual for o número de filhos. Sob o ponto de vista probabilístico é impossível que este fenómeno seja natural, evidenciando uma “selecção sexual” para a qual não é estranho as novas tecnologias. De facto, enviar umas gotas de sangue, pagar cerca de 100 euros por um teste e abortar química ou mecanicamente, nesta fase do desenvolvimento fetal, é uma nova realidade norte-americana, traduzindo a perpetuação geracional de comportamentos sociológicos de origem. Este achado surpreendeu as autoridades norte-americanas. Sendo assim, as facilidades tecnológicas permitem, facilmente, diagnosticar o sexo da criança mesmo às cinco semanas de gestação, contribuindo para facilitar a selecção sexual através de condutas reprováveis para as quais não se evidenciam grandes soluções. Mesmo o factor de integração sociológica, imposto pelas sociedades de acolhimento, parece não ter força suficiente para eliminar certas condutas que são mais do que condenáveis. Lá vai o tempo, em que só no momento do parto é que se sabia se era menino ou menina...
Custa a aceitar que nos tempos actuais, e não obstante o reconhecimento da maior resistência biológica do sexo feminino, muitas meninas acabem por sucumbir à fraqueza de muitos progenitores...
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ResponderEliminarÉ realmente surpreendente a constante natural 105/100 que, recordo-me bem, já era referida nos livros de economia de há pelo menos 40 anos.A distorção provocada pelos progenitores não decorre de um desconhecimento da lei natural.
ResponderEliminarPara obviar as consequências negativas daquela distorção, disseram-me, mas não sei se é verdade, que as autoridades chineses tinham proibido os médicos a informarem os pais dos resultados de ecografias realizadas com outros objectivos.
É,aliás, incompreensível que em Portugal a Segurança Social pague ecografias que, em muitos casos, têm o objectivo de satisfazer uma curiosidade que é um voyeurismo primário.
Desconhecia que os norte-americanos estão a seguir, de algum modo, os condenáveis hábitos chineses.
Aproveito para lhe referir, ainda que certamente já tenha conhecimento, a publicação de um estudo aqui nos EUA que conclui que mais vale remediar que prevenir.
Não tem que ver com o assunto mas presumo que lhe interessa.
Studies Show It's Often Cheaper To Let People Get Sick
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/04/04/AR2008040403803.html
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Seleccionar o género, ultrapassa a própria racionalidade...
ResponderEliminarO homem e a sua habitual arrogância de querer submeter os equilíbrios da natureza aos seus interesses conjunturais! Esse desequilíbrio nos países que só "deixam" nascer meninos já está a apresentar a factura, com graves consequências de aldeias inteiras que só têm homens, querem casar e não há com quem, há tempos vi uma cerimónia de casamentos em que todos tinham procurado noiva por anúncio, até nos países vizinhos...Cá se fazem, cá se pagam.
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