sábado, 3 de maio de 2008

Gestores musculados...

Depois do dia feriado da enorme festa do aniversário da raínha, e do Primeiro do Maio, logo a seguir, e que nem notei, visitei ontem o Porto de Roterdáo.
Porto gigantesco!...Um movimento superior a 36.ooo barcos de carga por ano, mais de 100 barcos por dia. Gestao que resolve problemas complicados com as Autoridades Administrativas, com a Cidade de Roterdáo, com os sistemas de transportes, com os milhares de empresas industriais e de servicos instaladas nas áras adjacentes, com a miríade de interesses ligados ao porto.
O porto, para além de ser dos maiores do mundo, é dos mais competitivos.
Lembrei-me dos minúsculos portos portugueses e das guerrazinhas instaladas entre as diversas entidades, que fazem com que sejam dos mais caros da Europa.
As pessoas sao muito senhoras do seu nariz para abdicarem dos seus pequenos poderes. Gestores muito musculados e país muito fracote!...

7 comentários:

  1. Lisboa não terá condições nem vocação para possuir um porto marítimo competitivo á escala europeia. Mas dada a localização geográfica portuguesa, Sines e Leixões não deveriam ser designios nacionais duma vez por todas? Uma economia para ser competitiva necessita obras estruturais, embora talvez não tenham muitos visitantes ao domingo á tarde, nem sejam emblemáticas para conquistar votos.

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  2. Roterdão... Roterdão... ou muito me engano, ou este porto fica... hmmm é isso mesmo, localiza-se no coração das grandes vias marítimas do norte da europa. Com uma vantagem inexcedível, servido por excelentes e planas vias terrestres de comunicação. Este porto possui ainda a vantagem de ser o ponto de ligação entre a super economia nordica e a europeia.
    Caro Dr. Pinho Cardão, querido amigo, não confundamos a rua do meio e o meio da rua. Efectivamente os minúsculos portos portugueses e as rodovias que os ligam com a europa, não tÊm rigorosamente nada a ver com as condições do porto de Roterdão, mas se tivessem, não serviriam o mesmo fim. Caro Dr. os nossos portos e as condições excepcionais da nossa costa atlântica têm de ser olhados e geridos num âmbito difernte. Portugal tem de ser no futuro um mega-viveiro de recursos piscículas, temos de inovar e inventar formas de "criar" peixe em cativeiro, aproveitando as belíssimas condições que a nossa costa possui. Podemos num futuro muito breve ser o "celeiro" piscícula da europa. Aí sim, vamos ser competitivos e prestimosos.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Anónimo15:00

    O hinterland dos portos nacionais (Leixões, Aveiro, Setubal e Sines de primeira linha, alguns outros de segunda) é muito menos vasto do que o hinterland de Roterdão mas, ainda assim, e dentro da sua área de influência podem e devem ser expandidos e, aliás, ser uma muito importante fonte de negócio para o país, aliado a todas as actividades de logística e industriais que são geradas em redor dos portos.

    Há uma outra actividade, a baldeação, que hoje em dia é feita em Algeciras e onde Sines pode ser competitivo embora provavelmente não numa escala tão grande como Algeciras.

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  5. No passado houve gestores que provaram que Portugal não era fracote e que reunia condições para a actividade portuária. Outros "muscúlos", e provavelmente muita "massa cinzenta" que agora falta.

    GRUPO CUF

    Estaleiros Navais

    LISNAVE – Estaleiros Navais de Lisboa (1961)
    NAVALIS – Sociedade de Construção e Reparação Naval (1957)
    REPROPEL – Sociedade de Reparação de Hélices Lda. (1971)
    GASLIMPO – Sociedade de Gasgasificação de Navios (1967)
    SETENAVE – Estaleiros Navais de Setúbal (1971)
    Estaleiros Navais de Viana do Castelo (1945)
    PROMARINHA – Gabinete de Estudos e Projectos (1969)
    H. Parry & Son


    http://industriacuf.blogspot.com/2008/01/anuncios-da-setenave.html

    http://industriacuf.blogspot.com/2008/01/navio-maria-christina.html

    http://industriacuf.blogspot.com/2008/03/sociedade-geral-navio-manuel-alfredo.html

    http://industriacuf.blogspot.com/2008/04/admisso-de-pessoal-para-o-estaleiro-da.html

    http://industriacuf.blogspot.com/2008/04/o-secretrio-de-estado-da-industria.html

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  6. O seu comentário tem graça, cara pézinhos. Efectivamente, no passado, a actividade portuária e marítima, foram um "peso pesado" da economia portuguesa. Não só devido às políticas económicas vigentes, mas ainda devido à posição geográfica do país e a situação priveligiada das nossas costas. Na verdade, o país, os governos e as empresas do sector, não fizeram o favor de acompanhar as tendências, tão pouco de investir na necessária reconversão e reequipamento das infra-estructuras. O resultado, foi o morrer progressivo da frota mercante e da frota pesqueira, devido em grande parte à obtenção dos subsídios comunitários. E lá vamos inevitávelmente cair na união europeia, esse cão treinado para nos lamber a mão, em troca do osso que ela segura. Os nossos governos e os nossos gestores, não entenderam o propósito do cachorro, que cresceu rápidamente e se tornou feroz, ao ponto de nos arreganhar o dente ameaçadoramente, ameaçando a todo o momento colocar-nos a coleira e a corrente ao pescoço, obrigando-nos a ficar na "barraca" para sempre... submissos.
    A Europa, cara pezinhos rumou num sentido para o qual Portugal não era e continua a não ser competitivo, essa falta de competitividade devesse e muito ao aspecto referido pelo caríssimo Dr. Pinho Cardão, a mesquinhez e as "guerrazinhas instaladas entre as diversas entidades.
    Nesta altura do "campeonato" é importante que o país e o governo olhem com clareza para a nossa costa, reunam ecologistas, biologos e outros técnicos ligados aos estudos das mares, das espécies, dos fundos, das temperaturas, dos habitats, das técnicas de pesca e, saibam pegar no chumbo e ter o arrojo de o transformar em ouro. Esta sempre foi uma terra de alquímistas e de aventureiros.

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  7. Meus Caros:
    Nao me terei explicado bem.
    Queria apenas dizer que há muita disputa entre institucoes no caso portugues. E aí gastam-se energias que seriam necessárias para colocar os portos portugueses, maiores ou mais pequenos, em condicoes mínimas de concorrencia.
    Claro que uma oferta competitiva também gera procura e espacos mais vastos de intervencao, o que nao é o caso portugues.

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