quinta-feira, 8 de maio de 2008

Obama a um passo da nomeação...Clinton em stress

Após as últimas directas de Indiana (ganha por Hillary com apenas 2 pontos de vantagem) e Carolina do Norte (ganha por Obama com 14 pontos de vantagem), disputadas na 3.ª feira, Obama surge agora como o quase certo vencedor da disputadíssima nomeação para candidato do Partido Democrático (já a menos de 200 delegados do mínimo para a nomeação), às eleições presidenciais de Novembro próximo.
Hillary está em claras dificuldades para financiar a sua dispendiosíssima campanha, tendo sido forçada a emprestar do seu bolso (ou do bolso do seu bem-amado Bill) USD 11,5 milhões (5M em Janeiro e 6,5M já em Maio), por insuficiência de apoios...
Para manter os níveis de despesa da sua campanha, Hillary necessitaria de qq coisa como mais USD 30 milhões, quantia que a sua equipa de “fund raising” considera impossível granjear...
A campanha de Hillary encara agora a inevitável introdução de cortes drásticos nas despesas de funcionamento, despedindo dezenas de assessores e reduzindo também despesas com publicidade.
Parece-me que Hillary Clinton pode considerar-se sobretudo vítima de si própria – da sua insuportável arrogância e do seu jogo pouco limpo em muitas fases da campanha – encontrando-se agora em clara derrapagem com a fuga de apoiantes importantes para o outro lado como sucedeu ontem com George McGovern, antigo candidato à presidência, conhecido por posições mais “à esquerda” (esquerda caviar, mas esquerda).
Mas Hillary não desiste – creio que ela é movida por um ódio insanável em relação ao seu rival Obama.
Para Hillary ninguém no seu Partido teria o direito de se lhe opor nesta corrida – tratava-se de um direito seu, por legado de Bill, que Obama se atreveu a usurpar...Obama teria de ser punido e triturado pela sua campanha por ter tido a ousadia de se lhe opor...
Foi o que tentou fazer, por vezes com uma ferocidade implacável de que aqui deixei alguns apontamentos.
Felizmente tudo parece indicar que a campanha destrutiva de Hillary+Bill não teve o sucesso que esperavam e que, no final do corrente mês, Obama terá praticamente garantido 2025 delegados necessários para assegurar a sua nomeação na convenção de Denver.
A grande questão vem a seguir: o que fará Hillary quando finalmente tiver de constatar a derrota?
Percebendo que nunca mais terá possibilidade de chegar à Casa Branca, dar-se-á ao luxo de apoiar McCain, só para não suportar o horror de ver Obama presidente?
Parece-me que ainda vamos assistir a grandes acrobacias nesta grande campanha -espectáculo.

8 comentários:

  1. Vai a vice para angariar uns quantos milhões para pagar as dívidas.

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  2. Bom, parece que o que tem que ser, tem muita força.
    Diz-se.

    Obama caminha para Presidente dos EUA.

    GOD BLESS OBAMA.

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  3. Hillary vai para Vice de McCain?! O ilustre Tonibler acha isso possível?
    É que à hipótese de Vice de Obama a grande Dama dirá "Antes a morte que tal sorte..."!

    Cara Pezinhos,

    Estamos unidos no mesmo voto!

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  4. -Ela admitiu pela primeira vez esta semana o "endorsment" a Obama em caso de falhar a nomeação, embora tenha afirmado de seguida que não desiste antes da convenção. Trata-se dum apoio tão "genuino" quanto o de Bush a McCain, embora por várias razões todos desejem na realidade a vitória deste. O casal "Billary" porque mantém a secreta esperança de conseguir a nomeação em 2012, caso Obama falhe a eleição este ano, mas para tal a estratégia terá de ser o apoio público a Obama, cínico mas obrigatório, desgastando-o ao máximo até á convenção, após as eleições procurarão fazer notar ao partido, em particular aos seus mais destacados dirigentes (muitos são superdelegados), que apostar em Obama foi um erro, que não poderá ser repetido em 2012. Bush e a ala mais conservadora do GOP, esperam que McCain saia da cena em 4 anos, e conseguirem influenciar a sua administração, lançando alguém de dentro para 2012 caso esteja a correr bem, ou algum crítico de McCain caso a presidência venha a ser um fiasco. Ninguém pensa em 2 mandatos para McCain, já para Obama poderiam perfeitamente ser possiveis. Uns e outros formam assim uma estranha coligação, ficando apenas a tonta da Ann Coulter a falar sozinha, pago para ver o que dirá em caso McCain vs Obama? Irá mudar de nacionalidade?

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  5. Bem, alguém vai ter que pagar o empréstimo e um senador de Nova Iorque não vale assim tanto.

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  6. Caro Tonibler,

    Bem sei que caso Hillary não ganhe a nomeação os discursos de seu bem-amado poderão baixar de cotação...
    Mesmo assim, admitindo uma desvalorização de 25%,o estratega mundial Bill poderá continuar a cobrar tranquilamente uns USD 80.000 a 100.000 por intervenção...
    Até em Portugal, uma das economias mais avançadas do Mundo desde 2005, existe aficion para assegurar esse cheque como já se viu...
    Sendo assim, bastariam uns 100 discursos do ex-Presidente para resolver o problema...
    Mas como a Senadora também discursa contra cheque - vamos tê-la cá, não tardará, trazida por algumas das empresas oligopolistas cá do burgo e o empenhamento pessoal de alguns dos nossos mais famosos democratas - nem tanto será necessário.

    Caro Antonio de Almeida,

    Não diga mal da bela Ann Coulter...olhe que ainda é do melhor que existe na vanguarda republicana...em Portugal faria miséria com a sua fascinante oratória...os rapazes do Bloco e do CDS-PP, pelo menos, escuta-la-iam em atitude de deslumbramento...

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  7. Caro Tavares Moreira,

    Hillary, terá ficado, sem dúvida, muito desapontada e até mesmo frustrada por não ter alcançado a vitória que tanto almejou.

    No entanto, não acredito que seja capa de cometer tais crueldades que sugeriu. Nunca a veria apoiar McCain. Penso que hillary aceitará ser vice, o que seria fantástico.

    Segundo uma sondagem feita recentemente, tanto hillary como obama venceriam a mccain!!

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  8. Ok, André, vamos tranquilizar e deixemos a Senhora Hillary em paz, ela tem tanto com que se preocupar...
    Quanto a ser Vice de Obama, tenho fortíssimas dúvidas!
    Obama deve ter outras soluções menos belicosas...sobretudo se, como penso, Hillary for até ao fim, até à convenção de Denver, recusando qq acordo prévio com seu opositor Barack.

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