segunda-feira, 12 de maio de 2008

Os Barões da droga!...

O Instituto da Droga e da Toxicodependência lançou um produto novo no mercado destinado aos jovens que queiram iniciar-se e descobrir os prazeres da droga e da toxicodependência, fazendo, aliás, jus ao seu nome. Denomina-se o produto “dicionário de calão” e abarca com grande profundidade os temas referentes à matéria em apreço.
Em primeiro lugar, e como qualquer manual de marketing ensina, o consumidor tem que sentir importante.
Assim, um não consumidor de droga é considerado no dicionário como “conservador, desprezível e desinteressante”, isto é, um “careta”. Na melhor das hipóteses, quem não se droga é definido noutro local, para repisar bem a ideia, como “conservador e desinteressante”, isto é, um “betinho”.
O dicionário introduz ainda os processos de alquimia que tornam a droga “ cativante e vaporosa” ou o processo de obter a “pedrinha branca, pronta a snifar”. Determinado produto é ainda classificado, muito propriamente, como de "sedução e atracção irresistíveis".
O Presidente do IDT, que não apoiou o projecto anti-droga da Câmara do Porto, provavelmente para poupar energias para projecto tão pedagógico, explicou que o site teve a colaboração do Ministério da Educação. Claro que o ME responde sempre à chamada e diz sempre presente nestas matérias tão essenciais à formação dos jovens. É esse, aliás, o seu reconhecido papel.
Por mim, bem continuo a pensar que os barões da droga não desdenhariam inspirar, apoiar e financiar tão reluzente e frutuoso marketing. Eficaz, atractivo, gratuito e com a permissão oficial!...
Pois é de pequenino que se endireita o pepino!...

6 comentários:

  1. Por falar em droga, lembro-me da Colômbia seguidamente vens as FARC, que por sua vez é, alegadamente, financiada por Hugo Chávez, que por sua vez vai receber a visita do nosso Primeiro-ministro José Sócrates.
    Alguém me consegue explicar que relações tão estreitas têm Portugal e Venezuela que justifiquem a ida do nosso PM a esse país, quando, se nos lembrarmos, Hugo Chávez esteve em Lisboa à 6 meses.

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  2. Anónimo23:11

    Ao meretissimo: talvez as mesmas que levam a que o governo deixe os facínoras das FARC entrarem e pavonearem-se livremente em Portugal.

    Caro Pinho Cardão, há coisas estranhas, não há? Eu não concluo nada. Mas que não deixo de comentar com os meus botões como são possiveis certas coisas, lá isso não deixo.

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  3. Caro Pinho Cardão,

    Leio este teu post e imagino que estejas a exprimir-te por metáforas. Porque não entendo nada.

    Será que poderás explicar melhor?

    O Instituto da Droga e da Toxidependência edita dicionário para ensinar a drogar...É isso? Com o apoio do ministério?????

    Estou completamente fora ou será por ser já quase uma da manhã e ter ouvido a intervenção do Beleza no Prós e Contras a falar da Dona Teresa e do Dom Afonso Henriques e que não sei que mais tem de sair já para ir não sei onde.

    Pinho Cardão explica melhor o que se passa se faz favor esta da droga. E já agora aquela do Beleza, se percebeste.

    Uma coisa ele disse com a qual concordo totalmente: O governo não tem nada que se envolver nas questões das ligas e das meias do futebol.

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  4. Inqualificável a iniciativa do IDT. O que provoca maior surpresa é João Goulão ainda não ter sido demitido do cargo, tendo em conta as enormidades que tem feito à frente do organismo.
    A intervenção do deputado Fernando Rosas ontem no Frente-a-Frente da SICN também foi de génio. Reveladora da irresponsabilidade total de certa esquerda no tratamento desta questão.

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  5. Caro Rui:
    Infelizmente, no texto, não há qualquer metáfora. Entre aspas, reproduzo excertos de definições do dicionário de calão editado pelo IDT e pelo ME, como forma de educação da juventude. É só ir ao site do IDT e está lá tudo!...
    Uma desgraça!...
    Quanto aos Prós e Contras, aí é que houve verdadeiras e completas metáforas debitadas por metafóricos de grande gabarito.
    A maior das quais é essa notável metáfora de o vento ter conseguido acertar apenas na cidade do Porto para concentrar toda a poeira futebolística, deixando todas as cidades limpas, liofilizadas e bacteriologicamente puras!...

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  6. Tinham-nos dito que agora o dinheiro público era usado com rigor. Pelos vistos os nossos impostos servem para publicar disparates.

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