A auto-estima e o bem-estar passam pelo corpo e pela aparência. É um facto.
Ao longo da vida sofremos alterações próprias do crescimento, da maturação e do envelhecimento. Saber viver com as naturais modificações constitui uma arte. Acontece que muitas pessoas não são capazes de lidar com algumas características ou modificações, ou porque não sabem ou porque não querem. Acresce que a tirania da moda, e os novos estereótipos de beleza, entretanto produzidos, “obrigam” muitas pessoas a fazer transformações, por vezes substanciais, nos seus corpos. Exceptuando certos casos clínicos, perfeitamente justificáveis, começa a ser alvo de atenção o elevado e crescente número de pessoas que procuram a “perfeição” física e a recusa em envelhecer.
É frequente ver na televisão, e noutros meios de comunicação, jovens senhoras a revelarem atributos mamários dignos de verdadeiras Vénus.
- Vejam o que a Natureza me deu!
Mamas de facto?
Sabemos que as mamas matam a fome aos que nascem e são fonte de prazer aos que já nasceram. Quando nascem são verdadeiros botões de rosa que amadurecem como deliciosas ameixas e que ao envelhecer se transformam em ternas lembranças. São as mamas da Natureza.
Mas as que nos são presenteadas são excessivamente redondas e simétricas. Não balanceiam. Não estremecem ao respirar. Não se deixam esmagar ao contacto ou descair languidamente. São mamas empertigadas e duras com mamilos virados para o céu como se fossem mísseis. São mamas artificiais, de plástico. Mamas falsas. Mamas que são fruto de verdadeiras “auto-mutilações”. Mamas padronizadas. Mamas da vaidade. Fazem-nos recordar um cesto com fruta, apetitosas ao olhar, de suaves pêssegos, carnudas maças, suculentas laranjas e frescas peras. Ao toque revelam a sua natureza: falsas. São mamas do engano, próprias de um mundo de cibernautas e amantes das frias facas.
O número de mulheres que se sujeitam a técnicas artificiais mamárias, sem razões clínicas aparentes, está num crescendo muito preocupante. Uma verdadeira epidemia com consequências difíceis de quantificar, mas que importa denunciar.
Sinal de beleza? Sinal da busca da perfeição? Sinal da negação do envelhecimento? Sinal de status?
Falsas afrodites…
Ao longo da vida sofremos alterações próprias do crescimento, da maturação e do envelhecimento. Saber viver com as naturais modificações constitui uma arte. Acontece que muitas pessoas não são capazes de lidar com algumas características ou modificações, ou porque não sabem ou porque não querem. Acresce que a tirania da moda, e os novos estereótipos de beleza, entretanto produzidos, “obrigam” muitas pessoas a fazer transformações, por vezes substanciais, nos seus corpos. Exceptuando certos casos clínicos, perfeitamente justificáveis, começa a ser alvo de atenção o elevado e crescente número de pessoas que procuram a “perfeição” física e a recusa em envelhecer.
É frequente ver na televisão, e noutros meios de comunicação, jovens senhoras a revelarem atributos mamários dignos de verdadeiras Vénus.
- Vejam o que a Natureza me deu!
Mamas de facto?
Sabemos que as mamas matam a fome aos que nascem e são fonte de prazer aos que já nasceram. Quando nascem são verdadeiros botões de rosa que amadurecem como deliciosas ameixas e que ao envelhecer se transformam em ternas lembranças. São as mamas da Natureza.
Mas as que nos são presenteadas são excessivamente redondas e simétricas. Não balanceiam. Não estremecem ao respirar. Não se deixam esmagar ao contacto ou descair languidamente. São mamas empertigadas e duras com mamilos virados para o céu como se fossem mísseis. São mamas artificiais, de plástico. Mamas falsas. Mamas que são fruto de verdadeiras “auto-mutilações”. Mamas padronizadas. Mamas da vaidade. Fazem-nos recordar um cesto com fruta, apetitosas ao olhar, de suaves pêssegos, carnudas maças, suculentas laranjas e frescas peras. Ao toque revelam a sua natureza: falsas. São mamas do engano, próprias de um mundo de cibernautas e amantes das frias facas.
O número de mulheres que se sujeitam a técnicas artificiais mamárias, sem razões clínicas aparentes, está num crescendo muito preocupante. Uma verdadeira epidemia com consequências difíceis de quantificar, mas que importa denunciar.
Sinal de beleza? Sinal da busca da perfeição? Sinal da negação do envelhecimento? Sinal de status?
Falsas afrodites…
E, já agora, também há aqui uma questão de defesa do consumidor que não é de desprezar!
ResponderEliminarCaro Professor Massano Cardoso:
ResponderEliminarPermita-me que destaque do texto o seguinte:
"São mamas empertigadas e duras com mamilos virados para o céu como se fossem mísseis".
É interessante verificar como transcrevendo apenas este pequeno excerto (desligado do texto) se obtém uma frase recheada de um erotismo saudável que poucos ou nenhuns publicitários teriam capacidade e imaginação para a construir...
Uf! O caro tonibler tem toda a razão...não é justo enganar assim os potenciais consumidores!
Professor, as operações estéticas não são mais do que um sinal dos tempos. Repare que vivemos tempos curiosos em que o parecer é mais importante do que o ser. Daí, claro, todos aqueles que são escravos da ideologia dominante - a maioria dos cidadãos - queiram parecer o ideal grego de beleza mas muito poucos se preocupem com os ideais gregos do ser. Mais, procuram para o seu circulo próximo, seja num nível de consorte seja mesmo num de amizades, outros que correspondam a esse estereótipo.
ResponderEliminarÉ um fenómeno social que vai ganhando algumas raízes um pouco por todo o mundo e, num país de aparencias e vaidades como Portugal é naturalissimo que este tipo de operações atinjam números astronómicos.
Fica-me uma dúvida, porém. Este tipo de cirurgias estéticas trazem malefícios para a saúde a longo prazo ou são neutros? Ou mesmo benéficos por não trazerem problemas físicos ao mesmo tempo que trazem benefícios psíquicos?
Oh meu caríssim caro Professor Massano Cardoso,
ResponderEliminarDeixe-me discordar! Até deviam ser comparticipadas!! Ultimamente vê-se para aí cada míssil (usando a sua expressão)!...
Caro Zuricher
ResponderEliminarPor vezes ocorrem problemas sérios. Talvez a leitura do seguinte artigo lhe possa dar uma ideia do problema nas suas múltiplas vertentes. Foi publicado no The Independent (Double trouble: Are breast enlargements imitation or mutilation?)
http://www.independent.co.uk/life-style/health-and-wellbeing/features/double-trouble-are-breast-enlargements-imitation-or-mutilation-881295.html
Professor, muito obrigado. Não sabia que podiam levar aos problemas falados no artigo e mesmo serem potencialmente ameaçadoras para a vida.
ResponderEliminarSempre pensei que as operações estéticas eram um fruto da vaidade sim, mas sem outras consequências negativas que não aquelas sentidas na carteira.
Muito obrigado por esse artigo!
Por aqui, espelhados pela areia, junto a um mar de esmeralda, a "natureza" encontra-se pejada de "misseis". Estará prestes uma declaração de guerra? Pela expressão desta que me acompanha há muitos anos, creio estar prestes a desencadear-se um conflito ;)
ResponderEliminarAHAHAH...
ResponderEliminarCaro Drº JM Ferreira de Almeida:
"Estão verdes...não prestam..."
Disse a raposa...
:))
Li outro dia que a que foi agora eleita Miss Mundo já fez uma plástica ao nariz e acrescentou uns centímetros aos seios...Que grande batota!!!
ResponderEliminarPois...desde que não os tenha transformado em mísseis, é só meia batota...
ResponderEliminar:)))
Os meus amigos e os mísseis. Tanta tendência bélica latente que anda por aí... Não fazia a mínima ideia!
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