O presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas abriu “guerra” à actualização em 2009 do salário mínimo nacional anunciada pelo governo, com a ameaça de que, se o aumento for para a frente, vai “determinar junto dos associados que não renovem os contratos”. Está em causa um aumento de 426 € para 450 €, ou seja, de 27 €. A ameaça abrange 43.720 trabalhadores com contratos a termo certo, de um total de 200.000 que auferem o salário mínimo nacional.
Considero inqualificável a total ausência de sentido de responsabilidade social retratada nas palavras daquele responsável.
O aumento pode gerar desemprego, mas abordar a medida da forma como o fez demonstra não apenas falta de tacto relativamente à justeza de um aumento ínfimo, mas também, do meu ponto de vista, uma imoralidade, por incitar publicamente à dispensa dos trabalhadores.
Considero inqualificável a total ausência de sentido de responsabilidade social retratada nas palavras daquele responsável.
O aumento pode gerar desemprego, mas abordar a medida da forma como o fez demonstra não apenas falta de tacto relativamente à justeza de um aumento ínfimo, mas também, do meu ponto de vista, uma imoralidade, por incitar publicamente à dispensa dos trabalhadores.
Apoiado, Margarida. Inqualificável é mesmo o termo.
ResponderEliminarApetecia perguntar ao Sr. Augusto Morais, se aufere tambem do salario mínimo...
ResponderEliminarMas claro que essa seria uma pergunta parva, apesar de não menos parvo ser o seu discurso, na medida em que faz do número global dos trabalhadores que auferem do salário mínimo, o encargo de uma única empresa. Ora bem, tal como a nossa estimada autora refere, o aumento situa-se nuns ridículos €27,00 o que representará um encargo a mais para cada empresa, resultante do somatório correspondente ao número de funcionários, por mês. Ou seja, uma pequena empresa, que nos seus quadros mantenha 10 funcionários que ainda não tenham ultrapassado a barreira dos €426,00, ira ter de reforçar a rúbrica dos encargos com o pessoal em €270x14=€3.240,00/ano.
Andaria muitíssimo melhor o Sr.Augusto Morais, se reivindicasse do governo, medidas de reducção de impostos, esses sim, desmotivadores e desmoralizadores dos pequenos e médios empresários.
Mas pronto, o senhor não vem ao 4R...
Como diz um vizinho meu lá da aldeia "um home nã lê... nã lê nã sabe... nã sabe nã conhece".
;)
http://videos.sapo.pt/jCCghJtK34BiutF66w5P
ResponderEliminaro video está aqui
fiquei nauseada com as afirmações deste senhor.
mas a náusea que tenho de tudo o que se passa também incluir o facto de se saber que há muitas PME's que ainda não pagaram o subsídio de férias deste ano.
portanto o subsídio de natal nem vê-lo.
tudo isto é um drama enorme.
Só quem tem trabalhadores e ordenados para pagar, sabe dar o valor, à pressão que está a ser vivida, por estes pequenos patrões, e pelos seus colabroadores. Ninguém está bem.
Lembro que a Dra. Manuela Ferreira Leite afirmou que seria uma irresponsabilidade efectuar este aumento.
Se não estou enganada ...
Enfim estamos a bater no fundo.
Nem todos ! claro.
a propósito de PME's, uma petição importante que termina hoje às 24 horas.
ResponderEliminarhttp://www.pnetpeticoes.pt/ivacomrecibo/
Também ouvi o senhor, que falou como se fosse o dono e o decisor único das empresas que representa.
ResponderEliminarClaro que os custos são um elemento determinante na economia das empresas, mas a satisfação das pessoas, para a qual o salário é muito importante, nomeadamente quando ele está ao nível mínimo, não o é menos.
Quando ouvi o sujeito, lembrei-me de todos aqueles "empresários" para quem o pessoal é um mero custo. Uma vez disse a um: mas, oh Fulano de Tal, sendo assim, por que não despede todo o pessoal? Se são um mero custo, sem gente na empresa, vai ter lucros até dar com um pau!...
Cara Margarida,
ResponderEliminarAs pequenas e médias empresas são criadas e geridas por gente que não gosta de ser mandada ou ter patrão. Não me parece que esta criatura , até pela inteligência das palavras, consiga determinar o que quer que seja.
Boa, caro Tonibler!...
ResponderEliminarMuito bem,Margarida, tem toda a razão, e acredito que que o caro Tonibler também.
ResponderEliminarNão seria mais sensato reivindicarmos aqui (e em força!) o "despedimento" das empresas que alegarem ao conseguirem pagar os 27€?
ResponderEliminarPara que é que queremos empresas destas?
Para nos envergonharem?
Correcção:
ResponderEliminar... alegarem NÃO conseguir pagar...
Com todo o respeito pelos comentadores antecessores o que este senhor queria dizer era:
ResponderEliminar-Chega de liquidar, de inventar taxas, multas, de perseguir as pequenas e médias empresas, que num ambiente de dificuldade não suportam mais agravamentos vindos de quem os devia apoiar!
Por outro lado outros diriam:
-Mas até é bom que as empresas acabem , revigora o tecido económico, cria um novo fenómeno de concentração, de renovação (em ambiente de crise global?) os mais fracos desaparecem!
E isto é que é o busílis, meus senhores:é que ninguém quer desaparecer (principalmente porque para além de enfrentar o mercado ainda se tem de enfrentar as dificuldades criadas por governo por nós eleito), e principalmente num ambiente de depressão.
E, gravidade das gravidades, quando um pequeno empresário não vive dos impostos dos outros, vive do seu trabalho, paga a sua segurança social e depois apertam a sua empresa e dissem-lhe: sóis os mais fracos, senhores!
Ah, e não se esqueçam, e como vivem depois se este Estado de "chulões" mem um subsídio de desemprego lhes dá: do ar?
E é por isso que é muito, muito perigoso sobrecarregar o tecido das pequenas e médias empresas, só para manter os que vivem do Estado risonhos e anafados!
É DIFÍCIL DE PERCEBER OS GRITOS DE DESESPERO?
Quer o conteúdo quer a forma "rasteira" como se expressou prometia o pior. Mas depois descansei. Primeiro pelas razões já aduzidas antes, e por fim porque as PME não têm contratados a prazo por deles se condoerem: precisam deles para prosseguirem o processo produtivo.
ResponderEliminarA intenção do dito e douto senhor não era, portanto, doutrinar as PME (que em momento de menor lucidez o elegeram). Era, penso, fazer-se ouvir no esplendor da sua "coragem".
Terá herdado uma imensa fortuna? Terá ganho outra imensa fortuna, por empresa própria, preenchendo os formulários de candidaturas a financiamentos dos fundos europeus? Terá sido suspenso pelo Conselho de Jurisdição do PSD por falsificar inscrições de militantes na antiga secção da Sé -Porto?
ResponderEliminarEu como sou muito tolerante desculpo o brujeço. Mas recordo-me de ouvir um Ministro da Economia insinuar ser Portugal competitivo dados os baixos salários praticados! Fácil é deduzir que neste país os brujeços e morcões têm sempre tempo de antena...
ResponderEliminarCaros Amigos
ResponderEliminarObrigada pela atenção que deram ao assunto tratado no post.
A situação económica é difícil. Todos concordamos e estamos preocupados com o futuro do tecido empresarial, em especial das pequenas e médias empresas que têm um peso económico e social muito importante. Todos compreendemos os dramas sociais dos baixos salários e dos salários em atraso, do desemprego e da falta de emprego, da falta de trabalho. Por isso a situação exige sentido de responsabilidade.
José Mário as coisas quando é necessário chamam-se pelos nomes!
Como refere o nosso Caro Bartolomeu o Sr. Augusto Morais deveria, isso sim, preocupar-se em melhorar a competitividade das empresas e articuladamente propor medidas concretas ao governo nesse sentido. Pois Caro maioria silenciosa: P.A.S. seria bem mais construtivo que as associações representantes das empresas se batessem, por exemplo, por obrigar o Estado a cumprir com os prazos de pagamento das suas dívidas para com as empresas ou para que o Estado aceite fazer a compensação de créditos e débitos, não obrigando as empresas a pagarem impostos relativos a serviços prestados ao próprio Estado que este lhes contrata e que depois não paga.
Não é tratando o trabalho como um fardo ou um mero custo, como refere o Dr. Pinho Cardão, que se ganha competitividade e o respeito dos trabalhadores.
Muito pelo contrário, o trabalho deve ser valorizado e deve dignificar a pessoa humana.
Caro Tonibler a criatura é capaz de não conseguir determinar o que quer que seja, e ainda bem, mas não deixa de ser preocupante que os nossos empresários se façam representar por uma pessoa com aquela formação.
É por isso que o nosso Caro SC tem muita razão quando se interroga "Para que é que queremos empresas destas?".
Por trás desta inqualificável prestação estão, como muito bem lembra a Cara Pézinhos n' Areia, os dramas de muitas empresas e muitas famílias. É justamente por isso que não fico indiferente a declarações como aquela que nos juntou aqui a falarmos deste assunto.
Caro Manuel
ResponderEliminarFicamos mesmo sem perceber o que anda esse senhor a fazer!
Caro António Fiúza
Não sabemos! O que sabemos é que se esse senhor é um empresário então é caso para preocupação. Pessoas assim têm capacidade de negociação, de reivindicação?
Boa memória Caro jotaC. Com baixos salários o que é que podemos esperar?