quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Que vergonha...

Só há pouco fiquei ao corrente do que se passou no Parlamento da Madeira. Um episódio a todos os títulos lamentável, a fazer lembrar cenas de algazarra e pugilato que acontecem em parlamentos lá longe, em países bem distantes, que volta e meia nos são mostradas pelas televisões.
O impedimento de entrada do deputado do PND no edifício do Parlamento para participar no plenário, a suspensão do seu mandato a requerimento do grupo parlamentar do PSD de Jardim e o adiamento das sessões plenárias até decisão judicial da queixa-crime apresentada pelo Parlamento contra o deputado são factos - independentemente da discussão, que já começou, sobre a sua ilegalidade e inconstitucionalidade - impensáveis numa democracia, ainda que seja inaceitável a conduta do deputado do PND. Uma conduta não justifica a outra!

8 comentários:

  1. Cara Dra. Margarida Aguiar:
    Permita-me que discorde do que diz.
    O deputado ao ter na sua posse uma bandeira com aquele simbolismo sabia (ou devia saber) que estava a desrespeitar toda a assembleia. Por isso, nestes casos, acho muito bem que fosse feito ali mesmo um julgamento sumário.
    Alardear a dita bandeira é crime. Imagine-se que em vez da bandeira ele se manifestava com uma arma !?

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  2. -Retirar imunidade parlamentar, apresentar queixa-crime é um direito de quem se sente ofendido. Impedir um deputado eleito de entrar num parlamento são tiques ditatoriais por parte de quem confunde maioria com poder absoluto. Se a ilegalidade persistir, não vejo que o P.R. tenha alternativa à dissolução.

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  3. Cara Margarida Aguiar

    As cenas de ontem e anteontem, são sempre lamentáveis, tristes etc.
    Mais do que juntar-me ao coro de comentários, apenas refiro que é um sintoma de crise. Só em cenários de crise se podem as attitudes que se tomaram nestes dois últimos dias na Madeira.
    Pode ser o prenúncio do que se irá passar no Continente, com as devidas adaptações
    Cumprimentos
    João

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  4. Anónimo10:21

    Tudo lamentável, Margarida.

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  5. AS origens do simbolísmo suástico, perde-se na memória dos tempos e ao longo dos mesmos tem sido utilizada como forma de reconhecer diferentes ideologias políticas. Hitler adoptou este símbolo numa prespectiva de renascimento, de continuidade e de boa sorte, tal como muito tempo antes tinha sido utilizado no Budismo.
    A configuração da suástica é precisamente a de um moinho que gira no sentido dos ponteiros do relígio. Tal como no cosmus, tudo está sujeito a um movimento rotativo, animado pela força dos ventos. Na Madeira, sopram ventos que começam a ganhar velocidade, uma forma, julgo eu de contrariar a prosápia socialista que sopra dos Açores. Não me parece que esta seja a forma mais coerente de utilizar a energia eólica.
    Depois e para mim, fica por por perceber o fim que serve na Assembleia Legislativa da Madeira, o estatuto de imunidade.
    Óh Senhor Presidente, faxavor,(faxavor?)evacuar... evacuar... evacuar... (será um problema de obstipação?)

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  6. Viver em DEMOCRACIA pode trazer algumas dificuldades, alguns sapos para engolir, etc, mas nunca é demais relembrar o que Churchill disse a respeito DELA.
    Revejo-me no que escreveu, Drª Margarida Corrêa de Aguiar: o comportamento pouco respeitável de um Deputado não pode servir de justificação ao corte mais descarado de liberdades básicas conferidas a um representante eleito. Ele deve ser julgado, se for caso disso, e condenado. Mas impedido de entrar na Assembleia? Não é possível aceitar-se. Já agora, ele não levava uma arma, e existe um deputado da maioria que em vez de levar uma bandeira chega a insultar e AMEAÇAR os seus pares. Nunca foi impedido de entrar na Assembleia!

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  7. O comportamento do dito deputado é a todos os títulos inadmissível Caro jotaC! Intolerável! Não podemos admitir comportamentos anti-democráticos, desrespeitadores, actos tresloucados e impróprios.
    Não concordo, contudo, com "julgamentos sumários". Como refiro no meu post é inadmissível o comportamento do PDS de Jardim ou de qualquer outra força política que fosse pelo mesmo caminho.
    Episódios destes não prestigiam a democracia, os seus protagonistas deveriam ser severamente castigados, a bem da democracia.
    Caro joao a crise espreita por todos os lados. Os sintomas são muitos. A tolerância é um dos primeiros valores a quebrar. Ainda assim, parece-me que o que se passou na Madeira vai para além ou fica aquém, dependendo do ponto de vista, da crise que estamos a atravessar.
    Creio que todos concordaremos, Caro Luis Melo, que o deputado deve ser punido, mas os meios para o fazer não podem nem devem estar ao mesmo nível do seu inqualificável comportamento, colocando em causa o normal funcionamento das instituições democráticas.
    Lembra bem, Caro Bartolomeu, o movimento rotativo, a força dos ventos, a velocidade... Tudo fenómenos que podem atingir magnitudes desastrosas!
    A energia eólica é uma energia limpa, apesar de em muitos casos desfigurar a paisagem. O que se passou naquela Assembleia Legislativa é tudo menos
    "ecológico". Rotações de 180º são muito perigosas!
    Caro António de Almeida, cá estaremos para ver como é que este episódio vai acabar.
    Caro Manuel, estamos de acordo.

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