Só há pouco fiquei ao corrente do que se passou no Parlamento da Madeira. Um episódio a todos os títulos lamentável, a fazer lembrar cenas de algazarra e pugilato que acontecem em parlamentos lá longe, em países bem distantes, que volta e meia nos são mostradas pelas televisões.
O impedimento de entrada do deputado do PND no edifício do Parlamento para participar no plenário, a suspensão do seu mandato a requerimento do grupo parlamentar do PSD de Jardim e o adiamento das sessões plenárias até decisão judicial da queixa-crime apresentada pelo Parlamento contra o deputado são factos - independentemente da discussão, que já começou, sobre a sua ilegalidade e inconstitucionalidade - impensáveis numa democracia, ainda que seja inaceitável a conduta do deputado do PND. Uma conduta não justifica a outra!
Cara Dra. Margarida Aguiar:
ResponderEliminarPermita-me que discorde do que diz.
O deputado ao ter na sua posse uma bandeira com aquele simbolismo sabia (ou devia saber) que estava a desrespeitar toda a assembleia. Por isso, nestes casos, acho muito bem que fosse feito ali mesmo um julgamento sumário.
Alardear a dita bandeira é crime. Imagine-se que em vez da bandeira ele se manifestava com uma arma !?
-Retirar imunidade parlamentar, apresentar queixa-crime é um direito de quem se sente ofendido. Impedir um deputado eleito de entrar num parlamento são tiques ditatoriais por parte de quem confunde maioria com poder absoluto. Se a ilegalidade persistir, não vejo que o P.R. tenha alternativa à dissolução.
ResponderEliminarCara Margarida Aguiar
ResponderEliminarAs cenas de ontem e anteontem, são sempre lamentáveis, tristes etc.
Mais do que juntar-me ao coro de comentários, apenas refiro que é um sintoma de crise. Só em cenários de crise se podem as attitudes que se tomaram nestes dois últimos dias na Madeira.
Pode ser o prenúncio do que se irá passar no Continente, com as devidas adaptações
Cumprimentos
João
Tudo lamentável, Margarida.
ResponderEliminarDeve fazer-se deste caso um exemplo nacional. Deve punir-se este deputado exemplarmente. Não se deve ficar apenas pela expulsão da Assembleia Regional, deve-se castigá-lo na praça pública (leia-se na opinião pública), para que todos saibam que a nossa democracia não tolera cenas deste tipo.
ResponderEliminarSe deixarmos passar em branco um caso destes, vamos estar a abrir um gravíssimo precedente para que outros possam degradar ainda mais a nossa política, a nossa democracia (que já não está muito bem de saúde).
AS origens do simbolísmo suástico, perde-se na memória dos tempos e ao longo dos mesmos tem sido utilizada como forma de reconhecer diferentes ideologias políticas. Hitler adoptou este símbolo numa prespectiva de renascimento, de continuidade e de boa sorte, tal como muito tempo antes tinha sido utilizado no Budismo.
ResponderEliminarA configuração da suástica é precisamente a de um moinho que gira no sentido dos ponteiros do relígio. Tal como no cosmus, tudo está sujeito a um movimento rotativo, animado pela força dos ventos. Na Madeira, sopram ventos que começam a ganhar velocidade, uma forma, julgo eu de contrariar a prosápia socialista que sopra dos Açores. Não me parece que esta seja a forma mais coerente de utilizar a energia eólica.
Depois e para mim, fica por por perceber o fim que serve na Assembleia Legislativa da Madeira, o estatuto de imunidade.
Óh Senhor Presidente, faxavor,(faxavor?)evacuar... evacuar... evacuar... (será um problema de obstipação?)
Viver em DEMOCRACIA pode trazer algumas dificuldades, alguns sapos para engolir, etc, mas nunca é demais relembrar o que Churchill disse a respeito DELA.
ResponderEliminarRevejo-me no que escreveu, Drª Margarida Corrêa de Aguiar: o comportamento pouco respeitável de um Deputado não pode servir de justificação ao corte mais descarado de liberdades básicas conferidas a um representante eleito. Ele deve ser julgado, se for caso disso, e condenado. Mas impedido de entrar na Assembleia? Não é possível aceitar-se. Já agora, ele não levava uma arma, e existe um deputado da maioria que em vez de levar uma bandeira chega a insultar e AMEAÇAR os seus pares. Nunca foi impedido de entrar na Assembleia!
O comportamento do dito deputado é a todos os títulos inadmissível Caro jotaC! Intolerável! Não podemos admitir comportamentos anti-democráticos, desrespeitadores, actos tresloucados e impróprios.
ResponderEliminarNão concordo, contudo, com "julgamentos sumários". Como refiro no meu post é inadmissível o comportamento do PDS de Jardim ou de qualquer outra força política que fosse pelo mesmo caminho.
Episódios destes não prestigiam a democracia, os seus protagonistas deveriam ser severamente castigados, a bem da democracia.
Caro joao a crise espreita por todos os lados. Os sintomas são muitos. A tolerância é um dos primeiros valores a quebrar. Ainda assim, parece-me que o que se passou na Madeira vai para além ou fica aquém, dependendo do ponto de vista, da crise que estamos a atravessar.
Creio que todos concordaremos, Caro Luis Melo, que o deputado deve ser punido, mas os meios para o fazer não podem nem devem estar ao mesmo nível do seu inqualificável comportamento, colocando em causa o normal funcionamento das instituições democráticas.
Lembra bem, Caro Bartolomeu, o movimento rotativo, a força dos ventos, a velocidade... Tudo fenómenos que podem atingir magnitudes desastrosas!
A energia eólica é uma energia limpa, apesar de em muitos casos desfigurar a paisagem. O que se passou naquela Assembleia Legislativa é tudo menos
"ecológico". Rotações de 180º são muito perigosas!
Caro António de Almeida, cá estaremos para ver como é que este episódio vai acabar.
Caro Manuel, estamos de acordo.