segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

A degradação em termos absolutos!...

Fosse o Presidente da República da mesma laia dos políticos que votaram favoravelmente o Estatuto dos Açores ou o deixaram passar, sem o recusar, e hoje a Assembleia da República estava dissovida.
A conjuntura não o recomendava e o Presidente teve o comportamento de estadista que lhe é próprio. Que contrasta com o oportunismo saloio e politiqueiro da Assembleia Regional, do Governo nacional, dos Partidos políticos e dos Deputados que elegemos.
Degradação em termos absolutos!...

8 comentários:

  1. Caro Pinho Cardão

    Excelentemente escrito. Um senão: não elegemos esta escumalha de deputados. Impingiram-nos.

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  2. Caro Pinho Cardão,

    Apetece-me dizer, usando o post anterior sobre este tema, "EM CHEIO".
    Mas acontece que, a meu ver, houve apenas dois protagonistas que assumiram, politicamente, as suas posições: o PR e o PS. Os outros votaram a favor e depois vieram-se queixar, armados em coitados (que na minha terra tem logo resposta!)
    Posições políticas responde-se em primeiro lugar com as posições políticas usando-se os instrumentos políticos ao dipor e não com queixinhas de que os outros são mausões. Assumam-se!...
    E nisto, mesmo o PR, podia ter sido mais sóbrio no espalhafato e mais consequente nas posições, POLITICAS. Nunca percebi porque não suscitou a intervenção do TC naquilo que considerava de constitucionalidade duvidosa. Vamos lá a ver se suscita a sucessiva!
    É que, ou é inconstitucional ou é opção política. E, para esta, é a democracia que deve funcionar.
    Eu, pessoalmente, também me custa muito aceitar as clausulas em questão, em especial a clausula da "irreversabilidade" por iniciativa da AR. Lá a outra de o PR ter de "ouvir" mais não sei quem, ainda é como o outro...
    Mas a esmagadora maioria aprovou, ao que parece, que até me deixam confundido...

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  3. Tendo o PR a razão jurídica e constitucional do seu lado desde o início, surpreende que um homem experiente e prudente como Cavaco Silva seja tão ingénuo e quase amador na abordagem a esta questão.
    Em política não há amigos. Há órgãos, legitimidades, poderes, competências que se exercem no tempo e pela forma adequados.
    (Núncio/Portugal Real)

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  4. Pode ser impressão minha, mas sinto que está a definir-se uma nova e sufisticadíssima forma de ditadura... será que o convívio com Hugo Chavez, inspirou o nosso primeiro?
    (Apela-se a todos os que saibam rezar, a participarem numa novena por intenção de um milagre)
    A coisa vai feia meus amigos, muito feia.
    Por menos, lembro-me de um alto magistrado da nação ter dado corda aos sapatos de um chefe de governo, que tinha ficado no lugar de outro chefe do governo que achou melhor dar de frosques para o pais da Alice... o das maravilhas.

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  5. Está tudo muito mal e os deputados são uma desgraça. Mas não se dissolve a AR por causa da crise, continuando no caminho do precipício?!

    Bom Ano, apesar de tudo! :-)

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  6. Caro Pinho Cardão,

    Podemos adjectivar da forma que entendermos as atitudes de uns e de outros. Agora, aquilo que se tira de tudo isto é que o Estatuto era importante para a assembleia mas não era assim tão importante para a Presidência da República.

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  7. Ora nem mais.

    Se Cavaco fosse inconsciente como Sócrates;

    Se cavaco colocasse em 1º lugar os interesses partidários como Sampaio;

    Se Cavaco pensasse ser dono do país como Soares;

    Dissolvia o parlamento.

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  8. Eu gostava realmente de perceber o raciocínio. O Parlamento afinal é uma vergonha, mas o interesse do país é mantê-lo assim? O Governo é um fracasso, mas é preferível deixá-lo (des)governar?

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