Em entrevista publicada ontem no DN, a Procuradora Dr.ª Cândida Almeida considerou que “ havendo uma investigação criminal e sujeita ao segredo de justiça… haver um inquérito parlamentar, do meu ponto de vista puramente técnico-jurídico, é negativo".
E mais disse que gostaria que “a opinião pública dissesse se prefere saber essas… fofoquices, entre aspas, e peço desculpa pela palavra, ou se gostaria ver a justiça feita e os criminosos condenados, e os inocentes inocentados”.
Na linha do que expressei aqui há dias, não posso estar mais de acordo.
Na linha do que expressei aqui há dias, não posso estar mais de acordo.
Por exemplo, tirando as fofocas, o inquérito parlamentar ao BCP saldou-se, como não podia deixar de ser, por conclusões inconclusivas. E medidas? Nenhumas, ao que se sabe.
De facto, não são as medidas que motivam as Comissões de Inquérito, mas a simples oportunidade de, através destas, os seus membros mais proeminentes aparecerem nas televisões a "desancar" no partido rival, por qualquer ligação directa ou indirecta, real ou suposta ao caso em apreço. Depois de aparecerem, a tarefa acabou!...
Caro Pinho Cardão, este episódio, vários outros do passado, sucessivas comissões de inquérito, a total inutilidade prática da AR dado fazer o que o governo a manda fazer, enfim, vários episódios que vêm sucedendo ao longo dos anos (e aqui é indiferente o governo ser PS ou PSD) levam-me de há muito a ir mais além do que questionar apenas a utilidade das comissões parlamentares de inquérito. A minha questão é, precisamente, para que serve, num país como Portugal, a Assembleia da Républica mais do que mero verbo de encher, corpo presente e, claro, porque fica sempre bem ter um Parlamento.
ResponderEliminarOuçam-se os debates e veja-se o que se passa nas Cortes de Madrid e tirem-se as conclusões...
Em minha opinião, caro Dr. P.C., a opinião pública (tambem) deseja que se faça justiça e que, como diz a Senhora Directora do DCIAP, os criminosos sejam condenados. A fofoquice, é quase sempre obrigatória, pois em todos os casos "cabeludos" que chegam ao conhecimento público e que se encontram em investigação e ou em julgamento, têm como protagonistas pessoas que, ou são figuras públicas, diplomatas, políticos, gente da alta finança, etc. Em suma, pessoas de quem a opinião pública, espera um comportamento ético e moral acima de qualquer suspeita. Talvez porque se descobre sempre a implicação de pessoas com esse estatuto, os processos se arrastem infinitamente e muitas vezes prescrevam ou sejam arquivados, sem que os culpados venham a ser condenados, excepto pela moral pública...
ResponderEliminarA quem interessa que a PJ saia da investigação? Aos das fofoquices.
ResponderEliminarQuem veio a público defender a "honra" da AR? O porta-voz do PS.
A quem se associa sistematicamente as fofoquices ligadas ao BPN? Ao "cavaquismo" e a Cavaco Silva.
Não custa muito a perceber, pois não?
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarPois eu discordo completamente. Explicando:
A senhora procuradora, ou lá aquilo que é, que faça o trabalho dela atempadamente. Se os nossos representantes entenderem que ela dança, ela dança. Se entenderem que ela canta, ela canta. Agora, se os nossos representantes são uma bosta, bem, isso é um problema nosso, não é dela. Ainda se apresentasse resultados significativamente melhores que os inquéritos parlamentares, até poderia ser que a fizessemos representante. Mas nem isso!...