Vinha no carro e ouvi na rádio que o Director-Geral da Saúde ameaça não renovar o contrato com a empresa que gere a Linha Saúde 24. Estará no seu direito, não discuto. Mas os argumentos utilizados não lembrariam ao mais pobre diabo!...
Segundo pude entender da peça jornalística, existe um diferendo entre a Administração dessa parceria público-privada e os enfermeiros, devido às trocas de serviço a que procedem sem conhecimento e autorização superior. Diz o Director -Geral, e eu ouvi, que alterações dessas se fazem desde que há enfermeiros. E para atestar definitivamente tal afirmação, deu como exemplo o que se passa com a própria filha, que é enfermeira!...
Posso então concluir que as alterações de serviço constituem um dos requisitos essenciais da profissão de enfermagem, que um profissional que se preze tem que cumprir. E que a filha de S. Excia é dada como exemplo de perfeito cumprimento das regras!...
E se o Director-Geral não tivesse uma filha enfermeira? Como é que avaliaria a questão?
Também ouvi o (permita-me) Duende da Saúde embora já não tenha apanhado a coisa de ter uma filha enfermeira. Ora se o entendi bem, o trabalho na Linha Saúde 24 funciona e deve funcionar em auto-gestão e quem paga não tem nada que ver com isso. Paga e não bufa. Aliás desde que existem enfermeiros que a casta funciona como entende. Faltam-me os adjectivos.
ResponderEliminarCaro Helder:
ResponderEliminarTambém foi isso que eu intuí da notícia da Antena 1.
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarO passado recente da tragédia na família do Director Geral de Saúde justifica esse desvio no seu discurso.
Nas mesmas circunstâncias, nenhum de nós conseguiria ter lucidez para o fazer de forma diferente.
Aceite um abraço
Frederico
Caro Frederico Lucas:
ResponderEliminarO post foi feito no mais absoluto desconhecimento de dramas pessoais recentes na vida do senhor Director-Geral da Saúde. Claro que, se soubesse, e não sei, não escreveria o texto.