O Café Philo, na cafetaria do instituto franco-português, promove amanhã, às 21h, mais um dos seus interessantes debates filosóficos, desta vez dedicado ao tema do Amor. O debate, bilingue, será conduzido por Jean-Yves Mercury, Dominique Mortiaux e Nuno Nabais e a entrada é livre.
Aqui fica um belo texto, assinado por Jean-Yves Mercury, que ilustra de forma muito impressiva o que poderá ser um serão diferente, dedicado a um tema que, para variar, nos distrai dos acontecimentos que nos ocupam e deprimem diariamente.
Aqui fica um belo texto, assinado por Jean-Yves Mercury, que ilustra de forma muito impressiva o que poderá ser um serão diferente, dedicado a um tema que, para variar, nos distrai dos acontecimentos que nos ocupam e deprimem diariamente.
O AMOR
O próximo “café-philo” terá lugar no I.F.P. terça-feira dia 3 de Fevereiro pelas 21h e terá como tema o Amor. Eis uma das emoções humanas mais determinante, sem dúvida a mais vivida, desejada, imaginada, receada e pensada.
Quem não quereria amar ou ser amado? Quem poderia pretender não ter que partilhar este “objecto”? Todos, sem dúvida, o desejamos e sentimos (o Amor com um A grande, ou até um pequeno...) de diversas formas. De facto o amor tem tendência a impor-se como se fosse o motor da vida, o sentido da existência e como poderíamos nós suportá-la, se fossemos privados dele, ou pior ainda, totalmente desprovidos? Mas, de que amor estamos nós a falar?
O amor, no seu sentido mais comum, é a afeição recíproca entre duas pessoas, a atracção física e sexual pelo outro que está representado pelo “objecto” antes de ser reconhecido como “sujeito”. Dizemos duas pessoas, o que faz lembrar o sentimento exclusivo que o Ocidente acabou por instituir como norma socio--cultural, como “valor”: a do casal e poderíamos delimitar as “razões” de tal privilégio.
Mas o amor é também desejos (confessáveis ou não), paixão (sofrimento, que no entanto pode levar-me a agir), forças (que pensar do facto de ser magnetizada pelo outro?), fantasmas (imaginário e desejo de realidade), dar e receber, egoísmo e altruísmo, doenças e saúde, etc... Enfim é ao mesmo tempo conservador e revolucionário ou mais ainda, socialmente viajado, ou seja nómada!
Mas o amor não se fica pelos belos corpos, as curvas harmoniosas e sugestivas... é também tentado pelo desejo pelas belas almas, pelo que é belo, bom e bem... É neste sentido que Platão dizia que era “filósofo” porque procurava, ficava em parte insatisfeito e encaminhava-nos. Mas os filósofos também temiam o amor, esta tectónica das placas afectivas das quais os movimentos surpreendem e incomodam, ou até podem destruir. Eles quiseram orientá-lo para fins “razoáveis” e moralmente desejáveis, o bem ou o amor desinteressado do próximo... Será que ele existe? Seremos nós capazes? Não devemos esquecer que o amor é promessa de felicidade, de prazer partilhado, de reconhecimento, mas também de “doenças” (inveja, espera, ! dominação, etc...), e ainda experiência de dor, de sofrimento e de angústia. Tantas experiências possíveis das quais poucos se poderão libertar. Amar ou não ser amado será que nos cabe a nós decidir? Sejamos numerosos nesta terça feira à noite para um debate apaixonante.
O próximo “café-philo” terá lugar no I.F.P. terça-feira dia 3 de Fevereiro pelas 21h e terá como tema o Amor. Eis uma das emoções humanas mais determinante, sem dúvida a mais vivida, desejada, imaginada, receada e pensada.
Quem não quereria amar ou ser amado? Quem poderia pretender não ter que partilhar este “objecto”? Todos, sem dúvida, o desejamos e sentimos (o Amor com um A grande, ou até um pequeno...) de diversas formas. De facto o amor tem tendência a impor-se como se fosse o motor da vida, o sentido da existência e como poderíamos nós suportá-la, se fossemos privados dele, ou pior ainda, totalmente desprovidos? Mas, de que amor estamos nós a falar?
O amor, no seu sentido mais comum, é a afeição recíproca entre duas pessoas, a atracção física e sexual pelo outro que está representado pelo “objecto” antes de ser reconhecido como “sujeito”. Dizemos duas pessoas, o que faz lembrar o sentimento exclusivo que o Ocidente acabou por instituir como norma socio--cultural, como “valor”: a do casal e poderíamos delimitar as “razões” de tal privilégio.
Mas o amor é também desejos (confessáveis ou não), paixão (sofrimento, que no entanto pode levar-me a agir), forças (que pensar do facto de ser magnetizada pelo outro?), fantasmas (imaginário e desejo de realidade), dar e receber, egoísmo e altruísmo, doenças e saúde, etc... Enfim é ao mesmo tempo conservador e revolucionário ou mais ainda, socialmente viajado, ou seja nómada!
Mas o amor não se fica pelos belos corpos, as curvas harmoniosas e sugestivas... é também tentado pelo desejo pelas belas almas, pelo que é belo, bom e bem... É neste sentido que Platão dizia que era “filósofo” porque procurava, ficava em parte insatisfeito e encaminhava-nos. Mas os filósofos também temiam o amor, esta tectónica das placas afectivas das quais os movimentos surpreendem e incomodam, ou até podem destruir. Eles quiseram orientá-lo para fins “razoáveis” e moralmente desejáveis, o bem ou o amor desinteressado do próximo... Será que ele existe? Seremos nós capazes? Não devemos esquecer que o amor é promessa de felicidade, de prazer partilhado, de reconhecimento, mas também de “doenças” (inveja, espera, ! dominação, etc...), e ainda experiência de dor, de sofrimento e de angústia. Tantas experiências possíveis das quais poucos se poderão libertar. Amar ou não ser amado será que nos cabe a nós decidir? Sejamos numerosos nesta terça feira à noite para um debate apaixonante.
Boa! Vou!
ResponderEliminarÉ capaz de ser um serão bem passado, pois este tema "amor" é um filão inesgotável...
ResponderEliminarSuzana
ResponderEliminarO amor é uma das palavras mais belas do mundo. O homem nasceu para amar e ser amado, nas várias expressões que o amor assume.
Falar do amor faz certamente bem à alma, deve ser muito repousante. Nos tempos que correm seria bom que as pessoas dedicassem um pouco mais de atenção a esta dimensão tão essencial da vida, em particular pensando nos outros.
A este propósito, e não só, é pena que a disciplina de filosofia tenha sido retirada dos currículos escolares enquanto disciplina obrigatória, quando os tempos, pelo contrário, exigem, a meu ver, que a aprendizagem dos "números" seja temperada com alguma filosofia. Mas como as filosofias não são rentáveis...
Não posso deixar de parar no comentário da Drª. Margarida Aguiar para reflectir e apreciar as bonitas palavras que empregou... Sou igualmente da mesma opinião só que não soube exprimir-me bem.
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