A procuradora tem razão. Os cidadãos têm que ser iguais perante a lei, não perante o processo de imposição da lei, que tem que tem que ser diferente para que a lei seja igual, de facto, para todos. O exemplo do Carlos Cruz é um exemplo extremo, mas é um bom exemplo. Ele, se for dado como inocente, na prática já cumpriu pena para mais que os crimes de que é acusado. Perdeu o trabalho, a empresa, o dinheiro, nunca mais vai ter a mesma ocupação que tinha antes. Como é que a lei é igual para ele e para os acusados dos outros processos de pedofilia, que também os deve haver, e que devem produzir inocentes? E não vejo quem mais possa decidir sobre isso, na porcaria de leis e de sistema judicial que temos, senão os procuradores. Mas dessa porcaria parece-me certo que não nos vamos livrar tão cedo.
Caro Tonibler, e o que é que o faz pensar que os outros acusados não sofrem os mesmos tormentos do suspeito de que fala? Apenas porque não é TODA A GENTE a saber? Acha que um suspeito desses crimes vai continuar a ter a sua vidinha normal, cheia de perspectivas, mesmo que venha a ser julgado inocente? Pois eu duvido mesmo muito, a diferença está em que um se vê publicamente exposto e os outros provavelmente só o serão em círculos próximos mas, se forem inocentes, como diz no seu exemplo, o grau de drama deve ser o mesmo.E de injustiça também.
Uma coisa é certa, se não for conhecido tenho hipótese de refazer a minha vida. Não refaço aqui, refaço ali. Aquele que for publicamente exposto está condenado, seja ele inocente ou não. Na prática, o nosso sistema condena os inocentes na medida da sua exposição. Mas, repito, isso é uma mera consequência da porcaria em que vivemos, noutras circunstâncias a procuradora não teria razão mas, se calhar, também não era procuradora.
Caro Tonibler, tem razão quando diz que a exposição pública agrava a injustiça da condenação sem sentença, mas isso na medida em que há muito mais pessoas a reparar.A vantagem é que, conhecendo esses casos, temos que exigir que as coisas sejam diferentes,não se deve tolerar a divulgação de suspeitas nem a demora em as esclarecer, não é considerando que "há uns mais iguais que outros" que se repõe a justiça.
A Procuradora tem razão. A igualdade na investigação criminal nâo se confunde com a importância, relativa, dos casos a serem investigados. Como sucede com outros casos no nosso sistema judicial, a Sra Procuradora, quanto ao caso Freeport, proferiu as declarações com três anos de atraso. O resto, como tenho dito e outros acompanham, o nosso sistema judicial não é eficaz, mas funciona.
Relativamente ao Sr Carlos Cruz, existe um caso semelhante no Reino Unido, envolvia um conhecido apresentador de televisão, que também foi acusado de pedofilia. O processo completo, com investigação demorou um ano e o senhor foi absolvido. Acto contínuo, pediu uma indemenização ao Estado e ganhou, demorou um ano e meio. A quantia foi substancial, porque, mesmo absolvido, a sua vida ficou seriamente afectada e, por isso o Estado Britânico considerou que devia ser adequadamente ressarcido. O problema do SR Carlos Cruz e dos restantes arguidos é que nasceram em Portugal na época errada, algumas décadas antes e, caso fossem a tribunal, penariam apenas, durante um ano e pouco. Assim penam, pelo menos seis. A difrença entre um caso e outro é a diferença que nos separa da RDemocrática do Congo ou do Zimbabwe. Apenas não queremos ver,nem reagir. Cumprimentos joão
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarA procuradora tem razão. Os cidadãos têm que ser iguais perante a lei, não perante o processo de imposição da lei, que tem que tem que ser diferente para que a lei seja igual, de facto, para todos. O exemplo do Carlos Cruz é um exemplo extremo, mas é um bom exemplo. Ele, se for dado como inocente, na prática já cumpriu pena para mais que os crimes de que é acusado. Perdeu o trabalho, a empresa, o dinheiro, nunca mais vai ter a mesma ocupação que tinha antes. Como é que a lei é igual para ele e para os acusados dos outros processos de pedofilia, que também os deve haver, e que devem produzir inocentes?
E não vejo quem mais possa decidir sobre isso, na porcaria de leis e de sistema judicial que temos, senão os procuradores. Mas dessa porcaria parece-me certo que não nos vamos livrar tão cedo.
Caro Tonibler, e o que é que o faz pensar que os outros acusados não sofrem os mesmos tormentos do suspeito de que fala? Apenas porque não é TODA A GENTE a saber? Acha que um suspeito desses crimes vai continuar a ter a sua vidinha normal, cheia de perspectivas, mesmo que venha a ser julgado inocente? Pois eu duvido mesmo muito, a diferença está em que um se vê publicamente exposto e os outros provavelmente só o serão em círculos próximos mas, se forem inocentes, como diz no seu exemplo, o grau de drama deve ser o mesmo.E de injustiça também.
ResponderEliminarCara Suzana,
ResponderEliminarUma coisa é certa, se não for conhecido tenho hipótese de refazer a minha vida. Não refaço aqui, refaço ali. Aquele que for publicamente exposto está condenado, seja ele inocente ou não. Na prática, o nosso sistema condena os inocentes na medida da sua exposição. Mas, repito, isso é uma mera consequência da porcaria em que vivemos, noutras circunstâncias a procuradora não teria razão mas, se calhar, também não era procuradora.
Caro Tonibler, tem razão quando diz que a exposição pública agrava a injustiça da condenação sem sentença, mas isso na medida em que há muito mais pessoas a reparar.A vantagem é que, conhecendo esses casos, temos que exigir que as coisas sejam diferentes,não se deve tolerar a divulgação de suspeitas nem a demora em as esclarecer, não é considerando que "há uns mais iguais que outros" que se repõe a justiça.
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão
ResponderEliminarA Procuradora tem razão. A igualdade na investigação criminal nâo se confunde com a importância, relativa, dos casos a serem investigados.
Como sucede com outros casos no nosso sistema judicial, a Sra Procuradora, quanto ao caso Freeport, proferiu as declarações com três anos de atraso.
O resto, como tenho dito e outros acompanham, o nosso sistema judicial não é eficaz, mas funciona.
Relativamente ao Sr Carlos Cruz, existe um caso semelhante no Reino Unido, envolvia um conhecido apresentador de televisão, que também foi acusado de pedofilia.
O processo completo, com investigação demorou um ano e o senhor foi absolvido. Acto contínuo, pediu uma indemenização ao Estado e ganhou, demorou um ano e meio. A quantia foi substancial, porque, mesmo absolvido, a sua vida ficou seriamente afectada e, por isso o Estado Britânico considerou que devia ser adequadamente ressarcido.
O problema do SR Carlos Cruz e dos restantes arguidos é que nasceram em Portugal na época errada, algumas décadas antes e, caso fossem a tribunal, penariam apenas, durante um ano e pouco. Assim penam, pelo menos seis.
A difrença entre um caso e outro é a diferença que nos separa da RDemocrática do Congo ou do Zimbabwe. Apenas não queremos ver,nem reagir.
Cumprimentos
joão
Caro João:
ResponderEliminarFunciona?
O que diz a seguir prova que não funciona!...