Sucedem-se as notícias de iniciativas aprovadas pelas câmaras municipais de apoio social às famílias mais carenciadas. São notícias “pequenas” que aparecem aqui e ali, meias “escondidas”, aparentemente com pouca expressão mediática, mas que dizem muito sobre a crise.
Hoje li a notícia de que a Câmara de Évora e a Câmara de Matosinhos aprovaram orçamentos para viabilizar medidas de apoio social de diversa natureza, que passam pela redução de rendas de habitação social e de taxas municipais, concessão de subsídios para pagamento de rendas, reforço de apoios para jovens em idade escolar e criação de postos de trabalho, bem como de apoio económico ao tecido empresarial.
Hoje li a notícia de que a Câmara de Évora e a Câmara de Matosinhos aprovaram orçamentos para viabilizar medidas de apoio social de diversa natureza, que passam pela redução de rendas de habitação social e de taxas municipais, concessão de subsídios para pagamento de rendas, reforço de apoios para jovens em idade escolar e criação de postos de trabalho, bem como de apoio económico ao tecido empresarial.
O envolvimento das câmaras municipais no apoio às pessoas para fazer face à crise revela bem o alastrar dos problemas económicos com que se estão a confrontar cada vez mais famílias e o sentido de urgência da intervenção dos poderes locais. Mas este crescente envolvimento é também um sinal da responsabilidade acrescida dos municípios na intervenção social activa e na necessidade de socorrerem as populações mais atingidas.
A proximidade dos municípios às pessoas e aos reais problemas com que se defrontam é um factor importante para que o auxílio seja mais rápido e efectivo junto daquelas que efectivamente precisam. O conhecimento das realidades locais – sociais e económicas - por quem nelas está inserido constitui também um factor favorável à eficácia da intervenção.
É por isso que a descentralização política na gestão e atribuição de apoios sociais, e por maioria de razão em tempo de crise em que as demoras de um sistema centralizado e das burocracias na atribuição das ajudas não se compadecem com a necessidade de fazer face a privações básicas, ganharia em eficácia pela proximidade e pelo conhecimento que os poderes locais detêm sobre as situações em concreto. Em tempo de crise seria de esperar articulação e complementaridade de medidas anti-crise do governo e dos municípios.
A proximidade dos municípios às pessoas e aos reais problemas com que se defrontam é um factor importante para que o auxílio seja mais rápido e efectivo junto daquelas que efectivamente precisam. O conhecimento das realidades locais – sociais e económicas - por quem nelas está inserido constitui também um factor favorável à eficácia da intervenção.
É por isso que a descentralização política na gestão e atribuição de apoios sociais, e por maioria de razão em tempo de crise em que as demoras de um sistema centralizado e das burocracias na atribuição das ajudas não se compadecem com a necessidade de fazer face a privações básicas, ganharia em eficácia pela proximidade e pelo conhecimento que os poderes locais detêm sobre as situações em concreto. Em tempo de crise seria de esperar articulação e complementaridade de medidas anti-crise do governo e dos municípios.
Cara Dr.ª
ResponderEliminarEu estive a seguir o congresso do PS e lá não se falou de crise, nem de desemprego, nem de portugueses carenciados. Aliás, o nosso primeiro-ministro até vai faltar a uma cimeira europeia dedicada à crise. Se ele lá não vai então é porque, com certeza absoluta, NÃO HÁ CRISE EM PORTUGAL.
Por isso acho que a Câmara de Évora, a de Matosinhos e a Igreja Católica devem ser os tais "poderes ocultos" que Sócrates tanto fala, pois andam a gastar dinheiro em coisas que não existem.
há muitas formas de ajudar.
ResponderEliminarver este video ajuda-nos a ter toda a força do mundo, mesmo qd sentimos que ....
http://www.guzer.com/videos/are-you-going-to-finish-strong.php
beijinhos
Margarida, esses apoios têm que ser muito bem pensados, caso contrário corre-se o risco de cada um desenhar as suas políticas próprias,definir as suas propridades e gastar recursos que podem não ser suficientes para uma justa atribuição. Em ano de eleições autárquicas, isso é especialmente crítico, não se pode aceitar que cada um gaste recursos públicos criando novas dependências ou gerando novas injustiças.As autarquias devem ter capacidade de acção, sem qualquer dúvida, dentro dos poderes que têm, mas daí a desenharem planos de emergência ao sabor da inspiração (e dos meios) de cada um vai alguma diferença. No mínimo, deviam concertar-se entre eles em áreas alargadas de influência, para garantir isenção na atribuição de apoios e nos critérios e ainda a duração no tempo desses apoios, uma coisa é anunciar a generosidade outra é decidir quando e como é que ela vai acabar.
ResponderEliminarCara Margarida
ResponderEliminarA aflição é de tal maneira preocupante que todas estas acções são positivas, mesmo correndo-se o risco de poderem ser objecto de um aproveitamento político nas câmaras de maioria absoluta. De resto, sejamos objectivos e pensemos nas monstrusidades que o governo tem levado a efeio, com outro arcaboiço financeiro e à escala nacional,exactamente no pior sentido, procurando tirar dividendos partidários. Por outro lado, é sabido a pouca propensão que este pobre povo tem para se reunir, colaborar e articular, pelo que a nível das autarquias não esperemos milagres nem excepções. Nesta conjuntura tudo é bem vindo e alguma coisa se vai conseguindo para minorar os efeitos da desgraça social em que estamos atolados .
Caro Luís Bonifácio
ResponderEliminarOs "poderes ocultos" estão cada vez mais evidentes. Aos que mencionou juntaria também as IPSS e a solidariedade de muitos anónimos.
Cara Pézinhos N' Areia
Obrigada pela sua sugestão. É uma história muito comovente, perante a qual se não tínhamos forças passamos a ter...
Suzana
Deveríamos estar unidos para fazer face à crise. A concertação entre autarquias seria desejável, mas, a meu ver, não seria suficiente.
O que faria sentido seria uma intervenção articulada e complementar envolvendo vários níveis, incluindo o governo e as autarquias, não apenas quanto à natureza e alcance das medidas, seja de apoio às empresas seja de apoio às pessoas, mas também quanto ao seu financiamento e à sua operacionalização. Como refere o Caro antoniodosanzóis, "a aflição é de tal maneira preocupante que todas estas acções são positivas, mesmo correndo-se o risco de poderem ser objecto de um aproveitamento político".
Caro antoniodosanzóis
Concordo que a situação é muito grave e que todas ajudas são bem vindas. Não conheço os números reais, mas quando apontam para 40% de desempregados que não auferem qualquer subsídio, então temos que ficar muito preocupados.