domingo, 26 de abril de 2009

A genialidade da imaginação...

Os alunos não usariam livros, iriam ouvi-los, de acordo com a vontade do professor...
(observe a animação do auxiliar)

Recebi por e-mail uma colecção de gravuras da Biblioteca Nacional de França feitas em 1910, que retratam o que as pessoas imaginavam seria a vida no ano 2000. As que apreciei são impressionantes pela genialidade de prever o futuro. Aqui fica uma das gravuras de que mais gostei. Como será daqui a 90 anos?

6 comentários:

  1. Cara Margarida, hoje vou colocar um comentário muito crítico... e mauzinho e tudo o mais que me suscitam os "condimentos" que compõem a gravura.
    ;))
    Começo por observar a fraquinha imaginação do gravurista... antes de mais porque não futurou a abulição da exploração do trabalho infantil - coisa que em 2000 já se encontrava totalmente erradicada... ou ainda não!?
    Depois e para além da indumentária, não foi capaz de prever que no ano 2000 seria completamente impossível manter quieta a cabecinha de um adolescente, mesmo ludibriando-o e convencendo-o de que, através daqueles head-phon's podeia escutar rock, metálika, tekno, ou outro qualquer estilo musical (escreveste estilo musical, Bartolomeu!?)
    O gravurista, não foi ainda suficientemente imaginativo ao representar a sala de aula do ano 2000, sem grafitis nas paredes, com as vidraças inteiras, as carteiras alinhadas e direitinhas,e o chão sem papeis ou outros lixos.
    Olhando para aquele que me parece ser o professor é que me sinto na obrigação de ceder um pouco na minha crítica. Foi neste personagem que em minha opinião o futuro se aproximou melhor da realidade. Pois ao que me parece, em França, no ano de 1910, alguem teve a visão verdadeiramente fantástica de como seríam os professores do futuro em Portugal.
    Alguém futurou que iríamos ter no governo um primeiro ministro que passaria para os 65 anos a idade mínima para a reforma e que, com essa idade e o desgaste físico e mental atingido ao longo de uma carreira, só iriam permitir ao professor actos de completa alienação, tal como colocar e destruír lívros, dentro de uma máquina trituradora.
    c'est la vie, on doit attendre pour l'avenir...
    ;)

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  2. Anónimo18:44

    Imaginação pífia, incapaz de prever o Magalhães...

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  3. Imaginaram, sim, caro Zé Mário, não vê os livros a irem para a trituradora? A desmaterialização está ali bem visível, se não fossem os fiozinhos mas sim um minúsculo auricular teríamos o iPod e cada menino a ouvir o que muito bem lhe apetece. O professor está à beira de ir para a reforma, como mostra o seu ar prazenteiro, como se não tivesse mais nada que fazer por ali. Realmente, caro Bartolomeu, os alunos estão sossegados, mas também não podíamos exigir tanta imaginação assim, não é? No essencial, esta gravura é visionária...

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  4. Cara Dra. Margarida Aguiar:
    De facto é uma gravura visionária, tal como a Dra. Suzana Toscano diz. Mas, a meu ver, um retrato visionário que acaba de certo modo por se materializar.
    Não me admira que esta gravura suscitasse à Dra Margarida Aguiar este bonito post. De faço, como é possível em 1910, em que o mundo corria devagarinho, haver alguém tão utópico?
    Como será daqui a 90 anos? Pois é difícil, mesmo para um visionário. Mas vou arriscar: o mais provável é cada pessoa ter introduzido um chip que, em cada momento, responderá às várias solicitações que o cérebro (humano) solicite. A dúvida é se esse chip será democratizado…

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  5. Encontrei recentemente num alfarrabista um livro de um autor alemão, Adolf Hengeler (1863-1927), que caricaturou a vida do futuro de um modo também visionário e muito interessante.
    Mostro um exemplo em :
    http://postaisalemanha.blogspot.com/2009/03/visoes.html

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  6. Caros Comentadores
    A gravura é visionária, mas é claro que não é perfeita!
    Caro Bartolomeu, o saber não tem limite de idade. As dificuldades com que muitos professores se defrontam para ensinarem são de tal ordem que não admira que, em desespero de causa, triturem os livros!
    Magalhães? José Mário do que se foi lembrar!
    Suzana
    Os alunos todos sentadinhos a ouvirem a lição é que não fazia parte do futuro. A ouvirem música da pesada e a gesticularem por todos os lados é a realidade que temos da desordem de muitas salas de aulas em 2009!
    Ainda bem gostou do post Caro jotaC! Gostei imenso da gravura mas tive as minhas dúvidas se seria capaz de escrever um post que não a estragasse. Também me parece que daqui a uns anos, não serão precisos muitos, vamos estar todos apanhados por chips!
    Caro Luís Bonito
    Muito obrigada pela sugestão. Fui espreitar. O desenho está muito bem conseguido para a visão da necessidade de nos protegermos. Vivemos, com efeito, uma época de grandes "vulnerabilidades"!

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