Ocupa uma página inteira dos jornais a notícia ilustrada de uma pessoa que está grávida de gémeos. Seria uma não-notícia se a aparência dessa pessoa fosse a de uma mulher, mas acontece que ela parece um homem e faz-se passar por homem. Quer dizer, não estava contente com o que a natureza lhe destinou e foi apurando os traços e características masculinas até onde foi possível, assumindo-se formalmente como um ser do sexo masculino. Mas o sexo não é só aparência, e a senhora manteve-se como tal, dotada dos respectivos órgãos reprodutores, e usou do privilégio feminino de conceber, conseguindo que o que era natural passasse à categoria de fenómeno – um homem grávido!
Parece-me que esta é a versão moderna de uma história contada num livro de Isabel Allende, em que uma companhia artística itinerante tinha como grande atracção uma mulher barbuda, cuja aparência extraordinária causava o espanto geral, permitindo assim que ela ganhasse a vida em vez de ser escondida como um ser esquisito e suspeito.
Hoje, continuamos a olhar o fenómeno com curiosidade, com a diferença de que se quer apresentar isso como um grande progresso, uma espécie de conquista científica que tudo permite e admite que cada um escolha as partes do corpo de cada género que mais lhe convenham. A mulher barbuda era uma infeliz que vivia prisioneira de uma aparência que a marginalizava, enquanto o homem grávido mudou o seu aspecto de propósito, e exibe na praça pública o seu hibridismo como uma vitória sobre a natureza. São perspectivas opostas, sem dúvida, mas será que ele deixou de ser simplesmente uma mulher com barba? Afinal, onde está a novidade de uma mulher engravidar?
Parece-me que esta é a versão moderna de uma história contada num livro de Isabel Allende, em que uma companhia artística itinerante tinha como grande atracção uma mulher barbuda, cuja aparência extraordinária causava o espanto geral, permitindo assim que ela ganhasse a vida em vez de ser escondida como um ser esquisito e suspeito.
Hoje, continuamos a olhar o fenómeno com curiosidade, com a diferença de que se quer apresentar isso como um grande progresso, uma espécie de conquista científica que tudo permite e admite que cada um escolha as partes do corpo de cada género que mais lhe convenham. A mulher barbuda era uma infeliz que vivia prisioneira de uma aparência que a marginalizava, enquanto o homem grávido mudou o seu aspecto de propósito, e exibe na praça pública o seu hibridismo como uma vitória sobre a natureza. São perspectivas opostas, sem dúvida, mas será que ele deixou de ser simplesmente uma mulher com barba? Afinal, onde está a novidade de uma mulher engravidar?
Acerca desta notícia, só tenho um comentário a fazer: "No final, as crianças são sempre as vítimas das inconsequências dos pais".
ResponderEliminarÉ que... o parto até pode ser feito de cesariana, mas, e depois a amamentação como é que vai ser?
Inconsequentes, cara Drª. Suzana, não pensam... a sua única preocupação é o imediatísmo e depois quem sofre é sempre o "mais pequeno".
;))))
Ciência sem ética, ou à margem da ética...
ResponderEliminarMais precisamente,cientistas e gente sem ética, todos ávidos de mediatismo, custe o que custar.
É como diz o caro Drº Pinho Cardão, e eu acrescento que vida não é um circo...
ResponderEliminarSuzana
ResponderEliminarDepravação é a expressão que me ocorre para classificar estes comportamentos. Ora, tome-se bem nota do pensamento deste "homem grávido":
Afirma que resolveu tornar a história pública, após conseguir engravidar por meio de uma inseminação artificial, para "ajudar a acabar com os tabus sociais".
"Já é hora de as pessoas começarem a considerar normal uma gravidez de um transexual".
Segundo li, pretende expor "a barriga de grávido" e quer publicidade para a sua gravidez e está a negociar o preço de uma entrevista com dois canais de TV em Espanha. "A bomba é minha. Se eu não fizer, outro vai fazer e ganhar dinheiro com a minha vida", argumenta.
Muito oportuno, o seu postal. Desde que dei com a notícia que fiquei com a certeza de que não se trata de um homem grávido, mas sim de uma mulher que alterou artificialmente o seu aspecto. Se modernamente se considera positivo quebrar tabus, tenho para mim a convicção porventura antiquada de que há tabus que mais valeria não quebrar.
ResponderEliminarCaros
ResponderEliminarComo li uma vez:
"Política sem princípios
Comércio sem regras
Ciência sem humanidade
Dinheiro sem trabalho
Educação sem carácter
Prazer sem consciência
Religião sem humanidade"
...
Corrijo:
ResponderEliminar"Religião sem sacrifício"
Caros comentadores, é triste quando se vendem com êxito estas "notícias" enganosas, um verdadeiro circo, como diz o caro jotac, bem evidente no plano que rege as actuações como esta e que a Margarida aqui dá nota. O caro just-in-time resume na perfeição as novas tábuas da lei que agora parecem imperar, tudo ao contrário do que devia e, pior ainda, a quererem convencer-nos que assim é que está bem!
ResponderEliminarSe nasceu mulher, irá morrer mulher, ponto final e acaba-se com essa parvoíce do "homem grávido". Mas está tudo louco ou quê? Alguns jornalistas, sabujos e sem escrúpulos, já para não falar da sua imunidade inata ao bom senso e inteligência, comem qualquer coisinha que lhes cheire a "bomba". Mostrassem fotos da genitália da criatura ao palhaço do jornalista e gostaria de ver se ele se referiria novamente ao triste transexual como "homem".
ResponderEliminarPor essa ordem de ideias, há muita "mulher" que engravida fêmeas por altura do Carnaval. Haja paciência para tanta estupidez.
Ai, ai, muito politicamente incorrecto o seu comentário, caro rxc, agora o que está certo é fingirmos todos que acreditamos nestas maravilhas da liberdade de composição física...
ResponderEliminarPeço desculpa a vós e a todos lá em casa. Mas há coisas que me fazem muita confusão...como gozarem com a nossa inteligência.
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