1. Muito interessante o artigo do colunista do Finacial Times, Tony Barber, publicado na edição de ontem e que dá como praticamente assegurada a recondução de Durão Barroso à frente da Comissão Europeia “In EU game of poker Barroso is player others allow to saty in”.
2. Para Barber, a única dúvida poderia residir na necessária confirmação do Parlamento Europeu, caso este viesse a apresentar, após as eleições do próximo dia 7, uma composição em que socialistas, verdes, comunistas, nacionalistas de direita e anti-europeistas detivessem maioria.
3. Na opinião de Barber, no entanto, a possibilidade de isso vir a acontecer é ainda mais remota do que era a de John McCain bater Barack Obama nas presidenciais americanas de Novembro passado…
4. Não acontecendo isso, Barroso goza neste momento de uma larga vantagem para ser reconduzido pois a maioria dos Chefes de Estado e de Governo dos 27 apoiam a recondução de forma aberta ou pelo menos como a menos má das opções, sendo que quase ninguém a contesta abertamente.
5. Num balanço dos méritos e deméritos do Presidente da Comissão, Barber é bastante positivo, atribuindo mesmo a Barroso a qualidade de melhor Presidente desde Delors.
6. Barber parece não ter atribuído assim muita importância a determinadas opiniões domésticas, com relevo para Mário Soares, Vital e M. Portas que abertamente têm contestado a recondução de Barroso (assumo a heróica hipótese de ele as conhecer, claro)…
7. Confesso que me impressiona bastante a hostilidade manifestada por estes Cidadãos em relação ao actual Presidente da Comissão…será que eles têm melhor escolha? Duvido, mas no mínimo deveriam ter sido claros quanto a esse ponto, deveriam ter apontado o seu candidato preferido…
8. Não o tendo feito, fica-se com a impressão de que essa hostilidade deriva tão somente de razões de família política, o que francamente me parece um argumento extremamente frágil e até de um certo mau gosto…
Falta nessa lista o toque de economia de mercado que é dado pela Ana Gomes. Se calhar é mais ambiente de mercado, que economia de mercado, mas eu não percebo nada disso.
ResponderEliminarA mim faz-me uma enorme confusão este tipo de pessoa que acha que um português num alto cargo é pior para Portugal que outro estrangeiro qualquer. Quando este tipo de pessoa faz desse "achar" uma forma de ganhar dinheiro, como é o caso dos referidos, essa confusão torna-se naquele asco que me merecem os traidores.
Tem toda a razão, meu Caro, omiti Ana Gomes, essa fragorosa e sempre mal humorada jovem política, com o seu precioso toque de economia...
ResponderEliminarOmissão imperdoável, pois quando a Ana Gomes entra em cena, Barroso tem de reforçar a segurança!
Dr. Tavares Moreira
ResponderEliminarEstas eleições europeias são uma espécie de referendo ou teste, como lhe quisermos chamar, à recandidatura de Durão Barroso. O facto de ser português não será para os europeus a principal motivação. Talvez pudesse constituir um estímulo para no próximo Domingo irmos votar.
Se calhar é justamente porque Durão Barroso granjeia um largo consenso que certas figuras do nosso “jet set” político não suportam a ideia de que Durão Barroso seja reconduzido líder da Europa. Seria bom que apresentassem alternativas e defendessem as suas escolhas, em vez de andarem por aí a sentenciar que não serve. O combate faz-se perante alternativas concretas.
Nem mais, cara Margarida, nem mais!
ResponderEliminarCreio que podemos talvez concluir que o grande problema de Barroso, para os críticos (ásperos) que referi, será o de não ser portador de seu emblema político preferido...