Foi notícia, há pouco, que o Tribunal Judicial da Lousã foi assaltado na madrugada de hoje, tendo sido “queimados alguns processos dentro das instalações, por razões ainda não identificadas”. Para descanso dos cidadãos, logo o Ministério da Justiça fez saber “que os processos destruídos não se vão perder, pois estão digitalizados”. Digitalizados ou não, a questão central chama-se segurança (ou insegurança). Primeiro foram os arrombamentos de máquinas multibanco no interior dos tribunais, agora são os assaltos, muito provavelmente, encomendados para violar e destruir processos em plenas instalações dos tribunais. Os processos são aliás, a meu ver, bem mais valiosos do que o dinheiro à guarda de uma qualquer máquina multibanco. Sendo os tribunais os locais onde se pratica a justiça, é grave que não disponham de sistemas de vigilância e protecção de pessoas e bens. Há pouco ouvi alguém comentar, que o assalto em questão foi um caso isolado, não sei se para desvalorizar a gravidade da situação, se para não chamar a atenção da insegurança existente.
É por de mais evidente que a crescente violência que se tem vindo a registar na sociedade portuguesa, caracterizada por novos tipos de crimes e uma maior perigosidade dos meios utilizados, justificam o investimento em infra-estruturas de segurança nos tribunais.
Ressalvadas as necessárias distâncias, deixo aqui um episódio que até teria uma certa graça não fosse a gravidade da situação.
O que tem este episódio em comum com o assalto ao Tribunal da Lousã? É que parece estar na moda trepar às árvores para penetrar no interior dos edifícios.
Ontem ao serão em casa de uns amigos, um deles contava que um destes dias quando regressava a casa, no Bairro Alto, portanto em plena Lisboa, deparou com um homem sentado na sua sala de estar. O homem tinha trepado a uma árvore e num acto de malabarismo saltou para uma das varandas e num ápice entrou dentro de casa. Estava, então, refastelado num sofá, com um ar completamente alienado, com uma lata de cerveja numa mão e o comando da televisão na outra mão. O homem, segundo percebi um drogado, tinha decidido descansar e estava a aguardar a chegada de companhia para fazer o “trabalho”. Mas quem é que há dez anos pensaria ser possível uma coisa destas?
Voltando à segurança dos tribunais, não vale a pena adiar as decisões que se impõem. Investir na sua segurança é dinheiro bem gasto!
É por de mais evidente que a crescente violência que se tem vindo a registar na sociedade portuguesa, caracterizada por novos tipos de crimes e uma maior perigosidade dos meios utilizados, justificam o investimento em infra-estruturas de segurança nos tribunais.
Ressalvadas as necessárias distâncias, deixo aqui um episódio que até teria uma certa graça não fosse a gravidade da situação.
O que tem este episódio em comum com o assalto ao Tribunal da Lousã? É que parece estar na moda trepar às árvores para penetrar no interior dos edifícios.
Ontem ao serão em casa de uns amigos, um deles contava que um destes dias quando regressava a casa, no Bairro Alto, portanto em plena Lisboa, deparou com um homem sentado na sua sala de estar. O homem tinha trepado a uma árvore e num acto de malabarismo saltou para uma das varandas e num ápice entrou dentro de casa. Estava, então, refastelado num sofá, com um ar completamente alienado, com uma lata de cerveja numa mão e o comando da televisão na outra mão. O homem, segundo percebi um drogado, tinha decidido descansar e estava a aguardar a chegada de companhia para fazer o “trabalho”. Mas quem é que há dez anos pensaria ser possível uma coisa destas?
Voltando à segurança dos tribunais, não vale a pena adiar as decisões que se impõem. Investir na sua segurança é dinheiro bem gasto!
Cara Dra. Margarida Aguiar:
ResponderEliminarDizem que no caso do Tribunal da Lousã, não há nenhum registo informático dos processos, pelo que, era uma vez uns processo que se esfumaram. Será que é assim tão difícil perceber que tudo mudou, e consequentemente o tipo de ladrões também? Será que é difícil perceber que aquela coisa dos Organismos do estado não serem assaltados já foi, já não é? Há que dotar todos os Organismos do Estado com as novas tecnologias de vigilância de modo a dissuadir este tipo de crime.
Quanto ao caso que a Da. Margarida nos conta, não é novidade os ladrões treparem pelas árvores para se introduzirem nas casas; o que é novidade é os ladrões esperarem pelos donos das casas, numa de “advinha quem vem jantar”! Até custa a acreditar!!!
Pois é Caro jotaC, não foi por acaso que escolhi a imagem clássica dos três macacos que não falam, não vêem e não ouvem!
ResponderEliminarCara Margarida
ResponderEliminarÉ evidente que, se bem que a culpa dos tribunais correrem os riscos que estão à vista, não seja exclusivamente deste governo, o certo é que todos nós julgámos, pela confiança nele depositada - uma maioria absoluta bem o demonstrou - que no âmbito de uma estratégia de defesa das instalações das instituições democráticas, os tribunais gozariam de um acompanhamento e de uma atenção especiais, até porque o bom funcionamento da justiça, digo eu, constitui talvez o pilar fundamental de qualquer democracia, mesmo daquelas que se dizem "avançadas" como é o caso da nossa. O que se passou, seria para um país normal, o revés mais completo que se poderia imaginar, na estratégia eleitoralista do partido do governo, num ano de eleições. Só que entre nós, infelizmente,estes acontecimentos não representam uma fractura grave na ordem e no bem estar das populações num estado democrático, facto que vem demonstrar à saciedade o estado de doença em que nos encontramos.
Caro aontoniodosanzóis
ResponderEliminarNo fundo não contradições. A falta de segurança nos tribunais faz parte do problema mais abrangente do mau funcionamento do sistema de justiça. Está tudo ligado!