sábado, 25 de julho de 2009

Afinal, como é, o “problema” resolve-se com a Nossa Senhora ou com o Danacol?

Não tenho nada contra a publicidade, muito pelo contrário. Aprecio a publicidade que andam a fazer neste momento na rádio à “publicidade”, apelando à ética e ao rigor. Concordo! Tem que haver regras e ética na forma como se publicita um produto. Eu agradeço! Mas fico perturbado, e, até, indignado, quando fazem publicidade ao arrepio dos princípios mais elementares.
Acabo de ver na TV o cançonetista Marco Paulo a fazer publicidade ao Danacol. Nada de especial. Está no seu direito! Mas fiquei indignado quando faz referência à doença que sofreu há anos, cancro do intestino, dando a entender que aquele produto protege as pessoas deste tipo de cancro. Mas não é este o cançonetista que afirmou e afirma que quem o salvou foi a Nossa Senhora de Fátima? Não é este o cançonetista que canta e tece loas no santuário mariano na altura da peregrinação anual? Começo a duvidar deste senhor. Afinal, como é, o “problema” resolve-se com a Nossa Senhora ou com o Danacol?

2 comentários:

  1. O poeta é um fingidor.
    Finge tão completamente
    Que chega a fingir que é dor
    A dor que deveras sente.

    E os que lêem o que escreve,
    Na dor lida sentem bem,
    Não as duas que ele teve,
    Mas só a que eles não têm.

    Cantava Pessoa e, como quem canta versos, acaba por ser "afectado" pela fantasia, é bem provável que ao Sr. cançonetista que o Sr. Professor refere, tenha sucedido o mesmo, dando origem à criação de 3 personalidades distintas: a comercial (quando lhe pagam é o danacol) a espiritual (para cativar a simpatia das e dos fãs e para sentir algum conforto interior) a científica... como medida de precaução... não vá o danacol falhar...
    Como dizia o nosso amigo JMG no post anterior... ha mecÂnicos de automóveis, que mesmo sem saber conduzir, são "umas máquinas", outros... baralham-se um bocado com os parafusos. e etc.
    ;))))

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  2. Talvez para ele sejam os dois importantes, há quem diga que a fé remove montanhas! O espírito humano é insondável...

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