Com o País em crise, ou melhor dizendo a braços com duas crises, a sua (estrutural) crise e a crise internacional, e com eleições à vista, o tempo deveria ser de profunda reflexão sobre o que correu mal nos últimos tempos que nos fez divergir da Europa e nos impede de encontrar um caminho de bem estar e de progresso sustentáveis.
O nosso grande problema é continuarmos sem discutir as questões essenciais, aquelas de que depende a viabilização da nossa economia, a criação de riqueza e a sua distribuição justa e equitativa.
Gostaria que os programas dos partidos, em particular do arco governativo, fossem capazes de apresentar e fundamentar a estratégia que defendem para o País. Entenda-se por estratégia um conjunto de grandes objectivos, que não podem naturalmente confinar-se a um ciclo eleitoral, e propostas de actuação para os atingir.
Mais do que os partidos se deterem em acusações mútuas, desacreditando e duvidando destas ou daquelas medidas ou antecipando medidas avulso, seria, isso sim, proveitoso que apresentassem um caminho coerente e sustentável para Portugal. É o que, admito, temos tentado fazer ao longo das últimas duas décadas, mas com fracos resultados.
O passado correu muito mal. Não estamos mais em tempo de tentativas e experimentações, do hoje fazemos assim e amanhã logo se verá, de agora avançamos por aqui e se amanhã for preciso recuamos. Precisamos de convicções acertadas e de firmeza.
Sem um rumo bem definido e igualmente bem informado e explicado junto da opinião pública é difícil conquistar a vontade e a confiança das pessoas. E sem a mobilização verdadeira das pessoas não iremos longe. Até porque as pessoas estão cansadas e desacreditadas e por isso o esforço para as mobilizar terá que ser cada vez mais maior.
Voltando às eleições e aos programas eleitorais e à eterna estratégia para o País que tarda em se impor, ocorrem-me muitas perguntas pertinentes para as quais gostaria de ter uma resposta. Aqui ficam algumas que tenho para mim, no momento em que vivemos, cá dentro e lá fora, como essenciais:
- Qual o modelo de desenvolvimento económico
- Que sectores da economia devem beneficiar do proteccionismo do Estado
- Que modelo de desenvolvimento regional
- Quais as funções do Estado e como devem ser exercidos os seus poderes
- Como enfrentar o problema do envelhecimento da população, designadamente a baixa da natalidade e o aumento da esperança de vida
- Que políticas para promover a inclusão social
- Que políticas para promover as potencialidades da sociedade civil, designadamente a solidariedade na sua componente económica
- Que políticas para educar para a cidadania
- Que políticas para preservar e promover a cultura portuguesa
- Como relançar os princípios tradicionais da ética social, como a transparência, a honestidade e a responsabilidade.
Vou estar atenta e aguardar…
O nosso grande problema é continuarmos sem discutir as questões essenciais, aquelas de que depende a viabilização da nossa economia, a criação de riqueza e a sua distribuição justa e equitativa.
Gostaria que os programas dos partidos, em particular do arco governativo, fossem capazes de apresentar e fundamentar a estratégia que defendem para o País. Entenda-se por estratégia um conjunto de grandes objectivos, que não podem naturalmente confinar-se a um ciclo eleitoral, e propostas de actuação para os atingir.
Mais do que os partidos se deterem em acusações mútuas, desacreditando e duvidando destas ou daquelas medidas ou antecipando medidas avulso, seria, isso sim, proveitoso que apresentassem um caminho coerente e sustentável para Portugal. É o que, admito, temos tentado fazer ao longo das últimas duas décadas, mas com fracos resultados.
O passado correu muito mal. Não estamos mais em tempo de tentativas e experimentações, do hoje fazemos assim e amanhã logo se verá, de agora avançamos por aqui e se amanhã for preciso recuamos. Precisamos de convicções acertadas e de firmeza.
Sem um rumo bem definido e igualmente bem informado e explicado junto da opinião pública é difícil conquistar a vontade e a confiança das pessoas. E sem a mobilização verdadeira das pessoas não iremos longe. Até porque as pessoas estão cansadas e desacreditadas e por isso o esforço para as mobilizar terá que ser cada vez mais maior.
Voltando às eleições e aos programas eleitorais e à eterna estratégia para o País que tarda em se impor, ocorrem-me muitas perguntas pertinentes para as quais gostaria de ter uma resposta. Aqui ficam algumas que tenho para mim, no momento em que vivemos, cá dentro e lá fora, como essenciais:
- Qual o modelo de desenvolvimento económico
- Que sectores da economia devem beneficiar do proteccionismo do Estado
- Que modelo de desenvolvimento regional
- Quais as funções do Estado e como devem ser exercidos os seus poderes
- Como enfrentar o problema do envelhecimento da população, designadamente a baixa da natalidade e o aumento da esperança de vida
- Que políticas para promover a inclusão social
- Que políticas para promover as potencialidades da sociedade civil, designadamente a solidariedade na sua componente económica
- Que políticas para educar para a cidadania
- Que políticas para preservar e promover a cultura portuguesa
- Como relançar os princípios tradicionais da ética social, como a transparência, a honestidade e a responsabilidade.
Vou estar atenta e aguardar…
Cara Dra. Margarida Aguiar: - São sobremaneira importantes as perguntas que coloca e estou certo que a maioria dos portugueses também gostariam de as ver colocadas na próxima agenda política eleitoral. Efectivamente os partidos do poder deverão encetar uma nova forma de comunicar sob pena de, se não o fizerem, aumentarem ainda mais o descrédito na classe política. Estou profundamente convicto que o epitáfio político do engº Sócrates será qualquer coisa do género: este é o homem que envergonhou os portugueses que lhe confiaram uma maioria. Espero, sinceramente, que a sede de poder dos novos senhores que a cada passo vão emergindo, não esqueçam que o poder em democracia é curto, a única maneira de se alongar é exercê-lo sem arrogância, resolvendo os problemas, falando a verdade…
ResponderEliminarPara já o meu comentário resume-se a um pedido directo à autora:
ResponderEliminarPeço-lhe que não elimine o comentário do(a) Wegie.
É de mau tom? ... é!
Deslocado? ... sim!
Impertinente? ... yhap!
Incooerente! ... hmmm não!
As perguntas que a cara Margarida formula no seu post, são verdadeiramente pertinentes e, numa determinada perspectiva, preocupantes tambem. Preocupantes, na medida em que tememos que para elas não haja quem esteja disposto a laborar numa solução. Mais temíveis ainda porque sabemos que no nosso país, aqueles que detêm o poder, que legislam e que governam, "estão-se a marimbar" para a concertação de acções que visem a sua emenda e para a efectiva solução que coloque as instituições e os serviços a funcionar em prol dos cidadãos deste país, do estado deste país. Ao contrário de como o(a) caro(a) Wegie parece querer dizer no seu comentário, em prol dos interesses estrictamente pessoais.
Prestadores de serviços, ANS e ANVISA terão nomenclatura única para medicamentos, próteses e órteses
ResponderEliminarA ideia é que hospitais, laboratórios, operadoras de saúde, ANVISA e ANS usem uma nomenclatura única para medicamentos, próteses e órteses, assim como os procedimentos médicos são catalogados pela Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).
http://portal.fenam2.org.br/portal/showData/386116
Margarida, o que os principais protagonistas políticos querem para o País e têm a propõr já tem sido apresentado e debatido com abundância, embora com tanto "ruído" que não é fácil às vezes perceber com clareza.As eleições obrigam a que se apresentem esses rumos mas também obriga os cidadãos a reflectir sobre isso com a exigência de quem não está disposto a deixar-se iludir. Os temas que foca no seu post terão certamente que constar dos programas em termos que permitam recuperar a confiança, cujo abalo é bem patente nos comentários dos nossos atentos Bartolomeu e jotac.
ResponderEliminarPEÇO AOS MAIS SENSÍVEIS QUE NÃO LEIAM ESTE COMENTÁRIO !!!
ResponderEliminarCaro(a) Wegie, se todos os representantes «machos» dos cidadãos deste país com responsabilidades políticas possuíssem os "tomates" que a autora deste post demonstrou possuir nesse episódio que relata, asseguro-lhe que Portugal não estaria tão mal sobretudo naquilo que respeita à negociação de cotas de mercado atribuidas às nossas produções.
Caro Bartolomeu
ResponderEliminarTenhamos esperança que o país ganhe um rumo de futuro. Esperemos que as perguntas "pertinentes" tenham uma resposta satisfatória.
O tal Wegie a quem o Caro Bartolomeu tirou as medidas na perfeição, não é a primeira vez que por aqui aparece sem opinião, sem nada de construtivo para conversar e debater. Não há muita coisa a dizer, que possa ser dito com educação, em relação a pessoas que se comportam assim. Seguramente que não são bem vindas.
Caro jotaC
Como refere a Suzana há um capital grande de confiança para recuperar não só em relação à governação mas também em relação ao futuro. A verdade de que fala e uma palavra de esperança são realmente essenciais para ganharmos confiança.
Suzana
O que tem vindo a acontecer com muita frequência, e não apenas nos momentos eleitorais, é que os assuntos não se discutem com a clareza e serenidade necessárias. O tal "ruído" acaba muitas vezes por ser mais bem importante, impedindo que efectivamente as pessoas falem o essencial e sejam escutadas.
Nós, não descendemos de homens medrosos, cara Margarida.
ResponderEliminarPossuímos uma herança genética de coragem, determinação e valentia. Devemos saber honra-la com os nossos actos, para que possamos olhar-nos de frente, não confundindo sentido de lealdade aos nossos princípios e à defesa dos nossos direitos e das nossas causas, com o medo das palavras e das acções sibilinas daqueles que teimam em calcorrear o mundo... só porque lhes disseram.
A força da nossa História, reside na justiça dos nossos actos.
Cara Margarida
ResponderEliminarUma questão prévia. Não deixa de ser insólito o comentário de Wegie?,cuja explicação não pode ser outra senão a de não ter cultura suficiente para se dar conta da relevância do teor deste texto.
Muito embora o aplauda sem quaisquer restrições, pela sua pertinência, oportunidade e conteúdo, assiste-me em termos práticos o direito de perguntar qual seria a percentagem de portugueses que tendo acesso a este seu relevante trabalho, entenderiam em toda a sua extensão a matéria versada e se preocupariam em concluir que nada disto existe a sério neste país, até porque, motivada por uma falta clamorosa de decência técnica, refiro-me a promessas e a supostas maravilhas que preenchem sem qualquer restrição os programas políticos, existe sem sombra de dúvida, uma falta de credibilidade intolerável na apresentação de tal documentação. Lembro só o programa do PS – vem agora dizer o nosso inefável José Sócrates que ali só se referiam objectivos e não se falava de promessas - cujo impacto por falta de cumprimento foi enorme a todos os níveis da nossa sociedade.
Quer isto significar, embora desgraçadamente, que, ou por falta de cultura básica deste povo ou porque os políticos estão desacreditados, muito poucos tirarão em sentido prático, partido dos estudos e da documentação em causa, cuja importância é realmente incontornável. Resumindo, os partidos têm na realidade que cumprir com a metodologia política a que o texto se refere ; só que….
Peço desculpa, mas comentários ofensivos, fruto da cobardia de quem se esconde no anonimato, não são toleráveis neste espaço que sempre se pautou pelo respeito para com todos. Ninguém gosta de guardar lixo na sua casa. Aqui também não. Elimina-se.
ResponderEliminarPeço sobretudo desculpa à Margarida que, podendo fazê-lo, não defenestrou o que aqui veio de novo bolsar quem se encobre sob o nick Wegie, exímio(a) manipulador(a) da informação mentirosa que por aí vai circulando.
Oh Quim: Tu, que estás dos dois lados da barricada, segundo dizes, (deves ser um objecto quântico), agora armas-te em Censor?
ResponderEliminarAinda bem que só podes aumentar o preço das portagens...