Eu até poderia admitir que um Ministro da Economia acumulasse com a pasta de Ministro das Finanças.
Mas custa-me admitir que um Ministro das Finanças acumule com a pasta de Ministro da Economia.
E, sobretudo, não consigo concordar que um Ministro das Finanças que, nos últimos quatro anos, teve como política aumentar a despesa pública corrente, quer em termos nominais, quer em termos reais, quer em termos de PIB, acumule com a pasta da Economia.
Ainda menos consigo concordar que um Ministro das Finanças que, nos últimos quatro anos, teve como política o aumento a carga fiscal, acumule com a pasta da Economia.
Porque sempre demonstrou estar mais preocupado com activar a deseconomia pública do que em dinamizar a economia real.
De acordo, não serve. Mas está perfeitamente em linha com o Governo: Seria incongruente que um governo socialista promovesse a redução da despesa pública. Ser socialista implica precisamente ter uma fé inabalável nas virtudes salvíficas da despesa pública e do papel dirigente e interventivo do Estado, como aliás neste blogue tantas vezes se lembra e verbera. O meu ponto é outro, e sobre ele gostaria de conhecer a sua opinião: O nosso País precisa mesmo de um Ministro da Economia, qualquer que seja?
ResponderEliminarA mim faz-me confusão pagar um ordenado ao senhor, seja para o que fôr, depois da demosnstração que ele deu na CMVM.
ResponderEliminarSim...e quem estaria na disposição de fazer o jeito ao sócrates, a passos das eleições? É preciso não esquecer , também, a fama de pior ministro das finanças da Europa... para além das "borradas" com a CMVM. Não esquecer sobretudo os danos, sem reparo imediato, para o sistema financeiro português ,em geral e para os bolsos dos pobres portugueses, em particular!
ResponderEliminarAbraço de lusibero
Sou capaz de compreender a acumulação dado estarmos a dois passos das eleições e, mal ou bem, este senhor dos Santos sempre estará mais dentro dos assuntos correntes do que um novo que chegasse e tivesse que familiarizar-se com as pastas, excepto, talvez, um dos secretários de estado que pudesse ascender a ministro. Mas compreendo, tão só e apenas, neste contexto. Não como solução mais alargada... pese embora eu ter uma visão totalmente diferente para a composição dum governo, com muito menos ministérios. De qualquer forma a Economia e as Finanças juntas, realmente, não. Mal comparado é um pouco como uma rábula antiga da Olívia Costureira e Olívia Patroa.
ResponderEliminarPegando no que a Maria Ribeiro assinalou, do pior min fin da Europa, aproveito a deixa para deixar uma questão que tenho desde essa altura. O Dr. Teixeira dos Santos (não escrevi ministro deliberadamente) é assim tão fraco tecnicamente ou, pelo contrário, é competente tecnicamente mas prestou-se ao papel de min fin da Républica e a fazer o que vem fazendo - e lhe valeu a tal colocação honrosissima para o seu curriculum... - simplesmente porque sim, para ser ministro, para fazer um jeito ao PS, por qualquer outra razão? É que o primeiro min fin do actual governo era um homem de inegavel valia e capacidade técnicas, o Professor Luís Campos e Cunha. Mas deste certo Dr. Teixeira dos Santos nunca tinha ouvido falar antes, não conheço o seu percurso, se tem ou não obra publicada, o que alcançou ao longo da sua carreira profissional, etc, etc, e esta dúvida assalta-me desde a nomeação do Financial Times.
Concordo inteiramente com o primeiro periodo do comentário apresentado pelo caro Zuricher.
ResponderEliminarNão seria fácil ao chefe do governo preencher o lugal do ex-ministro Manuel Pinho a tão curta distância das eleições que José Socrates vai dia a dia perdendo hipoteses de ganhar.
É que, os capazes pretendentes a ministro, tambem não andam a dormir na forma e, qualquer um que ocupasse o lugar, teria poucas ou nenhumas hipoteses de mostrar a sua competência.
Alinho com JMG.
ResponderEliminarReforço a pergunta ao Dr. PC. É mesmo preciso um Ministro da Economia? Para fazermos umas campanhas sobre o País é preciso um Ministério? Já todos percebemos que o Ministro Manuel Pinho foi empenhado, bateu a todas as capelinhas, anunciou aquilo que desejava que acontecesse mas...chegou-se sempre à mesma conclusão - ou o governo põe dinheiro nos negócios, ou as decisões passam-lhe ao lado. Eu ainda percebo que o PS queira dar a entender que está criar postos de trabalho para ter o aplauso da esquerda, mas o PSD não pode seguir o mesmo caminho. Fazer como o ratinho que corre corre mas não sai do mesmo sítio.
Sinceramente tenho muita dificuldade em perceber as razões que levaram à criação do Ministério da Economia e tenho muitas dúvidas que o Primeiro Ministro alguma vez tenha feito alguma reflexão sobre esta matéria. Acho que José Pinto de Sousa quer experimentar um pouco do perfume do fim do gueterrismo, quando o Engenheiro António Guterres decidiu atribuir as duas pastas ao Engenheiro Joaquim Pina Moura... :)
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão
ResponderEliminarA esta altura do campeonato, quando as substiuições estão esgotadas e já se sabe que não vai haver lugar a prolongamento, a expulsão de um médio ala indisciplinado e pouco produtivo não vai alterar o sentido do jogo.
Optar por recolocar o defesa central mais junto ao lado direito com um papel de marcação à zona, pareçe-me sensato, porque os adversários estavam a surgir com muito perigo pela asa direita.
Vamos ver se a famosa condição física do defesa faz jus à fama, porque, agora, exige-se muita disciplina.
Mas bem vistas as coisas, era o que se arranjava a menos de 10 minutos do apito final.
Vamos ver se a equipe não perde o que lhe resta de concentração e sofre mais alguns golos.
Cumprimentos
João
Caros JMG E Agitador:
ResponderEliminarA pergunta é pertinente, até porque é difícil lembrarmo-nos dos nomes dos Ministros da Economia que foram passando pelos diversos Governos.
Aliás, muitas das funções que cabiam ao Ministério da Economia foram sendo delegadas em Autoridades Independentes(Alta Autoridade da Concorrência, ERSE, ANACOM, etc, etc).
Apesar disso, penso que temos necessidade de boas políticas públicas no domínio da economia; como tal, deve haver Ministro da Economia.
Embora com outro figurino, as empresas têm pela frente um "condicionamento" industrial igual ou pior do que no tempo de Salazar, que constitui um factor de bloqueamento do investimento e da vontade de investir, além de gerador da mais alta corrupção. Aí está um campo de actuação do Ministro da Economia.
Temos uma investigação tecnológica, em que gastamos milhões, virada para os desejos e satisfação dos investigadores. Uma função do Ministro da economia seria colocar esse potencial, dado pelos Laboratórios e Centros de Investigação do Estado, ao serviço das empresas, de forma a transformar-se em novos produtos, susceptíveis de serem produzidos e comercializados.
Outra função seria ter uma palavra decisiva quanto a investimentos públicos, favorecendo os que se traduzissem em maior valor acrescentado nacional.
Acontece que os Ministros não têm atacado estas e outras importantes matérias, limitando-se a resolver casos pontuais, mas ficando tudo na mesma. O que deixa a ideia de ainda maior proteccionismo.
Poderei desenvolver mais o tema, porque é interessante, e talvez o faça num próximo post.