quinta-feira, 23 de julho de 2009

O que valem as promessas?

Desdobra-se o PS em promessas e alegados compromissos com o eleitorado, indignando-se porque os outros partidos não revelam os seus programas eleitorais, sinal de falta de ideias.
A propósitob disto, algumas interrogações.
O PS exerce há já quatro anos e meio, com maioria absoluta e cooperação presidencial nos assuntos fundamentais da governação, o poder. Três dos quais sem os condicionalismos da crise financeira e económica. Não se percebe porque não pôs o governo do PS em execução o que o PS vem hoje prometer. Que novas e favoráveis condições existem que não se verificaram durante toda a legislatura e impediram a concretização das medidas agora propostas?
Segunda nota para sublinhar a leveza e a inconsistência das propostas de novos subsídios aos mais carenciados, apoios às pequenas e médias empresas, melhorias nos serviços sociais, apoios à internacionalização das empresas, mais dinheiro para a cultura, reforço da investigação, etc., etc,. Baseiam-se em quê? Que dados, que estudos, e sobretudo que prognoses sérias permitem esta criativa torrente de benesses para todos, que o Secretário-Geral do PS vai diária e alegremente anunciando após cada sessão dessa verdadeira fonte de inspiração que dá pelo nome de Novas Fronteiras?
Creio que o cidadão comum, o eleitor que decide, já percebeu a falta de consistência deste discurso político. E estou convencido que não acredita nestas imaginosas criações saídas, de repente, dos think tanks constituídos à pressa para encher programas eleitorais.
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Quem queira afirmar-se pela diferença em relação à tradição da politica portuguesa, deve refletir nas palavras de Indira Ghandi que um dia dividiu as pessoas em duas categorias essenciais: "as que fazem as coisas, e as que dizem que fazem ou fizeram as coisas", aconselhando: "tente ficar no primeiro tipo. Há menos competição".

2 comentários:

  1. Que estranho povo este, caro Dr. José Mário, que se deixa governar por tão estranho governo.
    Que estranho Chefe de Estado este, que deixa que um tão estranho governo, governe este tão estranho povo.
    Ou então, como dizia um Chefe de estado Que se desiquilibrou da cadeira "está tudo muitíssimo bem e, nem poderia estar melhor"...

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  2. Anónimo16:53

    Caríssimo, infelizmente creio que no quarto parágrafo da sua posta é que está o problema, e não a solução do mesmo...
    Cumprimentos.

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