Declarou o senhor PM que "talvez não tivesse havido suficiente delicadeza no tratamento com os professores", acrescentando que "porventura falhámos aí nessa forma de nos explicarmos. Deixar criar a ideia de que nós fizemos isso contra os professores é tão infantil, nunca esteve no nosso espírito. Se isso aconteceu, farei tudo o que estiver ao meu alcance para corrigir isso".
O PM e a Professora Maria de Lurdes Rodrigues sabem bem que o problema não foi, nem é, de comunicação com os professores, mas também com os parlamentares ou os media. Se o fosse, há muito que tinha deixado de ser ministra tal a falta de jeito que nunca sequer se esforçou por disfarçar...
Infantil, parece-me a afirmação de que ainda está a tempo "para corrigir isso". E nada credível este extemporâneo acto de contrição por parte de quem tudo faz e tudo diz para escapar à penitência...
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Um piedoso acto de contrição
O que valem os arrependimentos de alguns governantes neste ambiente de plena campanha eleitoral? Que credibilidade têm?
Caro JMFA,
ResponderEliminarA ministra fez tudo com a maioria dos votos do parlamento. Não se pode dizer que não tenha comunicado com os parlamentares. Professores é criadagem e media são bisbilhoteiros. Não se deixa de fazer a vontade do patrão porque a criadagem ou os bisbilhoteiros acham mal. Se se pode acusar a ministra de alguma coisa é de não ter estabelecido logo de início quem é o patrão e quem são os empregados.
Falta de jeito só se pode ter com o povo, porque ladrões e trafulhas com jeito para sindicatos, media e parlamentares, há por aí ao pontapé, para nossa infelicidade. Como a "delicadeza" recente de alguns bem mostra...
Caro JM Ferreira de Almeida,
ResponderEliminarJulgo que esta ministra foi, talvez, a mais importante dos últimos vinte anos porque forçou todas as escolas e todos os professores a cumprirem com o "eduquês" e o resultado está à vista de todos aqueles que se derem ao trabalho de ver!
Desta forma, julgo que uma parte significativa da população (não a maioria, infelizmente) já percebeu que os mandamentos impostos à escola pública e aos professores não funcionam. E que mandamentos são esses? A saber:
1º Mandamento (muito marxista-leninista) - a classe oprimida (alunos) deve ser protegida da classe opressora (professores);
2º Mandamento (muito romântico e muito rousseauneano) - o aluno deve descobrir o conhecimento e o professor deve "apenas" orientar e nunca ensinar, porque ao ensinar está a interferir de forma directa com o carácter futuro do aluno;
3º Mandamento (muito soviético) - os professores e as escolas devem obedecer de forma cega e de forma acrítica ao comité de sábios sediado na 5 de Outubro;
4º Mandamento (muito pós-moderno, apesar de muito antigo) - as escolas e os professores devem substituir as famílias na educação das suas crianças e jovens de forma a que as futuras gerações estejam completamente isentas das influências da sociedade e completamente emersas na educação fornecida pelo pai Estado.
Só nunca percebi como é que mais de 95% (seguramente) da população portuguesa não percebia que a "escola" pública funcionava desta forma e que a senhora ministra tentou apenas cimentar este modelo e nada mais do que isso; só ainda não percebi, também, como a maioria da população ainda não percebeu que esta ministra representa o passado e nunca representou o futuro neste sector!
Julgo ainda que o Primeiro Ministro, não percebeu em Março do ano passado que ou deixava cair a soviética ministra ou caía com ela!