Logo à tarde, 18 horas. Apresentação na FNAC Colombo.
Apresentação e Prefácio- Dr. Proença de Carvalho
As Farpas em 4 capítulos
Capítulo I-As Farpas da Quarta
Capítulo II-A Política da Quarta
Capítulo III-A Economia da Quarta
Capítulo IV- Histórias de Vida, da Vida e de Muitas Vidas
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar"No limiar da utopia. Longe da anarquia mansa que nos tolhe", é este sopro humano do Quarta República, que eu acompanho, nesta tentação de me encontrar, no País nosso - Portugal.
ResponderEliminarDedico este poema ao 4R:
Viagem
É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...
Miguel Torga, in 'Diário XII'
Sempre Convosco,
Pézinhos n'... Areia
obrigada Pezinhos, que linda homenagem à 4ª!
ResponderEliminarCaros Amigos e Confrades da 4.ª República,
ResponderEliminarDepois de hoje ter estado um pouco à conversa com Pinho Cardão, ali no Colombo, acompanhando o mediático evento de nova edição de depoimentos dos elegantes membros do blogue 4.ª República, confesso-lhes que senti saudades de aqui vir para lhes deixar algumas breves palavras, com há muito deixei de fazer, apesar das visitas muito esporádicas que ainda lhes presto.
Devo acrescentar que perdi o hábito de aqui vir e participar, não por falta de cortesia dos anfitriões, nem por ter mudado de campo.
Cabe-me até reconhecer que sempre recebi palavras de estima e consideração, em especial do nosso prezado confrade Pinho Cardão, de resto, inteiramente correspondidas, assim o entendo e espero que tenha sido entendido.
O motivo por que me distanciei deste espaço de convívio foi de natureza pragmática, dado que acabei por achá-lo demasiado cortês, pouco acutilante, ante adversários tão contundentes, quanto maquiavélicos, na arena política em que nos achamos.
Na verdade, a Política pode ser vista como um sucedâneo da Guerra, como um tipo de actividade diverso desta, geralmente mais benigno, embora não isento de perigos, com bem sabem os que aqui intervêm.
Neste campo, no entanto, há que procurar perceber o tipo de adversários que temos pela frente, sob pena de não se acertar nem com estratégias, nem com as tácticas da luta que se pretende travar.
E, neste capítulo,creio sinceramente que os meus amigos pecam por excessiva cortesia para com os adversários. Tem sido também esta a pecha do PSD.
É que, meus distintos confrades, não estamos nos salões do século XVIII, a ouvir Mozart, por muito agradável que a sua música seja e efectivamente o é, discutindo poesia, literatura, filosofia, ou os promissores progressos da Ciência.
Em especial, neste período que atravessamos, vivemos em ambiente de acesa luta política, agora na sua fase final, pré-eleitoral, confrontando-se o PSD com a máquina muito industriada do PS, para quem quase tudo vale para ganhar a votação dos seus concidadõs.
É preciso reagir à demagogia desembargada do adversário, às suas manobras velhacas, coadjuvadas por uma Imprensa dócil ou domesticada, vide o comportamento recente do Diário de Notícias, bem como subrepticiamente apoiada pela RTP, na qual o PS conta com pivots cúmplices ou aliados tácitos, com amizades interessadas, etc., etc., todos a trabalhar para o mesmo fim.
O PSD, se não pode evitar tanta perfídia, pode e deve, sem dúvida, ruidosamente denunciar este clima malsão.
De resto, em muitas outras Empresas, do Estado ou Privadas, mas onde o Estado ainda conserva amplo poder de intervenção, a influência do PS é avassaladora, como natural corolário de uma política de povoamento, por este longamente praticada, com a surpreendente passividade ou talvez inépcia do PSD, que nunca foi capaz de se opor a tal prática.
Se isto não acontece, é porque alguém para isso afanosamente trabalhou..
Para fazer face a este estado de coisas, é preciso organização séria, propósitos claros e persistentes. De contrário, de nada servem lamúrias ou justificações de derrotados.
Veja-se como até já se pretende condicionar o PR, veiculando a ideia da sua falta de isenção, no exercício do cargo, o que lhe retiraria condições para uma possível re-eleição, quando ainda temos presente a actuação de socialistas no mesmo cargo, em particular, no caso de Mário Soares, que fez de Belém o QG da conspiração anti-Primeiro-Ministro, no tempo em que Cavaco Silva desempenhava esta função no Estado.
Abreviando : uma coisa é ser cavalheiro, cortês, respeitador da regras e das normas de bom comportamento social, outra é ser desastrosamente ingénuo e trabalhar para a sua própria derrota.
Peço desculpa da extensão do comentário. Aceitem-no, rogo, por compensação das ausências.
Boa sorte para Domingo próximo, que bem precisados dela todos estamos.
Grato pela atenção dispensada.
Cara Pèzinhos:
ResponderEliminarBonitas palavras e bonito poema. Obrigado
Caro António Viriato:
ResponderEliminarObrigado pelas suas amáveis, simpáticas e sentidas palavras.Foi muito agradávelter ontem falado consigo. Quanto ao que diz no seu comentário, claro que tem razão. Mas este blog não tem o objectivo de luta partidária directa, de resposta taco a taco nem, muito menos, está disposto a usar das armas da mentira e da difamação que muitos usam.
O 4R quer manter-se um blog sereno, todavia com memória das indignidades, um blog pacífico, mas com o sentido dos combates justos, um blog sério, mas com sentido de humor, , adepto da economia de mercado e da livre iniciativa, mas com a preocupação da solidariedade, defensor de um Estado ao serviço dos cidadãos, em que as suas funções essenciais sejam preservadas e as acessórias eliminadas, um blog aberto à ciência e à modernidade, mas com preocupações éticas e não esquecido dos valores do passado.
Um blog limpo. E assim temos que continuar.
Em tempos impetuosos
ResponderEliminarno meio da confusão,
há blogues virtuosos
que premeiam a razão.
Este blogue exemplar
pela sua serenidade,
é pródigo a veicular
causas da modernidade.
caro António Viriato,obrigada pelo seu texto e pela consideração que teve ao explicar o motivo pelo qual "desistiu" de participar regularmente nesta confraria, como lhe chama.Retratou bem a personalidade deste blogue, foi esse o nosso propósito inicial, como bem lembra o Pinho Cardão,e não foi por falta de ímpeto lutador, como parece ser a sua percepção. Foi precisamente por querermos pensar para além do momento, por pensarmos que não vale a pena combater factos, ou facto a facto, isso é passageiro, como todos os dias percebemos pelos jornais. A melhor forma de intervir de forma duradoura é defendendo ideias, valores e também atitudes e não nos deixarmos enredar a cada momento por episódios provocados ou casuais, que só poderão ser avaliados á luz daquilo em que se acredita e defende. É daí que nasce o julgamento livre e consciente, é nessa esquadria que se tece lentamente que se forma uma consciência colectiva. É claro que há alturas em que o combate é mais intenso e mais aceso e por isso pode destoar que o 4r mantenha a sua linha. Mas isso é porque queremos existir para além de cada contexto, temos essa ambição e essa disciplina, por assim dizer. O que esperamos é que possa vir sempre aqui com agrado,com interesse e com curiosidade, mesmo que não veja comentado o caso de cada dia ou de cada hora. Será sempre muito bem vindo.E boa sorte para domingo, claro!
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