terça-feira, 29 de setembro de 2009

O mistério português

(...)"Por lo demás, el portugués es muy barroco. Le gustan los detalles, no las estructuras. Aprecia, en todo, el talento decorativo. En un restaurante, el filete de ternera se sirve con patatas, arroz y verduras: el filete es pequeño, pero notable su séquito gastronómico. En España, los filetes de ternera son grandes y vienen con patatas fritas. Amante de las distancias y de los ensueños, perdulario y barroco, el lusitano es además muy individualista, lo que conlleva una cierta desorganización. Portugal transmite una suave impresión de caos, parecida a la que uno siente en una tienda de antigüedades. En España reina una mentalidad más geométrica, más germánica, quizás recuerdo del esplendor alemán de los Austrias". (...)
Vale a pena ler este artigo de Gabriel Magalhães no jornal La Vanguardia.

10 comentários:

  1. Dói muito…

    Talvez seja a opinião de um homem só, ou a de muitos …
    E talvez por isso o PM de Portugal tenha pressa no TGV, quer fazer acreditar a esta gente que não somos pobrezinhos, e muito menos parvinhos! Somos uma tenda com um TGV!

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  2. Arriba España! Ai se a dra. MFL lesse isto...

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  3. A minha versão é "Os espanhóis são umas bestas que fazem aquilo que lhes mandam". É um pouco diferente de "ser organizado" ou "ser geométrico". São mais burros...

    Isto significa que a sociedade portuguesa tem que ser mais livre que a espanhola ou que a sueca. Que não vale a pena encarneirar os portugueses para serem dinamarqueses, mas sim dar-lhes as ferramentas para que possam criar e fazerem das suas individualidades um todo poderoso. E tirar-lhes as grilhetas que os impede de tal. Será isto demasiado para os nossos parlamentares TODOS entenderem!?!?

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  4. Vistos por um jornalista francês, no interregno 74/75:
    “O quinto império”
    ... nós somos púnicos, parecemo-nos com os mercenários de Amílcar e todos esses matreiros do mediterrâneo. Nós somos girinos... (49)
    Em português, as palavras são um simples meio de simpatia, ou o seu contrário. As pessoas perdem assim horas em conversas inúteis, só com o fim de garantir a sua estima.
    Uma das particularidades portuguesas: o gosto da pequena polícia, a que mantém relações sentimentais como povo. A sua arte de bisbilhotar, de procurar por trás, de inventar razões e causas, a um tempo teima de funcionário e regressão à inteligência infantil. Ou bem que os portugueses não fazem nada, ou bem que vão até ao último pormenor e, chegados aí, largam tudo como de costume (196)
    Cada cinquenta anos, o país sonha ser a primeira sociedade liberal avançada do mundo. Cada cinquenta anos, o libertário volta à superfície. Procura-se então um banqueiro ou um professor de economia capaz de casar meio século de bordel com O Espírito das Leis (223)
    Sem endereços e todos com o mesmo nome, obedecendo a dois ou três pequenos princípios, entre os quais o de inventarem títulos... (302)
    Dominique de Roux (1977, Paris)
    BMonteiro

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  5. Suzana
    Também apreciei a passagem em que o Autor diz que os espanhóis estão equivocados quando pensam que Portugal é um país de pobres porque Portugal é um país de ricos pobres, o que é muito diferente.
    Reflecte, a meu ver, uma interessante leitura histórica de quem somos, grandes no passado mas pequenos no presente, ricos no passado mas pobres no presente. Pobres saudosos da riqueza do seu "berço"! Pena é que não nos esforcemos no presente para deixarmos de ser pobres!

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  6. Refletindo sobre o comentário do caro tonibler, permito-me subscrevê-lo totalmente.

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  7. Anónimo12:13

    De tudo, retenho que para o autor do artigo não somos comparáveis aos alemães como segundo ele os espanhóis o são. Ora aí está um elogio pelo menos no que respeita aos portugueses.
    Já aqui o disse uma vez. Gosto muito deste caos. Gosto muito desta culinária que é mais, muito mais que o bitoque raquítico enfeitado. Gosto muito deste sol, deste vinho, deste povo.
    Gosto deste País e não me estou a ver noutro em que a vida fosse traçada a régua e esquadro; ou em que as condutas fossem determinadas por um qualquer sistema cartesiano.
    Gosto desta minha terra também por achar que nada de fundamental nos separa dos Países que têm bem menos pobres que nós.
    O que falta para ser um Pais perfeito? Para além de encontrarmos uma forma de diminuir o número dos que não acreditam nele e todos os dias, a toda a hora, prognosticam o fim para breve, falta-nos organização, senhores! Capacidade de organizar os meios que temos para que tenhamos mais meios, e de tornar mais eficazes e mais produtivas as nossas vidas.
    Uma liderança que nos inspirasse a isso ajudava muito. Tenho as maiores dúvidas que Zapatero nos inspire...

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  8. Parece-me que, de uma forma ou de outra mais ilustrativa, todos os comentários dizem o mesmo eo Ferreira d'Almeida faz um resumo perfeito. Embora organização não seja fácil de encomendar, nem de impor por um Governo, é mais uma questão de haver gente preparada para organizar e manter um ritmo de trabalho compatível com a organização e de haver um Governo que, sendo ele próprio sensível à questão, não se empenhe em desorganizar, ou a organizar diferente a cada 3 meses ou a ignorar a organização certa para produzir melhor.

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  9. Treta. Só quem não conhece as muitas "espanhas" pode acreditar nisso.

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  10. Só para dizer que trabalho em ESPANHA E NEM OS ESPANHÓIS PENSAM O QUE ESTE pseudo-portuguêS (CASO O NÃO SAIBAM, DIZ-SE PORTUGUÊS MAS FOI FORMADO EM ANGOLA... POR ISSO, DEVEM SER RESQUÍCIOS DE INFERIORIDADE que levam este PROFESSOR de uma Universidade Portuguesa (Beira Interior) a escrever tanta "besteira" como dizem os brasileiros. Vejam apenas a hora de almoçar... Em Portugal, comemos à mesma hora solar que os espanhóis... Por muito que este senhor queira, quando comem em Espanha às 14 horas, em Portugal são 13 horas, e na Inglaterra também... Isso de comem "muy pronto" é uma grande asneira. Que diria dos japonenes que quando os espanhóis "comem" (sim, porque para eles, almoço DIZ-SE "comida") já eles se estão a deitar e os americanos, quando ainda estão a despertar... Incrível a Visão ETNOCÊNTRICA deste pseudo-professor (universitário, imagine-se!) Mas deixem lá... José Sócrates também chegou a Engenheiro... Estamos bem como estamos. Não temos que ser melhores. Temos que ser iguais a nós mesmos. Vejam a trama que há de corrupção em Espanha... Poderia, ao menos nisso, dizer que somos igualmente corruptos como eles... Mas dessa evidência, nem fala...

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